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Ha-Lapid הלפיד


N.º 051, Kislev 5693 (Dez 1932)







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             HA-LAPID              5
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o calvario existente num caminho publi-
co de Pinhel apareceu, uma manhã, furada
alguns tiros de pistola e imediatamente
uns fanaticos acusaram os judeus como
autores da proêsa.

A digna autoridade administrativa pro-
cedeu a um rigoroso inquérito descobrindo
o autor desse acto condenavel fôra um
nte de policia, que assim fizera, instiga-
do pelo fanatismo local, para crear uma má
Ostera aos judeus de Pinhel. O polícia
punido e transferido.

O procedimento do Ex.mo Administrador
assim honrou e prestigiou o principio
autoridade, foi muito favoravelmente
-eciado por todas as pessoas sensatas e
amgas da ordem não só de Pinhel como
de fóra.

No mês de Agosto o Reverendo Talmid
do Instituto Teologico Israelita do Porto
Manuel Rodrigues organisou a escola da
comunidade. Ministrou ensino a 32 alunos
alguns já adultos. As lições realizavam-se
seguintes horas: das 9,30 ás 12, das 13
ás 15 e das 21 ás 23. Ensinou a Lingua Sa-
grada, Portugues, Estudos Bíblicos e rudi-
entos de judaismo. Regressou ao Porto
deixando um jovem de 21 anos, já Berith
Uah, habilitado a fazer a oração da noite
de Shabbath em hebreu. Deu Mishberag a
varias mulheres e meninas que o solicita-
ram e conduziu para o Porto dois jovens
para serem recebidos na Aliança de
abraham.

Retirou o Rev. Samuel Rodrigues de Pi-
nhel, onde deixou amisades e simpatias de-
io á sua maneira de proceder honesta e
inuante.

Os fanaticos fazem uma grande boycot-
age economica ao sr. S. Cardoso de Al-
meida, mas a sua cegueira os ilude! Deus
bendito não desampara aqueles que hones-
tamente o servem.

              o o o

          Israel Vingado

           (CONTINUAÇÃO)

Não se saberia aplicar Israel, porque, ainda
mesmo que ele tivesse aliado do culto divino, o que
directamente contra a verdade, não se pode acusa-lo
de ter tomado cada qual em particular um caminho
diferente, eles todos seguiram sem se afastar o mesmo



caminho e observaram a lei de Moisés sem se deixar
seduzir pela introdução das diferentes seitas.

Eles o observam até mais religiosamente no seu
exílio do que eles o faziam no proprio tempo de Je-
sus Cristo: este versículo encara pois as nações que
estão divididas em diferentes seitas e que estabelece-
ram cerímonias absurdas que a maior parte conde-
nam e pretendem ser idolatras. Depois que as nações
tiverem confessado a injustiça com a qual elas tratam
os israelitas, elas serão forçadas a dizer que éste ver-
siculo pinta todas as calamidades, todos os tormentos
que sofreram com uma constancia admiravel no seu
cativeiro.

Eles lhes anuncia em seguida os bens aos quais
devem aspirar; êles foram oprimidos e aflitos sem
abrir a boca, diz êle no versículo setimo, êles sofre-
ram com paciencia, porque êles teem tido sempre
deante dos olhos esta promessa sagrada e irrevogavel
do Senhor, saber que para expiar os seus crimes e as
suas impiedades e para reentrar na sua graça eles de-
vem sofrer sem se lastimarem os efeitos da sua colera
e da sua justiça. Vós direís nêste dia, porque o Se-
nhor não está entre nós, todas as espécies de desgra-
ças nos acontecem.

São estas divinas palavras que lhes fizeram guar-
dar o silencio; sem isto êles teriam cedido a tantos
males ou ter-se-hiam levantado contra tantos opro-
bios.

              VERSICULO OITAVO

     Tiram-no da força da angustia e dos
     decretos da condenação, quem falará
     da sua geração; porque êle foi tirado
     da terra doe vivos e eu o feri pelos
     pecados do meu povo.

Arias Montanus explica a palavra decreto pela
clausura por causa que ele foi encerrado nas prisões.
A versão dos Setenta o substiluê pela palavra opres-
são, mas diversos autores cristãos melhor versando
na lingua santa dizem que esta palavra signi-
fica potencia, e eles traduzem assim esta passagem;
tiraram-na do seu poder, que é a verdadeira signifi-
cação da palavra hebraica. Buxtorf explica-a pelas de
potencia, de reino, de dominio e o texto sagrado con-
firma o seu sentido: falando de Saul ele serve-se da
mesma palavra. Este, diz ele, reinará sobre o meu
povo, e nos Juízes, aquele que possuir o império e o
poder etc. Ele significa tambem decreto porque os
Reis reteem os seus subditos nos limites das leis, es-
tabelecidas no seu reino, e por consequência deve-se
traduzir, tiraram-no do Reino e do Julgamento, isto é
que se tirou a Israel o reino e o poder de julgar. As
nações o tornaram escravo, aboliram o seu governo
lhe disse do Deuteronomio:

"Levarvos-hão e o vosso Rei que tiverdes estabe-
cido para vós entre um povo que vós, nem vossos
pais conheceram, e adorareis Deuses estranhos, deu-
ses de pedra e de madeira. O Senhor vos trará um po-
vo dos paizes mais recuados que se lançará sobre a
preza. Um povo barbara cuja lingua vos não podereis
compreender e o qual vos oprimirá. Ele vos cercará
em todas as vossas cidades até que estas muralhas
tão fortes e tão elevadas, em que tinheis posto vossa
confiança caiam em toda a extensão desta terra que o
Senhor, vosso Deus vos tinha dado.

Quem falará da sua geração, diz o Profeta, não
foi ele eliminado.


 
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