HA-LAPÍD 5 ========================================= Isac e Ismael-(cap. 23, vers. 9) na sua se- pultura de familia, que ele comprou aos Chittins. em Machpela (perto de Hebron) (cap. 23, vers. 19 e 20), venerado pelos povos de Israel e de Ismael, seus descen- dentes. Como não deve ser o desgosto do Pa- triarca, vendo do seu setimo ceu, os seus filhos, Ismael e Israel, despedaçando-se, como vemos atualmente na Palestina. ......................................... ......................................... ......................................... Nós demonstramos pelo que precede, que os arabes não teem direito algum bi- blico a possuir a Palestina. Quanto aos di- reitos de permanencia. observamos, que os arabes, como todos os outros povos (á ex- cepção de Israel) teem o seu proprio país, medindo 3.000.000 de quilometros quadra- dos de superficie, e que nenhum país os ex- pulsou recusando-lhe o direito de lá morar. Nenhum pais lhes proibiu á sua juventude de lá fazer os seus estudos. Apenas Israel, não tem um estado para si, e não o quer formar, segundo a ordem de ideias dos seus profetas. Os pobres de Israel são expulsos de certos países, amea- çados de progromos em outros, e a sua ju- ventude não se póde dedicar a estudos uni- versitarios em muitas partes. Em vista duma tal situação, a Liga das Nações assegurou-lhe um azilo sagrado na Terra Santa, habitação dos seus patriarcas, onde nasceu a sua Biblia, o mais pequeno país do mundo medindo somente 25.000 quilometros quadrados, pais na sua maior parte deserto, que Israel deve tornar salu- bre e fertilisar com as suas proprias mãos... A Palestina. J. Lazarus. Nota.-Devido ao pequeno formato do nosso jornal não traduzimos todo o artigo deste nosso correligionario de Viena d'Austria, que foi encarregado por alguns professores da Universidade, da Academia de Belas-Artes e da Aca- demia de Viena, de em cursos popula- res fazer conhecer ao mundo cristão e israelita de Viena, a nobreza da antiga cultura judaica. Do artigo prova-se: 1.°-Que os arabes são nossos ir- mãos, porque a sua descendencia de Abraham é classificada na Biblia. 2.°-Que segundo a Biblia eles não teem direito algum á Palestina, porque Abraham. seu Pai os enviou para Leste. 3.°-Que o seu tempo glorioso foi aquele em que colaboraram comnosco, seus irmãos para iluminar o mundo. 4 °-Que colaborando comnosco, se- ria uma politica mais sã para eles, por- que nós salvaguardariamos os seus in- teresses em todos os parlamentos do mundo, etc., etc. o o o Obra do Resgate No dia 28 de setembro o capitão Bar- ros Basto conferenciou em Lisboa com as Exmas Senhoras M.me Oulman e M.me Gradis que procuram com outras senho- ras interessar o judaismo francês na bela Obra da Resgate. No dia 30 chegou pela manhã á Covi- lhã o capitão Barros Basto que á tarde fez uma conferencia sobre judaismo na séde da Comunidade dessa cidade. A' noite desse dia foi feita a inauguração da pequena Sinagoga a que o Mensageiro do Resgate deu o nome de Shaaré Kabalah (Portas da Tradição). A' entrada na Sina- goga foram lançadas flores sobre o capi- tão por cripto-judias presentes. A cerimonia começou por se acender a luz perene (Ner Tamid) sendo oferecido o primeiro azeite pela mãe do nosso cor- religionario Moisés Israel Shisha, a bilha para ele foi oferecida pelo Snr. José de Sousa Brandão. Acendeu a lampada Moi- sés Israel Shisha, o 1.° cripto-judeu da Covilhã que entrou na aliança de Abraham. Enseguída o Mensageiro do Resgate fez a oração de Arbith, parte em hebraico, par- te em português; fez a oração pelos chefe do Estado e governantes, e pelas vitimas do fanatismo religioso, findando com os canticos Igdal e Adon Olam. Toda a assis- tencia com atenção e emoção seguiu o oficio. O capitão Barros Basto falou lar- gamente sobre a tradição judaica da Co- vilhã e sobre o judaismo. Pelas onze horas dessa noite chegaram
N.º 023, Tishri 5690 (Set 1929)
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