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Ha-Lapid הלפיד


N.º 070, Nissan-Yiar 5695 (Mar-Mai 1935)







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 8             HA-LAPÍD
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para se dirigirem para um posto da pro-
vincia.

Por outra lado e nas mesmas condições.
o snr. Rabbi Schilli, que fica adido aos ser-
viços administrativos do Sacretariado Geral
do Consistório de Paris, consagrará uma
parte do seu tempo ao serviço. rabinico de
vários locais de oraçocs em Paris e arra-
baldes.

                o o o

             Festa de Purim

Com uma numeresa assistência reali-
zou-se no dia 18 na Sinagoga Kadury Mecor
Haim a festividade Religiosa de Purim ou
Festa de Ester. Começou pela oracão de
Arbith oficiada pelo Rev.o Moreh Samuel
Rodrigues e seguiu-se-lhe a leitura da Me-
guilah de Ester feita pelo Exmo Sr. Menas-
seh Bendob que lhe adaptou uma bela melo-
dia.

Por último o ilustre director do Ha-La-
pid fêz uma interessantíssima palestra sobre
a solenidade do dia, ligando, num vôo atra-
vés da História, os tempos de Ashevero com
os nossos e comparando as perseguições que
os judeus sofreram naquela época com as
que têm sofrido em todos os tempos e sofrem
actualmente na Alemanha. E' mais uma
prova que nos dá da sua grande cultura e
das qualidades oratórias que possue e que o
tornam bem conhecido.

                 o o o

               O TALMUD

(Continuação do n.o 69)

se discutisse a questão que preocupava o
seu espirito. (Ezeq. 8, 1; 14, 1; 20, 1.

A solução que êles encontraram uma
palavra a pode resumir: thorah. Este ter-
mo hebraico imprópriamente traduzido por:
lei, significa: ensinamento, direcção.

Para os exilados designa o corpo das
doutrinas, escritas e orais que o passado
lhes transmissiu Sem tocar a questão
muito debatida das origens e da data do
Pentateuco, podemos admitia que sob uma
ou sob outra forma, os Judeus possuiam
em Babilônia a revelação mosaica.

 

Além disso conservavam certos trechos
proféticos, assim como os Salmos. Tais
eram as únicas relíquias da sua vida nacio-
nal de há pouco tempo, o unico rochedo,
sobre oqual, no meio dos pagãos, estes
exilados podiam estar em segurança até à
hora em que Deus os restabelecesse na
sua pátria. Por conseqüencia estes escritos
deviam impôr-se à sua atenção constante.
imprimir-se no seu coração, lembrar-lhes
sem cessar que, vivendo em Babilónia êles
não eram de Babilónia e que tinham uma
sagrada obrigação: conservar-se um povo
à parte. Os sábios estão de acordo em
pensar que a instituição da Sinagoga data
do tempo do exilio babiloniano. A expressão
hebraica que a designa, beth hakéneseth
(casa da assembleia), designa com precisão
o fim inicial. Era o ponto de reunião du-
ma nação sem lar; reunião duma nação sem
lar, reuniam-se nela, para ler e explicar as
escrituras. Como tempo, orações se uní-
ram a estas leituras comentadas; assim a
sinagoga torna-se um centro de adoração.
As suas essembleias provocaram o desper-
tar dum interesse crescente pelo estudo dos
livros hebraicos, e este desejo de conheci-
mento espalhando-se entre as massas, fez
necessáriamente, sentir a necessidade de
ter homens qualificados para a sua instru-
ção, para dar o ensinamento. Conhecem-se
com o nome de sopherim (escribas(, o que
quer dizer não: escritores. mas: homens de
letras. Alguns de entre eles figuram certa-
mente na lista de "doutores" que contem
Esdras, 8, 16, e há enumeração dos que
"explicavam a toráh ao povo", segundo
Nehemias, 8,7.

Na primeira fila destes instrutores en-
contrava-se Esdras que se nos apresenta
como "um escriba versado na toráh de
Moisés" (Esdra, 7,6), como um sopher peri-
to. Fui êle que deu a solução dos seus
antepassados à sua conclusão prática. O
Talmud, mui justamente, compara a obra
que êle realizou para o seu povo, à que
realizara Moisés. Da mesma maneira que
o grande legislado, duma massa amorfa de
escravos saindo da servidão, creara uma
nação dotando-o com a toráh Esdras dedi-
cou a sua actividade a uma comunidade
moribunda tanto em Babilônia como na Ju-
dea, pela restauração da torah que será o

                            (Continua)


 
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