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N.º 023, Tishri 5690 (Set 1929)







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          HA-LAPÍD                     5
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Isac e Ismael-(cap. 23, vers. 9) na sua se-
pultura de familia, que ele comprou aos
Chittins. em Machpela (perto de Hebron)
(cap. 23, vers. 19 e 20), venerado pelos
povos de Israel e de Ismael, seus descen-
dentes.

Como não deve ser o desgosto do Pa-
triarca, vendo do seu setimo ceu, os seus
filhos, Ismael e Israel, despedaçando-se,
como vemos atualmente na Palestina.
.........................................
.........................................
.........................................

Nós demonstramos pelo que precede,
que os arabes não teem direito algum bi-
blico a possuir a Palestina. Quanto aos di-
reitos de permanencia. observamos, que os
arabes, como todos os outros povos (á ex-
cepção de Israel) teem o seu proprio país,
medindo 3.000.000 de quilometros quadra-
dos de superficie, e que nenhum país os ex-
pulsou recusando-lhe o direito de lá morar.
Nenhum pais lhes proibiu á sua juventude
de lá fazer os seus estudos.

Apenas Israel, não tem um estado para
si, e não o quer formar, segundo a ordem
de ideias dos seus profetas. Os pobres de
Israel são expulsos de certos países, amea-
çados de progromos em outros, e a sua ju-
ventude não se póde dedicar a estudos uni-
versitarios em muitas partes.

Em vista duma tal situação, a Liga das
Nações assegurou-lhe um azilo sagrado na
Terra Santa, habitação dos seus patriarcas,
onde nasceu a sua Biblia, o mais pequeno
país do mundo medindo somente 25.000
quilometros quadrados, pais na sua maior
parte deserto, que Israel deve tornar salu-
bre e fertilisar com as suas proprias mãos...
A Palestina.

                         J. Lazarus.

Nota.-Devido ao pequeno formato
do nosso jornal não traduzimos todo o
artigo deste nosso correligionario de
Viena d'Austria, que foi encarregado
por alguns professores da Universidade,
da Academia de Belas-Artes e da Aca-
demia de Viena, de em cursos popula-
res fazer conhecer ao mundo cristão e
israelita de Viena, a nobreza da antiga
cultura judaica. Do artigo prova-se:

1.°-Que os arabes são nossos ir-

 

mãos, porque a sua descendencia de
Abraham é classificada na Biblia.

2.°-Que segundo a Biblia eles não
teem direito algum á Palestina, porque
Abraham. seu Pai os enviou para Leste.

3.°-Que o seu tempo glorioso foi
aquele em que colaboraram comnosco,
seus irmãos para iluminar o mundo.

4 °-Que colaborando comnosco, se-
ria uma politica mais sã para eles, por-
que nós salvaguardariamos os seus in-
teresses em todos os parlamentos do
mundo, etc., etc.

             o o o

Obra do Resgate

No dia 28 de setembro o capitão Bar-
ros Basto conferenciou em Lisboa com as
Exmas Senhoras M.me Oulman e M.me
Gradis que procuram com outras senho-
ras interessar o judaismo francês na bela
Obra da Resgate.

No dia 30 chegou pela manhã á Covi-
lhã o capitão Barros Basto que á tarde
fez uma conferencia sobre judaismo na
séde da Comunidade dessa cidade. A'
noite desse dia foi feita a inauguração da
pequena Sinagoga a que o Mensageiro do
Resgate deu o nome de Shaaré Kabalah
(Portas da Tradição). A' entrada na Sina-
goga foram lançadas flores sobre o capi-
tão por cripto-judias presentes.

A cerimonia começou por se acender
a luz perene (Ner Tamid) sendo oferecido
o primeiro azeite pela mãe do nosso cor-
religionario Moisés Israel Shisha, a bilha
para ele foi oferecida pelo Snr. José de
Sousa Brandão. Acendeu a lampada Moi-
sés Israel Shisha, o 1.° cripto-judeu da
Covilhã que entrou na aliança de Abraham.
Enseguída o Mensageiro do Resgate fez a
oração de Arbith, parte em hebraico, par-
te em português; fez a oração pelos chefe
do Estado e governantes, e pelas vitimas
do fanatismo religioso, findando com os
canticos Igdal e Adon Olam. Toda a assis-
tencia com atenção e emoção seguiu o
oficio. O capitão Barros Basto falou lar-
gamente sobre a tradição judaica da Co-
vilhã e sobre o judaismo.

Pelas onze horas dessa noite chegaram


 
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