4 HA-LAPÍD ====================================================== concours de la communauté sephardite de cette ville et de 1'A1liance Israélite est convaincu que l'on pour- rait faire beaucoup plus avec plus de ressources. Les israélites aportugais» de France ne voudront-ils pas faire un effort en faveur de leurs frères retrouvés? TRADUÇÃO Notícias dos Maranos do Portugal Depois da redacção do nosso artigo sobre o regresso dos Maranos portugueses ao Ju- daismo, recebemos informações complemen- tares, que mostram ter a missão assumida pelo capitão Arthur Carlos de Barros Basto obtido resultados encorajantes. No dia 1 de Julho de 1927, foi inaugurada no Porto a sinagoga Mekor H'aim, que é frequentada pelos habitantes israelitas da cidade e que é visitada pelos Maranos do interior. A' comunidade, de que o capitão Barros Basto é o presidente, creou comissões para o culto, educação e beneficencia; a aber- tura duma escola religiosa está em estudo. A propaganda, pode-se dizer o apostolado do capitão Barros Basto, começa a dar os seus frutos. Nos ultimos mezes um numero cada vez mais elevado de Maranos foram reconduzidos para o Judaísmo, entre eles dois medicos, que servirão, para o futuro, de mohel. O movimento de regresso ao Judaísmo ganha os Maranos do interior. Em outubro findo. o capitão Barros Basto, acompanhado do Dr.' Ernesto Augusto Rodrigues visitou varias localidades-habitadas por Maranos, que o receberam com sentimentos misturados de alegria e de receio. Em consequencia desta volta, uma comuni- dade Judaica foi creada na cidade de Bragan- ça, habituada por 7 a 800 cripto-judeus. Um oficio foi celebrado na aldeia de Vilarinho, cujos 500 habitantes são quasi todos Ma- ranos. O capitão Barros Basto publica um jornal mensal, em português, Ha-Lapid (o Facho), que indica aos Maranos a doutrina Judaica e os acontecimentos da vida Judaica no estran- geiro Recebemos os ultimos numeros desta folha; lêmo-la com interesse; ou para melhor dizer, com emoção. O capitão Barros Basto publicou também uma tradução do oficio de sexta-feira á noite. O Rabbino Raffalovitch, que a Jewish Colonisation Association insta- lou no Brazil, traduziu em portugués duas obras elementares sobre Judaísmo e sobre historia Judaica e exemplares destas duas; traduções foram distribuidas aos Maranos. A. J. C. A. propõe se publicar um livro de orações com tradução portuguesa; este ritual, destinado aos seus colonos do Brazil, pode servir tambem para os Maranos portu- guêses. O Comité dos Maranos creado em Londres com o concurso da comunidade Sephardy desta cidade e da Alliance lsraelite está convencido que se pode fazer muito mais com mais recursos. Os israelitas portuguêses de França não quererão fazer um esforço a favor dos seus irmãos achados? Alemanha - O jornal Judiches Wochenblatt de Berlim dá a noticia da inauguração da sina- goga Mekor-H'aim no Porto e da fundação da comunidade Israelita em Bragança. Refere tambem o facto de terem sido feitos oficios liturgicos israelitas na aldeia de Vilarinho. Egipto - O jornal israelita « L'Aurore que se publica no Cairo, publica um artigo onde fala da vinda a Portugal do snr. Lucien Wolf em 1925; da fundação da sinagoga do Porto; do trabalho do capitão Barros Basto, da funda- ção da comunidade de Bragança, etc, etc. Italia - O Presidente da comunidade Is- raelita de Pisa (Italia), o snr. Giusepp Pardo Roques publicou no jornal «Israel» um belo artigo falando da Obra do Resgate em termos muito lisongeiros para nós, e incitando os israelitas italianos a darem-nos a sua preciosa colaboração, lembrando-lhes que muitos dos nossos correligionarios daquele paiz são des- cendentes dos emigrados de Portugal e Espas nha durante o periodo inquisitorial. Lamentamos não podermos transcrever este excelente artigo devido ás exiguas di- mensões do Ha-Lapid. O snr. Pardo Roque (apelido tão português) é descendente familia de Maranos estabelecidos em Leorne (Livorno) no começo do seculo XVII. A sua familia ainda, na primeira metado do seculo XIX, falava a lingua sephardy, que é uma mescla de espanhol e português antigo pol- vilhada com alguns termos hebraicos. Este idioma é ainda falado por muitos israelitas da Grecia, Turquia, Palestina e norte d'Afri- ca. Ao snr. Pardo Roques os nossos agrade- cimentos.
N.º 009, Shebat 5688 (Fev 1928)
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