4 HA-LAPID ========================================== Historia Sagrada Infantil por David Moreno (Continuação do n.° 64) CAPÍTULO XXV O Decálogo Dez Mandamentos Três meses após a saida do Egipto, os israelitas vieram acampar à base do Monte Sinai. Moisés subiu ao cume e, do Divino, ouviu estas palavras: - "Moisés, meu fiel servidor. dirás aos filhos de Israel: Vístes o que fiz por vós no Egipto. Assim como a águfa leva os seus filhos sobre as asas, eu vos tomei e protegi. Agora, se vós guardades os meus mandamentos sereis o meu povo eleito Eu virei a vós numa nuvem e ouvireis as mi- nhas palavras. Vai pois e, hoje e amanhã. purifica o povo. Fixa tambem limites à volta do monte. Aquele que os transpuzer será punido com a morte". Referiu Moisés aos Israelitas tudo quanto tinha ouvido e êles responderam: "Faremos tudo que o Senhor ordenar". No terceira dia, ao despontar da aurora, o trovão ribombava e os relampagos suce- diam-se. Uma nuvem imensa e sombria cobriu o Monte Sinai. Chamas envolviam-no por completo. Do cume saia fumo e estre- mecia todo. Então do meio, do meio das chamas, relampagos e trovões, entre o som de trom- betas que nas nuvens retiniam, a voz do Se- nhor proclamou a todo o Israel aterrorisado: I-- "Eu sou o Senhor, teu Deus; não terás deuses estranhos na minha pre- sença; não farás "imagem esculpida para adora-la". II -- "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus em vão". III -- "Lembra-te de santificares o dia de sábado. Trabalharás seis dias, mas descançarás no sétimo, que é o Sa- bado do Senhor". IV - "Honrarás teu pai e tua mãe, para que os teus dias sejam prolongados sobre a terra". V - "Não matarás". VI - "Não cometerás adultério". VII - "Não furtarás". VIII - 'Não levantarás falsos testemunhos". IX - "Não desejarás a mulher do teu próximo". X - "Não cubiçarás a casa do teu pró- ximo, nem seu campo, nem seu criado, nem sua criada, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença". O povo tremia junto da montanha e, mais uma vez, prometia fazer tudo quando Deus ordenasse. Moisés construiu um altar e nêle ofere- ceu um sacrifrcío ao Senhor, com o sangue da vitima aspergiu o povo, dizendo: "Eis" sangue da Aliança que o Senhor fez con- vosco. CAPITULO XXVI O Bezerro de ouro Durante quarenta dias. Moisés perma- neceu no Monte, escutando os ensinamentos do Senhor. Dêle recebeu duas tábuas em que esta- vam gravados os dez mandamentos, que já vimos. Mas, o povo, achando longa a demora de Moisés, lembrou-se da idolatria do Egipto e pediu a Arão,: "Faze-nos deuses como os do Egipto que possam estar diante de nós, que nós os possamos ver, porque aquele de que o nosso condutor nos fala, é invisivel " Aprovou Arão esta lembrança, e, tendo re- cebido das mulheres as arrecadas de ouro, fundiu-as e lez um bezerro que depois, colo- cou num altar. Á volta dêle, o povo fazia sacrifícios e dansava. Moisés, com as tábuas da Lei na mão, descia do Monte e, ao ouvir aquelas vozes pareceu-lhe, a êle, místico idialísta, que eram cantos. Mas, ao ver a realidade, o seu povo já idolatra indignado, atirou as tábuas ao chão, que se partiram, e reduziu o bezerro a pó; depois lançou este pó em água que obrigou o povo a beber, a fim de lhe inspi- rar mais desprezo pelo idolo. Porém, isto não bastava ainda. Era necessário afastar pelo terror estas lembran- ças da idolatria egípcia. Aprumado e severo gritou ao povo! - "Quem é pelo Eterno, que venha a mim". Os filhos de Levi correram. "Assim diz o Eterno, continuou Moisés;
N.º 066, Elul 5694 (Ago 1934)
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