N.º 033, Tishri 5691 (Set-Oct 1930) > P04
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Ha-Lapid הלפיד


N.º 033, Tishri 5691 (Set-Oct 1930)







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 4                HA-LAPÍD
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os persuadir a salvar-se por esta nova doutrina e para
convence-lo que Jesus Cristo tinha morrido para ex-
piar todos os pecados do género humano, deu-lhes
uma indicação segura que os conduziría inapelavel-
mente para um precipicio de que nunca sairíam.
Ordena-lhes no texto sagrado que tenham uma ver-
dadeira e sincera contrição e assegura-lhes que isso
é o bastante para a expiação dos seus pecados e para
alcançar a glória eterna. Fixa-lhes um dia do ano
para que se preparem para este sincero arrependi-
mento as suas almas, para os purificar da mancha
dos seus vícios e reparar as loucuras que cometem
todos os días. Esta prova essencial do amôr devino,
esta bondade mais que paternal do Criador, os man-
tém no seu amor e fortifica na observação dos santos
preceitos. Se o seu coração não está endurecido pelo
vício, se querem merecer a graça do Senhor, tem um
caminho seguro de alcança-la.

O único dia de penitência, no decorrer do ano,
para expiar todo o mal que praticam durante um tam
longo lapso de tempo, pouco é, e no entanto este Pai
meserícordioso com isso se satisfaz e compadece-se
das tentações a que a fragilidade humane expõe os
seus filhos.

O décimo dia do séptimo mes, diz o Senhor, vós
purificareis as vossas almas: é neste dia que Eu vos
perdoarei e purificarei de todos os pecados. Vós
observareis este mandamento por toda a eternidade.

As mesmas palavras estão repetidas no 23.o capi-
tulo do Deuteronômio a fim de que nenhum deles o
possa ignorar e para que todos raibam é perante
Deus vivo que tem de comparecer; e é a Ele que se
devem confessar de todo o mal que cometeram e que
é a de Ele só que devem esperar ser perdoadas, e
não dum homem pregado numa cruz e que nunca
teve atributos de Divindade.

O Senhor instruiu tambem o povo de israel no
tempo em que constituía uma réplica, ordenou-lhes
com tanta claresa tudo o que éles deviam fazer para
a sua conservação e o que deviam evitar para não
se deixar dominar pelos outros povos, que éste povo
não tem senão a necessidade de seguir os santos
mandamentos que recebeu do Ser Supremo para se
tornar digno dos seus beneficios e da sua graça. E
para que não falte ao respeito que deve aos seus jui-
zes, eis o que Ele disse:

Quando ignorares alguma coisa do direito sobre o
sentido, sobre o juizo e juizo sobre as pregas e as pragas;
quando houver alguma desordem nas tuas cidades;
então levantarte-hás e irás ao lugar que o Senhor
teu Deus tiver escolhido para esse fim: virás perante
os padres da raça dos Levitas e perante o juiz do teu
tempo.

Tu perguntar-lhe-hás e eles te dirão, no lugar
que o Senhor tiver escolhido, o que tu deves fazer, e
tu farás o que eles ordenarem segundo a lei, e te
mostrarão, e te submeter-te-hás inteiramente à sua
sentença. Se houver alguém bastante presunçoso para
nao aceitar com inteira submissão o que o padre ou
o juiz que servem o Senhor teu Deus, lhe ordenarem,
tu fa-lo-has morrer para exterminar o mal do seio de
Israel, todo o povo será informado e temerá um cas-
tigo egual e a sua vaidade não o levará a cometer,
de futuro, a mesma irreverêndia."

0 Senhor quiz, por este decreto tam absoluto.
preservar esta nova república, estabelecida por Ele
mesmo, de todos os êros nos quais poderia tombar
seguindo opiniões que não fossem inteiramente con-
forme aos seus divinos mandamentos. Ele quiz fazer



saber ao seu povo que não há homem nenhum que
não esteja sujeito ao julgamento do senado por Ele
estabelecido. Toda a espécie de justiça esta compreen-
dida nestas poucas palavras: Civil, Criminal e ceri-
monial, os Israelitas não podem duvidar de coisa ne-
nhuma, não podem ter nenhuma dificuldade sôbre a
qual não sejam esclarecidos imediatamente. Tudo o
que sentencia este sagrado tribunal, é definitivo e
sem apelo; o cuidado e as precauções que sempre to-
mou para. fazer recta justiça, devem convencer todo o
mundo de que os juízes de que se compunha este
conselho, eram inspirados por Deus e não faziam
mais que declarar a sua vontahe. Tu farás tudo o que
te ordenarem nêste lugar que o Senhor escolheu; di-
rigir-te-hás aos padres e aos juízes que aí presidem e
o seu julgamento e a sua decisão servir te-ha de lei.
Esta autoridade despótica e esta ordem absoluta que-
rem dizer que Deus quer ser obedecido nas sentenças
dos ministros da sua justiça; êles são os dignos suces-
sores de Moisés, de Josué, de Samuel, que tiveram os
mesmos poderes que eles, que nós lemos no texto sa-
grado os castigos e mortilicações que sofreram os
israelitas pelas suas desobediências.

A providência infinita do Senhor declarou a sua
vontade desta maneira tam clara para impedir o seu
povo de se deixar tentar por novas opiniões. Previu
que ee levantaria uma seita que trataria de anular os
santos mandamentos; que os Cristãos introduziriam
um Messias para tentar os que fossem assaz crédulos
para lhes dar ouvidos, e que este homem-Deus acom-
panhado de meia duzía de libertinos da ralé do povo
e de algumas mulheres de vida desregrada, estabele-
ceriam uma religião completamente oposta à que o
Divino Legislador tinha dictado a seu servidor Moisés
nos montes de Sinai e de Oreb.

Estas santas leis que alguém anunciou em diver-
sos tempos e lugares estão conformes nas menores
circunstâncias. Nada tem mudado e alterado. Porque?
porque tudo que parte da vontade do Senhor é crente
de toda a espécie de imperfeição Esta única prova
deve bastar para convencer os Cristãos do absurdo da
sua doutrina.

A quantao mudanças não tem sido ela sugeita
desde o seu estabelecimento? As suas opiniões estão
ainda tam divididas que uma parte destes enovadores
acusama outra de heresia. Quais são os fundadores
desta nova lei? Simão o leproso. Mateus o usurário
dos pobres pescadores, Paulo, Madalena, a Samari-
tana, reconhecidas ambas por as mulheres prostitui-
das que se entregavam ao primeiro que aparecia.

Eis as testemunhas oculares da vida de Jesus
Cristo: eis as pessoas eminentes e duma conduta sem
mancha que o declararam Deus. os que anunciaram
a ressurreição e que lhe tem atribuido todos os mila-
gres que lemos na historia fabulosa da sua vida.

O Sanhedrim podia mesmo sem examinar os fei-
os tam pouco verosimeis e tam escandalosos aí ajun-
tar a minima fé. Eu pergunto se o cristão mais ze-
loso pode abster-se de confessar do fundo do seu
coração que este sagrado reinado teria sido condena-
vel se não tivesse parado o curso de tanta irreveren-
zia contra a Magestade Divina. Este homem que se
fazia passar e proclamar Rei da Judea, Profeta Mes-
sias, devia ser reconhecido e adorado sob a palavra
dos libertinos e das mulheres que lhe davam este glo-
rioso titulo? O seu testemunho era assaz autentico
para o crer cegamente?

Nós vemos todos os dias nas coisas de menor


 
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