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N.º 066, Elul 5694 (Ago 1934)







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 4           HA-LAPID
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Historia Sagrada Infantil

                    por David Moreno

      (Continuação do n.° 64)

            CAPÍTULO XXV

             O Decálogo

          Dez Mandamentos

Três meses após a saida do Egipto, os
israelitas vieram acampar à base do Monte
Sinai. Moisés subiu ao cume e, do Divino,
ouviu estas palavras:

- "Moisés, meu fiel servidor. dirás aos
filhos de Israel: Vístes o que fiz por vós
no Egipto. Assim como a águfa leva os
seus filhos sobre as asas, eu vos tomei e
protegi. Agora, se vós guardades os meus
mandamentos sereis o meu povo eleito Eu
virei a vós numa nuvem e ouvireis as mi-
nhas palavras. Vai pois e, hoje e amanhã.
purifica o povo. Fixa tambem limites à
volta do monte. Aquele que os transpuzer
será punido com a morte".

Referiu Moisés aos Israelitas tudo quanto
tinha ouvido e êles responderam: "Faremos
tudo que o Senhor ordenar".

No terceira dia, ao despontar da aurora,
o trovão ribombava e os relampagos suce-
diam-se. Uma nuvem imensa e sombria
cobriu o Monte Sinai. Chamas envolviam-no
por completo. Do cume saia fumo e estre-
mecia todo.

Então do meio, do meio das chamas,
relampagos e trovões, entre o som de trom-
betas que nas nuvens retiniam, a voz do Se-
nhor proclamou a todo o Israel aterrorisado:

I-- "Eu sou o Senhor, teu Deus; não
terás deuses estranhos na minha pre-
sença; não farás "imagem esculpida
para adora-la".

II -- "Não tomarás o nome do Senhor, teu
Deus em vão".

III -- "Lembra-te de santificares o dia de
sábado. Trabalharás seis dias, mas
descançarás no sétimo, que é o Sa-
bado do Senhor".

IV - "Honrarás teu pai e tua mãe, para
que os teus dias sejam prolongados
sobre a terra".

V - "Não matarás".

VI - "Não cometerás adultério".

VII - "Não furtarás".

VIII - 'Não levantarás falsos testemunhos".

IX - "Não desejarás a mulher do teu
próximo".

X - "Não cubiçarás a casa do teu pró-
ximo, nem seu campo, nem seu
criado, nem sua criada, nem seu boi,
nem seu jumento, nem coisa alguma
que lhe pertença".

O povo tremia junto da montanha e,
mais uma vez, prometia fazer tudo quando
Deus ordenasse.

Moisés construiu um altar e nêle ofere-
ceu um sacrifrcío ao Senhor, com o sangue
da vitima aspergiu o povo, dizendo: "Eis"
sangue da Aliança que o Senhor fez con-
vosco.

             CAPITULO XXVI

           O Bezerro de ouro

Durante quarenta dias. Moisés perma-
neceu no Monte, escutando os ensinamentos
do Senhor.

Dêle recebeu duas tábuas em que esta-
vam gravados os dez mandamentos, que já
vimos.

Mas, o povo, achando longa a demora
de Moisés, lembrou-se da idolatria do Egipto
e pediu a Arão,: "Faze-nos deuses como os
do Egipto que possam estar diante de nós,
que nós os possamos ver, porque aquele de
que o nosso condutor nos fala, é invisivel "

Aprovou Arão esta lembrança, e, tendo re-
cebido das mulheres as arrecadas de ouro,
fundiu-as e lez um bezerro que depois, colo-
cou num altar. Á volta dêle, o povo fazia
sacrifícios e dansava.

Moisés, com as tábuas da Lei na mão,
descia do Monte e, ao ouvir aquelas vozes
pareceu-lhe, a êle, místico idialísta, que
eram cantos. Mas, ao ver a realidade, o seu
povo já idolatra indignado, atirou as tábuas
ao chão, que se partiram, e reduziu o bezerro
a pó; depois lançou este pó em água que
obrigou o povo a beber, a fim de lhe inspi-
rar mais desprezo pelo idolo.

Porém, isto não bastava ainda. Era
necessário afastar pelo terror estas lembran-
ças da idolatria egípcia.

Aprumado e severo gritou ao povo!

- "Quem é pelo Eterno, que venha a
mim". Os filhos de Levi correram.

"Assim diz o Eterno, continuou Moisés;


 
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