6 HA-LAPID =========================================== O 15 DE SHEBATH (ANO NOVO nas ÁRVORES) A MISHNAH menciona o 15 de Shebath entre as quatro festas de ano novo como sendo o ano novo das árvores. Esta data servia para o cálculo de ORLAH e Rnvaí (terceiro e quarto ano da plantação da árvore e da vinha). O TALMUD relata que o costume se estabeleceu na Palestina de plantar neste dia, novas árvores. Êste uso manteve-se depois da dispersão judaica e durante toda a Idade-Média. Entre os judeus que não podiam possuir terras usavam celebrar este dia comendo frutas da Palestina ou iguais. A festa de 15 de Shebath tornou-se tam- bém a festa da Juventude. Ela simboliza o renovamento eterno da natureza, a sua eterna juventude. Hamishah Assar Bishebath 15 DE SHEBATH É este o dia festivo dedicado à Juventude Israelita, porquanto é ela que tal dia come- mora. Foi neste dia que com grande satisfação minha, assisti à festa dos frutos e da juven- tude na grande Catedral erigida no Porto por iniciativa de meu mestre Sr. Capitão Barros Basto, para o resgate dos maranos em Por- tugal. Encontrava-se então repleta de jovens e pessoas idosas que pareciam transbordar de alegria por verem que a árvore plantada há poucos anos se encontrava repleta de frutos sãos e com fé ardente. Foi neste dia e neste lugar sagrado que me encontrei com alguns ex-talmidim que, há tempos, não via; os quais me alegraram não só com a sua presença, mas também por ver neles, fé, esperança e vontade firmes!... Crendo no progresso da religião que de todas é a mãí, naquela que só inspira verdade. A cerimónia da minh'á decorreu solene- mente oficiada pelo moreh Samuel Rodrigues, acompanhado nos cânticos pelos ex-talmidim que, com suas sonoras vozes e corações re- pletos de fé e esperança, oravam ao Senhor. Terminada a cerimónia o Grupo Sionísta Judah Halevi convidou a assistencia a sabo- rear uns frutos para melhor recordar a signi- ficação do dia e para melhor infiltração de todos no Sionismo. Tudo decorreu na máxima ordem e ale- gria, e o nosso mestre, usando da palavra, mais uma vez nos mostrou a significação do dia que se festejava, fazendo-nos bem com- preender a sagrada missão que por dever nos é exigida: o resgate dos maranos e a união dos que o tivemos e temos por guia no caminho da verdade, porquanto o provérbio diz "a união faz a força" e como tal precisa. mos de nos unir para melhor resistir aos reveses que constantemente nos assolam. É ao Grupo Sionísta Judah Halevi que cabe o esplendor da festa que, com a bela compreensão do sionismo, procura estas inte- ressantes passagens do calendário hebraico, para a alegre junção e convivência da Juven- tude Israelita. JOSEPH PEREIRA GABRIEL. * OBRA DO RESGATE O antigo Talmid da Yeshibah do Porto, Joseph Gabriel foi levar algumas palavras de esperança a cripto-judeus de Lagoaça. -O moreh Samuel Rodrigues foi a Lis- boa observar os ritos, cerimónias e como eram praticadas as obras de assistencia, a-fím-de aumentar a sua cultura israelita. -O mesmo moreh Rodrigues visitou Covilhã, Fundão e Belmonte, levando pala- vras de fé a vários maranos. * TERRA DE ISRAEL O general Haining, comandante em chefe das forças britânicas na Palestina, dirigiu um telegrama de felicitações ao chefe do destacamento de voluntários judeus que ha- via combatido um importante bando árabe nas proximidades do Mar Morto. - A primeira escola de pilotos aviadores judeus criada no último ano em Lydda con- cedeu diplomas a sete jovens judeus. Um aero-clube judeu foi criado em Jerusalém. ----------------------------------------- ESTE NUMERO FOI VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA
N.º 092, Nissan 5699 (Mar 1939)
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