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N.º 062, Adar 5694 (Feb 1934)







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 8             HA-LAPID
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uma religião poderá ser destinado pelo Es-
tado a outro fim.

Artigo 48-Os cemitérios públicos tem
carácter secular, podendo os ministros de
qualquer religião praticar neles livremente
os respectivos ritos.

                o o o

      História Sagrada Infantil

                          por David Moreno

       (Continuação do n.° 61)

            CAPITULO XXII

     A travessia do Mar Vermelho

As evidentes provas do castigo divino
convenceram o faraó da necessidade de dei-
xar sair os Israelitas do Egipto. Para isso
mandou chamar Moisés e disse-lhe que se
retirasse com o seu povo visto ser êle o cul-
pado de todos os males que sofriam. Os pró-
prios egípcios apressaram a sua saída.

Partíram pois levando o que lhes perten-
cia e ainda vasos de ouro e prata dos quais
Deus lhes ordenara que despojassem os egíp-
cios. E 600 000 homens, sem contar mulhe-
res e crianças abandonaram o Egipto, che-
fiados por Moisés.

Eis-nos agora em frente dum povo que
não exita em atravessar lugares que jamais
conheceu e quásí sem destino segue a direc-
ção indicada por uma coluna de nuvens, de
dia e uma coluna de fogo, de noite.

Era esta a maneira de que o seu Deus se
servia para lhes mostrar o caminho que os
havia de conduzir à Terra Prometida a
Abraham, Isaac e Jacob, lugar de paz e bea-
titude - Jerusalem -. Caminhanda assim
chegaram à margem do Mar Vermelho.

Entretanto, arrependendo-se o faraó de
ter deixado partir os seus escravos, vai em
sua perseguição com um numeroso exército
em que entravam todos os seus carros de
guerra e cavaleiros.

Avistou-os próximo do Mar e ao compa-
rar o numero deles com o dos seus, parecia-

 

lhe assistir a uma luta que em breves ins-
tantes lhe daria a victória.

Quando por sua vez os Israelitas os viram
ficaram aterrados e protestaram dizendo que
era preferivel ter ficado no Egipto como es-
cravos a ter de vir ali morrer ás mãos dos
habitantes daquele país. Encorajava-os Moi-
sés prometendo-lhes que Deus combateria
por êles. De facto, um bem claro sinal da
sua protecção se fez logo notar: a coluna de
nuvens que os tinha conduzido até ali, tor-
nou-se agora muito mais densa e foi colocar-
se á frente dos Egípcios, obscurecendo-lhes
todo o caminho e impedindo-os, portanto, de
continuar.

Então Moisés estendeu a mão sobre as
águas e -grande milagre -, estas dividi-
ram-se, ergueram-se dos dois lados formando
uma espécie de paredes e deixaram um ca-
minho pelo qual os Israelitas passaram a pé
enchuto.

A nuvem dissipou-se e os egípcios, vendo
ainda aquele caminho, tentam tambem atra-
vessá-lo.
No lado oposto. Moisés, estende nova-
mente a mão sobre as águas que, retomando
o seu curso, sepultaram o farao e o seu nu-
meroso exército

Após esta cêna, Moisés e todo o povo en-
toam um hino de louvores ao Eterno:

"A fórça da tua mão, oh Todo-Poderoso,
não e' imaginável.

Podes, sem dificuldade alguma, desbara-
tar os inimigos por mais numerosos que se-
jam. Ao sopro da tua vontade as águas reú-
nem-se como montanhas; as vagas petrifi-
cam-se e formam muros " .

E todos se alegram e repetem incessante-
mente os seus cánticos.

             CAPITULO XXIII
                   Maná

Das margens do Mar Vermelho. Moisés
conduziu o seu povo para o deserto de Sur,
sem encontrar uma única nascente durante
uma marcha de três dias.

                            (Continua)

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       Visado pela Comissão de
              Censura


 
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