Ha-Lapid הלפיד

 6            HA-LAPÍD
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            VIDA COMUNAL

               PORTO

Assembleia Geral -No dia 13 de Elul
(25 de Agosto) realisou-se a Assembleia
Geral desta Comunidade, onde foram
tratados os seguintes assuntos:

- Constituição da mêsa: Presidente.
D. Furriel; secretarios: Menasseh Bendob
e Nathan Beigel.

Em seguida foi discutido e aprovado por
unanimidade o relatorio e contas do ano
economico 1930-1931.

Por aclamação foi aprovada a proposta
da concessão da honra de membros bene-
meritos ás Exmas Snr.as Madame Fernand
Halphen e Madame Lily Jean-Javal

Em seguida o Snr. Barros Basto propoz
que o Snr. Marcel Goldschmidt, que varias
vezes, anualmente, teem concedido donati-
vos importantesjá Comunidade. seja classi-
ficado membro protector. Aprovado por
unanimidade.

Então o Snr. Barros Basto comunica
que os senhores do Mahamad teem consi-
derado como membros contribuintes apenas
os israelitas inscriptos nesta Comunidade
que pagam, pelo menos, cinco escudos
mensais. Aprovado por unanimidade esse
procedimento.

Em seguida procedeu-se á eleição do
Mahamad (junta Directora) e da Mesa de
Assembleia Geral, tendo sido eleitos os se-
guintes senhores:

MAHAMAD

Presidente -Barros Basto
Vice-Presidente-Delfim Furriel
1.o secretario-Isaac Ianowski
2.o secretario-Fernando Furriel
Gabay-Nathan Beigel
Vogais -Menasseh Bendob
        e Manuel Brandão

 

ASSEMBLEIA. GERAL

Presidente -Miguel Vaz
Vice-Presidente-Azriel Bronstein
Secretaríoe -Armando Halpern
e José Vilas Boas

  

Em seguida foi dada pósse aos mem-
bros eleitos. E foi encerrada a sessão.

Milah-No dia i6 de Junho (1 de Ta-
muz) foi recebido na Aliança de Abra-
ham o cripto-judeu Francisco de Sousa
Chicha, filho de Manuel de Sousa Chicha
natural da Covilhã, onde nasceu a 21 de
Julho de 1909; foi lhe dado e nome de
Gabriel. Foi mohel o Rev.o Jacob She-
babo.

Visitantes -Visitaram a nossa comuni-
dade os Snrs. José de Esaguy, de Lisboa;
Jacob Tangi, de Lisboa; M. Van Son, de
Hilversum (Holanda)

            o o o

Israel Vingado

CAPITULO II
(Continuação do n. 40)

Nações, escutai a palavra do Senhor, anunciai-a
ás selvas mais retiradas e dizei-lhes, aquele que tem
dispersado Israel o remirá, ele o guardará como um
pastor guarda o seu rebanho; vêde a aliança que eu
farei com a casa de Israel depois que este tempo che-
gar, diz o Senhor, imprimirei a minha lei nas suas
entranhas e escreve-la-ei no seu coração, serei o seu
Deus e êles serão o meu povo; nenhum dêles terá
mais necessidade de dizer ao seu proximo ou ao seu
irmão conhecei o Senhor, porque todos me conhece-
rão do mais pequeno até ao maior, diz o Senhor,
porque lhes perdoarei as suas iniquidades e não me
lembrarei mais dos seus pecados " Não se encontrará
nas divinas escrituras em que os filhos de Israel fun-
dem incontestavelmente a esperança desta feliz reden-
ção? O amôr de Deus que está ai tão vivamente ex-
presso não os consola de todos os males que eles
teem sofrido e que poderão sofrer, até que este tempo
afortunado chegue. Nada escapa à revelação do Pro-
feta, o conhecimento do verdadeiro Deus, a observa-
ção da sua Lei, a expiação dos nossos crimes, a remi-
ção e o esquecimento dos nossos pecados, o nosso
regresso á graça do Senhor, a abundancia de bens, a
liberdade depois após uma tão longa e tão rude es-
cravidão, uma dominação em todas as nações que não
deve jamais acabar, e para resumir numa só palavra
tudo o que pode ser cumprido nas suas duas re-
denções como tambem o canta o Profeta Rei. "Louvai
o Senhor porque ele é bom, porque a sua misericor-
dia se estende a todos os séculos." Ainda que tantas
testemunhas tão autenticas provem evidentemente esta
verdade, o assunto é demasiado importante para não
o esclarecer de maneira que jamais seja permitido ao