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N.º 126, Shevat-Adar 5705 (Jan-Fev 1945)







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 6             HA-LAPID
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lando dos Sadduceos diz, que vivem muitos
misturados com os Karéos na Polónia; e
R. David Neto originário de Portugal um
dos maiores adversários dos Karaitas na sua
obra Matteh Dan ou segunda parte del
Cusari, confessa que Hanano forjara a Seita
dos Karaitas à imitação da dos Sadduceos,
que convinha com ela em negar a tradição
e dissentia em admitir a imortalidade da
alma). Com éste nome os tratava em sua
obra o R. Moyses ben Seem Job (Wolfio
falando disto. Pelos Sadduceos, centra quem
escreveu R. Mosche, entende os Karéos;
Bibl. Hebr. tomo IV, pág. 1.128 ou 1.088).

                        (Continua).

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Agência Judaica para
a Palestina

O artigo 4.° do Mandato da Palestina
determina o que representa a Agência Ju-
daica para a Palestina e quais as suas
funções.

"Uma Agência Judaica propriamente dita
será reconhecida como organismo público
com o fim de aconselhar e cooperar com a
Administração da Palestina em todos os
assuntos de ordem económica, social, e
outros, que afectem o estabelecimento do
Lar Nacional Judeu e o interêsse da popula-
ção Judaica na Palestina e sempre sob a
fiscalização da Administração, auxiliar e
tomar parte no desenvolvimento do pais.

A Organização Sionista, enquanto a sua
organização e constituição fôr de parecer
do próprio Mandatário, será reconhecida
pela Agência referida. Devem ser tomadas
medidas, de acôrdo com o Govêrno de Sua
Magestade Britânica. para assegurar a coope-
ração de todos os Judeus que queiram auxiliar
o estabelecimento do Lar Nacional Judeu."

A Agência Judaica foi, portanto, oficial-
mente estabelecida como Organismo público
com um estatuto ao abrigo das leis interna-
cionais. As vinte e duas nações que assi-
naram o Mandato da Palestina contribuiram,
assim, para dar aos Judeus um Organismo
corporativo que actua em nome do Povo
Judeu nos assuntos relativos ao Lar Nacional.

Até 1929 a Organização Sionísta foi a
Agência Judaica. Nesse ano, uma confe-



rêncía realizada em Zurich, a Agéncia Ju-
daica ampliou-se com a inclusão de repre-
sentantes não sionistas e das principais
comunidades judaicas do mundo. A nova
constituição da Agência Judaica estipulava
que o cargo de Presidente devia ser desem-
penhado pelo Presidente da Organização
Sionista, e que a Agência devia compor-se
de um Poder Executivo, de uma Comissão
Administrativa e de um grande Conselho.
As actividades da Agência Judaica foram
conduzidas nas directrizes tradicionais de
promover o regresso e a colonização ju-
daica na Palestina e de assegurar as condi-
ções politicas indispensáveis ao êxito désse
trabalho. O Fundo Nacional Judeu (Keren
Kayemeth Leisraek) que abastece as colônias
de terreno, e o Fundo de Fixação na Pales-
tina (Keren Hayesod) que as abastece de
equipamento e de capital de trabalho, são
os seus dois principais instrumentos finan-
ceiros, para o fim em vista.

O Presidente da Agência Judaica para a
Palestina é o Dr. Chaim Weizmann. Os
membros do Poder Executivo em Jerusalém
são: o Sr. David Ben Cuien (Presidente),
Rabbi Fishmann, o Sr. Isaac Grunbaum
(que resignou recentemente), o Sr. Eliezer
Kaplan, o Dr. W. Senator, o Sr. Moshe
Shertok e o Sr. L. Shmorak; e, em Londres,
o Professor S. Brodetsky, e o Professor L.
B. Namier, assistidos pelo Sr. Berl Locker,
do Movimento Trabalhista da Palestina,
como Conselheiro Politico.

A Sede do Poder Executivo em Jeru-
salém compreende as seguintes repartições:
Politica, Financeira, das Colónias Agrícolas,
da Emigração, da Aliyah das Crianças e da
Juventude, do Trabalho, de Comércio,
Indústria, das Artes e Pequeno Comércio.
de investigação, Económica, Tecnica, de
Estatistica, da imprensa e de Organização.

Os escritórios de Londres estão princi-
palmente encarregados da condução dos
assuntos entre o Poder Mandatário e a
Agência Judaica. Êste trabalho está sendo
feito pela Repartição Politica à qual foi
anexa uma Repartição de Informações.

O Poder Executivo mantém ainda escri-
tórios politicos em Genebra, Nova-Iorque e
Washington, e, para enquanto durar a
guerra, abriu também escritórios em Estam-
bul e Lisboa, com o fim especial de se
ocuparem da emigração e dos trabalhos de
resgate.


 
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