8 HA-LAPID ============================================ uma religião poderá ser destinado pelo Es- tado a outro fim. Artigo 48-Os cemitérios públicos tem carácter secular, podendo os ministros de qualquer religião praticar neles livremente os respectivos ritos. o o o História Sagrada Infantil por David Moreno (Continuação do n.° 61) CAPITULO XXII A travessia do Mar Vermelho As evidentes provas do castigo divino convenceram o faraó da necessidade de dei- xar sair os Israelitas do Egipto. Para isso mandou chamar Moisés e disse-lhe que se retirasse com o seu povo visto ser êle o cul- pado de todos os males que sofriam. Os pró- prios egípcios apressaram a sua saída. Partíram pois levando o que lhes perten- cia e ainda vasos de ouro e prata dos quais Deus lhes ordenara que despojassem os egíp- cios. E 600 000 homens, sem contar mulhe- res e crianças abandonaram o Egipto, che- fiados por Moisés. Eis-nos agora em frente dum povo que não exita em atravessar lugares que jamais conheceu e quásí sem destino segue a direc- ção indicada por uma coluna de nuvens, de dia e uma coluna de fogo, de noite. Era esta a maneira de que o seu Deus se servia para lhes mostrar o caminho que os havia de conduzir à Terra Prometida a Abraham, Isaac e Jacob, lugar de paz e bea- titude - Jerusalem -. Caminhanda assim chegaram à margem do Mar Vermelho. Entretanto, arrependendo-se o faraó de ter deixado partir os seus escravos, vai em sua perseguição com um numeroso exército em que entravam todos os seus carros de guerra e cavaleiros. Avistou-os próximo do Mar e ao compa- rar o numero deles com o dos seus, parecia- lhe assistir a uma luta que em breves ins- tantes lhe daria a victória. Quando por sua vez os Israelitas os viram ficaram aterrados e protestaram dizendo que era preferivel ter ficado no Egipto como es- cravos a ter de vir ali morrer ás mãos dos habitantes daquele país. Encorajava-os Moi- sés prometendo-lhes que Deus combateria por êles. De facto, um bem claro sinal da sua protecção se fez logo notar: a coluna de nuvens que os tinha conduzido até ali, tor- nou-se agora muito mais densa e foi colocar- se á frente dos Egípcios, obscurecendo-lhes todo o caminho e impedindo-os, portanto, de continuar. Então Moisés estendeu a mão sobre as águas e -grande milagre -, estas dividi- ram-se, ergueram-se dos dois lados formando uma espécie de paredes e deixaram um ca- minho pelo qual os Israelitas passaram a pé enchuto. A nuvem dissipou-se e os egípcios, vendo ainda aquele caminho, tentam tambem atra- vessá-lo. No lado oposto. Moisés, estende nova- mente a mão sobre as águas que, retomando o seu curso, sepultaram o farao e o seu nu- meroso exército Após esta cêna, Moisés e todo o povo en- toam um hino de louvores ao Eterno: "A fórça da tua mão, oh Todo-Poderoso, não e' imaginável. Podes, sem dificuldade alguma, desbara- tar os inimigos por mais numerosos que se- jam. Ao sopro da tua vontade as águas reú- nem-se como montanhas; as vagas petrifi- cam-se e formam muros " . E todos se alegram e repetem incessante- mente os seus cánticos. CAPITULO XXIII Maná Das margens do Mar Vermelho. Moisés conduziu o seu povo para o deserto de Sur, sem encontrar uma única nascente durante uma marcha de três dias. (Continua) ---------------------------------------- Visado pela Comissão de Censura
N.º 062, Adar 5694 (Feb 1934)
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