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Ha-Lapid הלפיד


N.º 002, Yiar 5687 (Mai 1927)







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              HA-LAPID                 3
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constroe á imitação das cabanas, sob as
quaes viveram os nossos antepassados no
deserto; e o do lulab (palma) de que se faz
uso, juntamente com uns ramos de mirto,
de salgueiro e um fruto da Cidreira, na ora-
ção da manhã. Dura 9 dias, dos quaes os
dois primeiros e os dois ultimos são de
festa solene e os outros de meia festa; o
ultimo dia de meia festa tem grande impor-
tancia e chama-se Hoshanah rabá. Os dois
ultimos dias de festa Shemini Atsereth e
Simh'ath Thorah são considerados como
festas distintas com rito especial.
A Pascoa, Shabuoth e Sukoth são tam-
bem chamadas festa de peregrinação, por
que antigamente era obrigatorio ir celebrar
essas festas ao Templo de Jerusalem; Rosh
Ha-shanah e Yom Kipur são dias severos
destinados á meditação porque neles Ado-
nai examina as nossas acções durante o
ano decorrido e decreta o que ha de acon-
tecer no novo ano.
Nos dias de festa solene, exceptuando o
sabado e o dia de Kipur, embora sejam in-
terditos o trabalho, é permitido comtudo
acender lume e preparar alimentação cosi-
nhada ao fogo Nos dias de meia festa são
permitidos todos os trabalhos urgentes.
Além destas festas ordenadas pela Lei
de Moisés, ha outras instituídas pelos che-
fes da nação hebraica, que são as seguintes:
l.°-Hanukah (Restauração) em memoria
da restauração do serviço cultual no Templo
de Jerusalem, que havia sido profanado
pelo rei Antioco Epifania e que, apoz a ex-
plendida vitória dos Macabeus. foi purifi-
cado e de novo dedicado ao culto de Ado-
nai. Começa esta festa a 25 de Kisiev e
dura oito dias, durante os quaes se acen-
dem luzes especiaes na sinagoga e em casa,
acendendo-se uma luz na primeira noite,
duas na segunda e assim por deante até
que na ultima noite se acendem oito luzes.
2.°-Purim (festa das sortes) recorda o
o facto de Adonai ter salvo os hebreus por
intermedlo da rainha Esther, do exterminio,
a que estavam votados pelo rei Asheveros,
por conselho do iniquo Aman. Esta festa
celebra-se com grande alegria no dia 14 de
Adar; nesta ocasião fazem-se grandes es-
molas.

Os jejuns israelitas

Depois de falarmos nos dias festivos em
que se comemoram factos venturosos, vamos
indicar os dias de tristeza em que se come-
moram as infelicidades de Israel.
Estas comemorações celebram-se por
meio de jejuns, e entende-se por jejum a
abstinencia voluntaria de comer e beber. O
jejum deve ser acompanhado de actos piedo-
sos: orações, confissão de pecados perante
Adonai. arrependimento, esmolas, etc.
Os principais jejuns são:
1.°--Yom Kípur-do qual já falamos.
2.°-17 de Tamuz-comemora-se a des-
truição de Jerusalem pelos babilonios e a
primeira brecha feita, nas muralhas da mes-
ma cidade, pelos romanos, algums seculos
depois.
3.°-9 de Ab--aniversario da destruição
do `1.° e 2.° templos de Jerusalem.
4.°-Jejum de Ghedaliah-no dia 3 de
Tíshri-aniversario do assassinato de Ciheda-
liah, governador da Palestina, cuja morte foi
de grande dano para os ísraelitas.
5.°-10 de Tebeth-em memoria do cêrco
posto a Jerusalem pelos babilonios.
6.°-Jejum de Ester-no dia 13 de Adar,
em memoria do jejum feito pela rainha
Esther para invocar a ajuda de Deus bem-
dito contra o impío Aman.
Estes jejuns são obrigatorios para os
israelitas exceptuando-se as creançase os
enfermos. O jejum de Kipur e o do 9 de Ab
duram do pôr do sol da vespera até ao apa-
recimento das primeiras estrelas da outra
noite seguinte, durando pouco mais de 24
horas; nas outros jejuns, a abstinencia é
desde a alvorada até ao pôr do sol desses
ras.
              O O O

A Razão, guia. do homem

O' tu que examinas as coisas superficial
e irrefletidamente, que julgas compreender
um livro, guia dos antigos e dos modernos,
percorrendo-o nalguns momentos de ócio,
roubados aos prazeres, como se percorresses
algum livro de historia ou algum poemar
detem-te e observa! porque a coisa não é


 
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