4 HA-LAPID ========================================= vilão, Isabel Dias, Domingos Domingues, Afonso Domingues, Francisco de Olivei- ra, Luíz Domingues Dias, Francisco Pires, Antonio da Costa, Simão Rodrigues Ma- chado, Maria Rodrigues Alvres, Catarina R. Balarda, Francisco da Costa, Maria de Oliveira, Antonio Dias, Isabel Rodrigues, Francisco Gonçalves, Baltazar Dias, Ana de Oliveira, Isabel Rodrigues Paula, Inês da Costa, Manuel Henriques Carção, Bal- tazar Lopes, Manuel Pires Frade, Catarina Rodrigues de Oliveira, Tereza Manso, José Capeda, Gaspar Lopes. etc., etc Os nomes acima. foram extraídos da interessante obra "Memórias Archeológi- cas do Distrito de Bragança, do erudito Rev.do Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal. Da Senhora D. Rita de Carvalho, obti- ve as seguintes orações de reserva men- tal muito vulgares entre os maranos; que frequentam as igrejas católicas: Padre nosso: - Padre nosso um, Padre nosso dois, Padre nosso três, Padre nosso dez. Morra a lei de Cristo e viva a lei de Moisés. Oração da conftssão: - Aos pés do cura me sento, a espada de Israel se meta en- tre mim e ele, para que me não procure, senão o que eu lhe quizer dizer. Ao aproximar-se da mesa da confissão: - Cochicho cochichinho não quero teu pão nem teu vinho, quero sómente andar, na lei de Moisés vivo. COSTUMES Quando morria um judeu, a câmara mortuária era iluminada com muitas luzes durante nove dias. Nestes nove dias a cama do defunto era feita e à mesa, era servida a refeição destinada ao morto a qual era dada ao primeiro pobre que aparecesse. Conta a Snr.a D. Rita de Carvalho que algumas velhas, já falecidas, mas de quem se lembra perfeitamente, traziam durante oito dias, na Páscoa, um crucifixo prêso à barra da saia e ao andar diziam: Quanto mais te arrasto mais vontade tenho de te arrastar. Depois de ter falado com vários mara- nos a quem fiquei de enviar livros para se guiarem nas suas orações, regressei ao Pôrto no dia 15 de Setembro para assistir às festas de Rosh Hashanah e Jom Kipur (Ano Novo e Dia de Expiação). Samuel Rodrigues ----------------------------------------- União Universal das Comu- nidades Sepharditas Sua Ex.a o membro benemérito da nossa Comunidade Israelita do Pôrto e e seu presidente honorário, Sir Elly Kadoorie, em virtude dos diplomáticos esforços do nosso amigo e Vice-Presidente Honorário da nossa congregação por- tuense, Paul Goodman dignou-se aceitar o honroso cargo de Presidente Honorário da União Universal das Comunidades Se- pharditas, isto é das comunidades judaicas do Rito Português. É uma grande honra e motivo de orgulho para a pequena comunidade Israe- lita do Pôrto saber que o seu Presidente Honorário é igualmente Presidente da União das Comunidades Israelitas do Rito Português do mundo inteiro. Mazal Tob, Besiman Tob. ---------------------------------------- Comunidades de Lisboa Na nossa capital há três congregações israelitas, a saber: -Comunidade Israelita, de Lisboa, da qual é Presidente o Dr. Moses Bensabat Amzalak, digno Vice-Reitor da Faculdade das Ciências Económicas e Financeiras. Possue esta congregação duas sinagogas, escola elementar, cosinha económica, al- bergaria para doentes, talho de carne casher, cemitério etc. Esta Congregação adopta na sua liturgia o rito usado pelos judeus portugueses antes da conversão geral forçada. (Rito Sephardy). -Comunídade judeo-marana de Lis- boa, cujo presidente é o Dr. Hamilcar Lobo (Alvito), digno assistente da Facul- dade de Ciências da Universidade de Lis- boa. Composta de maranos, adopta o rito marano. -Ohel Jacob (Tenda de Jacob) -con- gregaçào de judeus polacos, russos, ro- mênos, etc. Esta congregação usa o Rito Tudêsco (Rito Askenazy). Estas tres congregações são indepen- dentes.
N.º 080, Tamuz 5697 (Jun 1937)
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