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Ha-Lapid הלפיד


N.º 002, Yiar 5687 (Mai 1927)







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             HA-LAPID             5
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Lei. O mundo deve a sua salvação ás
mulheres virtuosas;
         Midrash, Yalkuth sobre Ruth

Cercai vossa mulher de todos os respei-
tos, porque é a mulher que conduz todas
as bençãos para casa do marido.
                             Talmud

Casa a tua filha e terás feito um bom
negocio, mas dá-a a um homem entendido.
                          Ben Sirah'

A mulher deve ser sempre socorrida
antes do homem.
                          Talmud

Cada pai é obrigado a instruir sua filha
no estudo da Lei.
                          Talmud

Se a tua mulher é de pequena estatura
inclina-te para ouvires o seu conselho.
                          Talmud

Sesois obrigado a fazer uma observação
a vossa mulher, fazei-o docemente, poupai a
vossa susceptibilidade, dirigi-vos ao seu
coração.
                         Talmud, Guittin

Para o homem que perde a mulher, o
universo envolve~se em trevas.
                    Talmud, Sanhedrin

O proprio altar derrama lagrimas sobre
o homem que repudia a companheira da sua
juventude.
                     Talmud, Guittin

Foram as mulheres que sustentaram os
homens durante a escravidão do Egipto e
por ocasião das grandes desgraças que atin-
giram Israel.
                         Talmud, Sofah
            O O O

A ALMA

Deus tirou a alma pura e clara duma
fonte limpida.
Ele, o grande Todo é o local da sua
origem, ela tem a sua razão de ser no Ser
Eterno e permaneceu junto dele até ao dia
em que Ele lhe ensinou a nova vida.
Então um Anjo a encontrou, como ela
se mirava na fonte da sabedoria vendo na
limpidez das suas aguas o fundo verdadeiro
e profundo do Ser, e o Anjo lhe falou
assím:
Vamos, afasta-te daqui, exila-te da tua
patria, esquece o teu povo, a casa de teu
Pae, torna-te a escrava do corpo, ele será
o teu dono. Aceita-o como tal». -
Ela foi... afastou-se e viu o corpo que
lhe preparavam. Vestiu-o como uma tunica,
ela o encheu do fogo do seu sôpro.
Por ela o homem foi tocado de um raio
de luz divina. A alma pois, sahida duma
tonte pura, vela no corpo que lhe foi dado
como companheiro, ele é para ela a sua
morada, e nele brilha como a estrela do
norte.
Deus deu pois ao homem a Inteligencia
por guia, afim de que ela ilumine os seus
olhos e lhe apresente a agua que mitigará
a sêde.
Por esta luz divina, ele viu a Fonte que
alegra os seus olhos e vivifica a sua alma.
Logo que ele quer vêr luminoso o que é
escuro, basta-lhe ir a esta fonte e encher
a sua cantara de agua clara. Então o misté-
rio desvanece-se, a Inteligencia deita-nos a
bebida da vida, pura e limpida, colhida na
fonte divina.
Então faz-se dia no nosso espirito, avan-
çamos numa luz mais alta, provamos os
frutos da arvore da sciencia na volupia e
na alegria. Mas lá no fundo está o segredo
das almas, a habitação dos mistérios.
Ali pára a meditação dos sabios. Aquele
que quer penetrar mais para deante vê a
sua marcha retida por uma porta impossivel
de transpôr e ele ouve retinir estas palavrasl
‹até aqui, mas não para além. Não te é
dado atingir a sciencia do meu Ser interior,
a aza do teu espirito não póde tocar neste
misterio». As almas dos justos, ligadas aos
corpos, trazem o desejo de se lançarem
nesta magnificencia; como as pombas, elas
desejam os ninhos, mas não podem suportar
o pezo dos seus corpos até ao dia em que,
escravos libertados, elas deixarão o seu
terrestre envolucro.
               Takemoni-(Alkharizi)


 
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