HA-LAPID 5 ==================================== Lei. O mundo deve a sua salvação ás mulheres virtuosas; Midrash, Yalkuth sobre Ruth Cercai vossa mulher de todos os respei- tos, porque é a mulher que conduz todas as bençãos para casa do marido. Talmud Casa a tua filha e terás feito um bom negocio, mas dá-a a um homem entendido. Ben Sirah' A mulher deve ser sempre socorrida antes do homem. Talmud Cada pai é obrigado a instruir sua filha no estudo da Lei. Talmud Se a tua mulher é de pequena estatura inclina-te para ouvires o seu conselho. Talmud Sesois obrigado a fazer uma observação a vossa mulher, fazei-o docemente, poupai a vossa susceptibilidade, dirigi-vos ao seu coração. Talmud, Guittin Para o homem que perde a mulher, o universo envolve~se em trevas. Talmud, Sanhedrin O proprio altar derrama lagrimas sobre o homem que repudia a companheira da sua juventude. Talmud, Guittin Foram as mulheres que sustentaram os homens durante a escravidão do Egipto e por ocasião das grandes desgraças que atin- giram Israel. Talmud, Sofah O O O A ALMA Deus tirou a alma pura e clara duma fonte limpida. Ele, o grande Todo é o local da sua origem, ela tem a sua razão de ser no Ser Eterno e permaneceu junto dele até ao dia em que Ele lhe ensinou a nova vida. Então um Anjo a encontrou, como ela se mirava na fonte da sabedoria vendo na limpidez das suas aguas o fundo verdadeiro e profundo do Ser, e o Anjo lhe falou assím: Vamos, afasta-te daqui, exila-te da tua patria, esquece o teu povo, a casa de teu Pae, torna-te a escrava do corpo, ele será o teu dono. Aceita-o como tal». - Ela foi... afastou-se e viu o corpo que lhe preparavam. Vestiu-o como uma tunica, ela o encheu do fogo do seu sôpro. Por ela o homem foi tocado de um raio de luz divina. A alma pois, sahida duma tonte pura, vela no corpo que lhe foi dado como companheiro, ele é para ela a sua morada, e nele brilha como a estrela do norte. Deus deu pois ao homem a Inteligencia por guia, afim de que ela ilumine os seus olhos e lhe apresente a agua que mitigará a sêde. Por esta luz divina, ele viu a Fonte que alegra os seus olhos e vivifica a sua alma. Logo que ele quer vêr luminoso o que é escuro, basta-lhe ir a esta fonte e encher a sua cantara de agua clara. Então o misté- rio desvanece-se, a Inteligencia deita-nos a bebida da vida, pura e limpida, colhida na fonte divina. Então faz-se dia no nosso espirito, avan- çamos numa luz mais alta, provamos os frutos da arvore da sciencia na volupia e na alegria. Mas lá no fundo está o segredo das almas, a habitação dos mistérios. Ali pára a meditação dos sabios. Aquele que quer penetrar mais para deante vê a sua marcha retida por uma porta impossivel de transpôr e ele ouve retinir estas palavrasl ‹até aqui, mas não para além. Não te é dado atingir a sciencia do meu Ser interior, a aza do teu espirito não póde tocar neste misterio». As almas dos justos, ligadas aos corpos, trazem o desejo de se lançarem nesta magnificencia; como as pombas, elas desejam os ninhos, mas não podem suportar o pezo dos seus corpos até ao dia em que, escravos libertados, elas deixarão o seu terrestre envolucro. Takemoni-(Alkharizi)
N.º 002, Yiar 5687 (Mai 1927)
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