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N.º 087, Tishri 5699 (Set 1938)







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 2              HA-LAPID
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O PROSELITISMO NO JUDAISMO

"L'Univers Israelite" publica em um dos seus últimas números
um interessante artigo que tem como titulo "Le judaisme ne constitue
ni un peuple, ni une race, mais une religion et une tradition". Assina-o 
jules Lazard.  
O referido artigo constituiu para nós uma agradável surpresa.
É que tínhamo-nos proposto escrever alguma cousa justamente sôbre
o mesmo assunto, em resposta a muitos disparates que temos ouvido
e... e temos lido, provenientes de criaturas que tinham obrigação 
de os não dizer.  
Dada a impossibilidade de uma transcrição na íntegra do 
citado artigo, vamos extrair algumas passagens. É preferível assim, 
porque apresentamos uma opinião menos suspeita que a nossa.

                                              N.A.M

Provar aos homens de boa fé que o mo-
saismo é uma religião e não uma raça, e
ainda menos uma nação, é esforçar-se por
repelir certos ataques, porque este "racismo"
é a plataforma que serve de apoio a todos
os outros enganos.

Importa provar que, assim como os cren-
tes dos outros cultos, os Judeus, na maioria,
são descendentes de convertidos.

Quando o Rei do Egipto convidou a famí-
lia de Jacob a fixar-se no seu país, ela com-
preendia 70 pessoas (Gênese XLVI).

Quando da saída do Egipto constata-se
(Exodo XII, 37-Números 1, 46) que os
homens "de pé" são em número de 600.000.

Êste número de homens de armas supõem
uma população de mais de dois milhões de
almas, incluindo mulheres, vélhos e crianças.

Quantos egípcios de todas as raças tinham
eles absorvido durante a sua estada?

As Escrituras confirmam-nos as primeiras
e prováveis conversões.

O Império de Salomão estendia-se além
da Palestina; os povos conquistados adopta-
vam a sua fé; sob o seu reino etíopes tor-
nam-se judeus: o título de "Leão de Juda"
que usaram durante quinze séculos os seus
reis, e mesmo até aos nossos dias, pode ser
reclamado pelo Rei de Itália.

A-pesar-deste país ter adoptado com o
decorrer do tempo a religião copta, resta
ainda na Etiópia (ou Abissínia) uma comu-
nidade judaica.

Estes pretos, conhecidos com o nome de



Falachas, praticam o seu culto como se fazia
no tempo de Salomão.

O prestígio de Salomão estendeu a sua
influencia ao mundo inteiro; as suas esqua-
dras percorriam todos os mares.

Feitorias foram criadas pelos Judeus na
Grécia, Itália, Gália, Espanha e Norte de
Árica.

Sabe-se (Cícero: pro flaco 28) "que eles
foram activos convertedores a começar pelos
seus escravos que libertavam".

Durante 15 séculos os Judeus coloni-
zam e convertem (Bossuet Histoire univer-
selle; Polybé II -20; Josepho, Ant. VIII, 6,
XII, 3). Horácio fala dos seus progressos.;
Philon, cujas afirmações são confirmadas por
várias inscrições, dá uma longa lista das
suas colônias.

Em Alexandria, que conta um milhão de
adeptos, em Antioquia, Damasco, Chypre, na
Grécia, quási todos os judeus eram gentios
convertidos que, não falando senão o grego,
mandaram traduzir a Bíblia para a sua língua.

Valério-Máximo, Séneca confirmam os
resultados do proselitismo dos judeus, que
vai desde os humildes até certos membros
do patríciado romano.

Certas conversões ao judaismo fizeram-se
em massa: além dos Etíopes já citados, os
vencedores Hachmonitas obrigam os Sírios
a converterem-se.


 
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