HA-LAPID 3 ======================================== despojam os comerciantes; humilham-nos todos intelectual e moralmente quando os não torturam, não os matam O anti-semi- “smo na Alemanha: uma pastagem lançada á população cujo apetite não esta ainda saciado e não o estara tão depressa. Eu não creio num melhoramento da Sorte dos Judeus alemães num próximo futuro, ou então, o nacional-socialismo de- verá anular-se, abandonar os seus baixos métodos de propaganda. Deve-se registar o cinismo e a brutalidade de Goebbels de- clarando em Colonia: -Tratam-se ainda os Judeus com doçuran. Qual a conclusão? Que o nacional-socialismo está longe de ter empregado tôdas as medidas de ex- trema violência decididas inpetto contra os Judeus. Quais serão estas medidas? De verda- deiros progromos, a destruição total. E' por isso que o mundo civilizado não tem o direito de se deixar induzir pelo êrro. E' preciso que êle reconheça claramente que a destruição dos Jud smo no alemão e, tão possivel, do Judaísmo universal é um dos principais alvos do partido nacional-socia- lista. Este movimento não teve até agora se- não um resultado negativo, mas -e não há nenhuma dúvida sobre isto-o que êle quer duma maneira positiva, é a domina- ção de tóda a terra e, se fôr possível, o seu aniquilamento completo, á excepção, bem entendido da Alemanha "hitlerisada". De "L'Univers Israelita" o o o Da Perseguição aos Ju- deus na Germania DE "ELSASSER BOTE" (JORNAL CA- TOLICO DE ALSACIA) Desde anos e anos as nações socialis- tas fizeram uma campanha de excitação con- tra os Judeus e não é para admirar que eles colham o que semearam. Presentemente as piores facções huma- nas fazem erupção: o ódio, a vingança. E' sobretudo esta última facção que desempe- nha um grande papel no movimento anti- semita. Por esta razão já, os desmentidos publi- cados pelo govêrno de Reich não consegui- ram convencer ninguem. O apelo á boycottage contra os Judeus mostra toda a crueldade do estado de espi- rito que reina actualmente na Alemanha. Mesmo no decorrer duma guerra trata-se o inimigo ferido e doente. Mas os doentes Judeus são caçados até nos hospitais. (Do jornal católico "Le Soir") Nada de revolução evitou a pilhagem. Previnem-se dificilmente os excessos das massas desenfreadas. Mas e' provavelmente a primeira vez que se viu um govêrno ple- biscitário organizando êle próprio a espo- liação de sábios, médicos, magistrados, advogados, industriais, mercadores. Afixar nas vitrines dos estabelecimentos Judeus "Não compreis na casa do Judeu" e pôr os soldados á porta para que não se ti- rem êstes placards--como cem fotografias o mostram-não é condenar os ocupantes como os intelectuais brutalmente á ruína, em proveito dos rivais, dos lados cruzados. (Do -Daily Telegraph) de Londres: O dia virá em qne os Alemães dese- jarão que êste episódio insensato (a boy-cot- tage dos produtos judeus) seja apagada dos seus anais e se preguntarão qual a tolia que pode conduzir os chefes da revolução hitleriana a escolher um meio tão vergo- nhoso de celebrar a aurora duma nova era. Quando a sua intoxicação passar e que eles se tornem sóbrios, os nazis reconhece- rão, certamente contra que os aconteci- mentos do 1.° Abril não revertiram um carácter nobre e heroico, mas não foi pura e simplesmente senão despresíveis e sor- didos. (Do "New-York Herald") Quando nós vemos toda a população judaica da Alemanha submissa a um terrôr organizado, somos obrigados a lembrar-nos que êstes são os próprios homens que inven- taram o bombardeamento das populações civis e o torpedeado das partes do comér- cio. Os Alemães razoaveis devem lem- brar-se que a igualdade de statuto que eles reclamam não consiste unicamente no di- reito de se armar. Para obter uma verda- deira igualdade, um govêrno deve ter o res- peito das outras nações. Nenhum govêrno pode atrair êste respeito se não reconhece as mais simples obrigações do própria moral.
N.º 056, Lyar 5693 (Mai 1933)
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