HA-LAPID 3 ========================================= constroe á imitação das cabanas, sob as quaes viveram os nossos antepassados no deserto; e o do lulab (palma) de que se faz uso, juntamente com uns ramos de mirto, de salgueiro e um fruto da Cidreira, na ora- ção da manhã. Dura 9 dias, dos quaes os dois primeiros e os dois ultimos são de festa solene e os outros de meia festa; o ultimo dia de meia festa tem grande impor- tancia e chama-se Hoshanah rabá. Os dois ultimos dias de festa Shemini Atsereth e Simh'ath Thorah são considerados como festas distintas com rito especial. A Pascoa, Shabuoth e Sukoth são tam- bem chamadas festa de peregrinação, por que antigamente era obrigatorio ir celebrar essas festas ao Templo de Jerusalem; Rosh Ha-shanah e Yom Kipur são dias severos destinados á meditação porque neles Ado- nai examina as nossas acções durante o ano decorrido e decreta o que ha de acon- tecer no novo ano. Nos dias de festa solene, exceptuando o sabado e o dia de Kipur, embora sejam in- terditos o trabalho, é permitido comtudo acender lume e preparar alimentação cosi- nhada ao fogo Nos dias de meia festa são permitidos todos os trabalhos urgentes. Além destas festas ordenadas pela Lei de Moisés, ha outras instituídas pelos che- fes da nação hebraica, que são as seguintes: l.°-Hanukah (Restauração) em memoria da restauração do serviço cultual no Templo de Jerusalem, que havia sido profanado pelo rei Antioco Epifania e que, apoz a ex- plendida vitória dos Macabeus. foi purifi- cado e de novo dedicado ao culto de Ado- nai. Começa esta festa a 25 de Kisiev e dura oito dias, durante os quaes se acen- dem luzes especiaes na sinagoga e em casa, acendendo-se uma luz na primeira noite, duas na segunda e assim por deante até que na ultima noite se acendem oito luzes. 2.°-Purim (festa das sortes) recorda o o facto de Adonai ter salvo os hebreus por intermedlo da rainha Esther, do exterminio, a que estavam votados pelo rei Asheveros, por conselho do iniquo Aman. Esta festa celebra-se com grande alegria no dia 14 de Adar; nesta ocasião fazem-se grandes es- molas. Os jejuns israelitas Depois de falarmos nos dias festivos em que se comemoram factos venturosos, vamos indicar os dias de tristeza em que se come- moram as infelicidades de Israel. Estas comemorações celebram-se por meio de jejuns, e entende-se por jejum a abstinencia voluntaria de comer e beber. O jejum deve ser acompanhado de actos piedo- sos: orações, confissão de pecados perante Adonai. arrependimento, esmolas, etc. Os principais jejuns são: 1.°--Yom Kípur-do qual já falamos. 2.°-17 de Tamuz-comemora-se a des- truição de Jerusalem pelos babilonios e a primeira brecha feita, nas muralhas da mes- ma cidade, pelos romanos, algums seculos depois. 3.°-9 de Ab--aniversario da destruição do `1.° e 2.° templos de Jerusalem. 4.°-Jejum de Ghedaliah-no dia 3 de Tíshri-aniversario do assassinato de Ciheda- liah, governador da Palestina, cuja morte foi de grande dano para os ísraelitas. 5.°-10 de Tebeth-em memoria do cêrco posto a Jerusalem pelos babilonios. 6.°-Jejum de Ester-no dia 13 de Adar, em memoria do jejum feito pela rainha Esther para invocar a ajuda de Deus bem- dito contra o impío Aman. Estes jejuns são obrigatorios para os israelitas exceptuando-se as creançase os enfermos. O jejum de Kipur e o do 9 de Ab duram do pôr do sol da vespera até ao apa- recimento das primeiras estrelas da outra noite seguinte, durando pouco mais de 24 horas; nas outros jejuns, a abstinencia é desde a alvorada até ao pôr do sol desses ras. O O O A Razão, guia. do homem O' tu que examinas as coisas superficial e irrefletidamente, que julgas compreender um livro, guia dos antigos e dos modernos, percorrendo-o nalguns momentos de ócio, roubados aos prazeres, como se percorresses algum livro de historia ou algum poemar detem-te e observa! porque a coisa não é
N.º 002, Yiar 5687 (Mai 1927)
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