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Ha-Lapid הלפיד


N.º 056, Lyar 5693 (Mai 1933)







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              HA-LAPID                3
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despojam os comerciantes; humilham-nos
todos intelectual e moralmente quando os
não torturam, não os matam O anti-semi-
“smo na Alemanha: uma pastagem lançada
á população cujo apetite não esta ainda
saciado e não o estara tão depressa.

Eu não creio num melhoramento da
Sorte dos Judeus alemães num próximo
futuro, ou então, o nacional-socialismo de-
verá anular-se, abandonar os seus baixos
métodos de propaganda. Deve-se registar
o cinismo e a brutalidade de Goebbels de-
clarando em Colonia: -Tratam-se ainda os
Judeus com doçuran. Qual a conclusão?
Que o nacional-socialismo está longe de
ter empregado tôdas as medidas de ex-
trema violência decididas inpetto contra os
Judeus.

Quais serão estas medidas? De verda-
deiros progromos, a destruição total. E'
por isso que o mundo civilizado não tem
o direito de se deixar induzir pelo êrro. E'
preciso que êle reconheça claramente que
a destruição dos Jud smo no alemão e, tão
possivel, do Judaísmo universal é um dos
principais alvos do partido nacional-socia-
lista.

Este movimento não teve até agora se-
não um resultado negativo, mas -e não há
nenhuma dúvida sobre isto-o que êle
quer duma maneira positiva, é a domina-
ção de tóda a terra e, se fôr possível, o
seu aniquilamento completo, á excepção,
bem entendido da Alemanha "hitlerisada".

              De "L'Univers Israelita"

             o o o

Da Perseguição aos Ju-
deus na Germania

DE "ELSASSER BOTE" (JORNAL CA-
TOLICO DE ALSACIA)

Desde anos e anos as nações socialis-
tas fizeram uma campanha de excitação con-
tra os Judeus e não é para admirar que eles
colham o que semearam.

Presentemente as piores facções huma-
nas fazem erupção: o ódio, a vingança. E'
sobretudo esta última facção que desempe-
nha um grande papel no movimento anti-
semita.

Por esta razão já, os desmentidos publi-

 

cados pelo govêrno de Reich não consegui-
ram convencer ninguem.

O apelo á boycottage contra os Judeus
mostra toda a crueldade do estado de espi-
rito que reina actualmente na Alemanha.
Mesmo no decorrer duma guerra trata-se o
inimigo ferido e doente. Mas os doentes
Judeus são caçados até nos hospitais.

(Do jornal católico "Le Soir")
Nada de revolução evitou a pilhagem.
Previnem-se dificilmente os excessos das
massas desenfreadas. Mas e' provavelmente
a primeira vez que se viu um govêrno ple-
biscitário organizando êle próprio a espo-
liação de sábios, médicos, magistrados,
advogados, industriais, mercadores.

Afixar nas vitrines dos estabelecimentos
Judeus "Não compreis na casa do Judeu" e
pôr os soldados á porta para que não se ti-
rem êstes placards--como cem fotografias
o mostram-não é condenar os ocupantes
como os intelectuais brutalmente á ruína,
em proveito dos rivais, dos lados cruzados.

(Do -Daily Telegraph) de Londres:

O dia virá em qne os Alemães dese-
jarão que êste episódio insensato (a boy-cot-
tage dos produtos judeus) seja apagada
dos seus anais e se preguntarão qual a tolia
que pode conduzir os chefes da revolução
hitleriana a escolher um meio tão vergo-
nhoso de celebrar a aurora duma nova era.
Quando a sua intoxicação passar e que eles
se tornem sóbrios, os nazis reconhece-
rão, certamente contra que os aconteci-
mentos do 1.° Abril não revertiram um
carácter nobre e heroico, mas não foi pura
e simplesmente senão despresíveis e sor-
didos.

(Do "New-York Herald")

Quando nós vemos toda a população
judaica da Alemanha submissa a um terrôr
organizado, somos obrigados a lembrar-nos
que êstes são os próprios homens que inven-
taram o bombardeamento das populações
civis e o torpedeado das partes do comér-
cio. Os Alemães razoaveis devem lem-
brar-se que a igualdade de statuto que eles
reclamam não consiste unicamente no di-
reito de se armar. Para obter uma verda-
deira igualdade, um govêrno deve ter o res-
peito das outras nações. Nenhum govêrno
pode atrair êste respeito se não reconhece
as mais simples obrigações do própria
moral.


 
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