N.° 142 PORTO - Luas de Junho, Julho, Agosto - 5708 (1948 e. v.) ANO XXII ============================================================================================================= Tudo se ilumina _______ ___ _______ |=|____ _______ ...alumia-vos para aquele que |____ ||_ || ___ ||____ ||_____ | e aponta-vos o busca a luz. | | |_| \_\ | | / / _ | | caminho. | | _____| | / / | | | | BEN-ROSH |_| |_______| /_/ |_| |_| BEN-ROSH (HA-LAPID) O FACHO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- DIRECT. E EDITOR: -A. C. DE BARROS BASTO (BEN-ROSH) || COMPOSTO E IMPRESSO NA IMPRENSA MODERNA, L.DA Redacção na Sinagoga Kadoorie Mekor Haim || Rua da Fábrica, 80 Rua Guerra Junqueiro, 340 - Porto || ------------------- P O R T O ------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL (O PODER DA FÉ) por DAVID J. ISRAEL (DISRAEL) DEUS. Sejam as minhas palavras à vós, hoje mais do que nunca, justamente neste dia em que marca o maior acontecimento na História do Povo de Israel. Hora santa e singular, de graças e de ventura, pela própria grandeza que ela ins- pira e que é o ressurgimento de uma velha- nova pátria, que renasce das próprias cinzas como a Phoenix, e cuja epopeia viveu mi- lenàriamente no pensamento de seus filhos, dispersos pelos quadrantes do universo, crentes porém, de que jamais estrangularia a ideia da liberdade, confiantes de quer no desespero ou na morte, um dia ver surgir aos olhos do mundo a sua máxima aspira- ção, porque, ISRAEL, confiou sempre em vós SENHOR e que: também vós fostes a sua grande esperança única e eterna. E, este dia raiou hoje, com todo o es- plendor de uma aurora de luz, rutilante como as chamas gloriosas dos que tomba- ram na sua santa causa, causa de sacrificios e sangue de mártires que resignadamente sofreram os mais ignomíniosos tormentos, infligidos pelos demagogos e inimigos de DEUS, e dos que lutaram e ainda lutam destemida e valorosamente com denodo e coragem, nas trincheiras, como os espar- tanos da antiga Grécia, rasgando com sentimento e dor as entranhas do solo de uma terra sagrada, onde surgem as legiões, guerreiras dos filhos das tribos de Jacob. levando o valor combativo no espírito e na própria alma, e no coração e flama da FÉ, inabalável, de vencer ou morrer. Nem um só momento, o guerreiro israelita que combate em defesa da Terra Santa, duvidou da sua vitória. E, esta vitória alcançada sob a bandeira da Justiça, demoveu as montanhas de obstáculos interpostos por aqueles que não só desrespeitaram o direito das gentes, como profanaram as próprias leis da huma- nidade. Passados são vinte séculos. Homens de boa vontade e de espirito, fortalecidos pela Justiça dos povos, e que representaram as principais democracias do mundo: num exemplo de amor aos seus semelhantes escudados nas virtudes da religião, decidiram e proclamaram a 29 de Novembro de 1947, a criação do Estado Judeu na Palestina, como solução racional para a perfeita harmonia e paz entre nações do Oriente. O inimigo da fraternidade humana não se conformou e declarou a GUERRA SANTA, enegrecendo e tingindo de sangue o primeiro capitulo dos estatutos das Na- ções Unidas. DEUS, porém, jamais abandonou aos que se fortalecem na sua santa FÉ. Agora estamos assistindo através das ondas do ar, ao desenrolar dos aconteci-
N.º 142, Tamuz-Elul 5708 (Jun-Ago 1948)
> P01