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Ha-Lapid הלפיד


N.º 118, Ab-Elul 5703 (Jul-Ago 1943)







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 6              HA-LAPID
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sempre bom acolhimento e um bom lar
espiritual os descendentes daqueles que,
há quatro séculos, gíoram violentamente
obrigados a ocultarem a sua fé no Deus
Bendito dos nossos pais Abraam, Isaac
e jacob.

Que Adonai Sebaoth abençõe esta Obra,
a fortifique e faça com
que desta Fonte ma-
nem torrentes de luz
de Verdade-Amen."


Éste pergaminho
foi assinado pelos se-
guintes israelitas:
A. C. de Barros
Basto, Hoshea Ros-
kin, Isaac Yanowski,
Menasseh Kniszyns-
ky, Jaime Pinto, Jos-
huah Benoliel, Marcel
Goldschmidt, Arman-
do Halpern, E. dos
Reis Tavares, Leo 
Augusto de Almeida, 
M. A. Vaz, E. de Al-
Ineida, Abicin Schu-
mann, Nathan Beigel,
D. Furriel, A. J. Mar-
tins, Abraham Morais
de Almeida, Jose Is-
rael Cardoso, E. Au-
gusto Rodrigues, João
A. Ferreira, Leah
Azancot de Barros 
Basto, Miryan Yano-
wski, Rosa de Lima,
Felícia Gabriela Azan-       
cot, Antónia Candida 
da Costa Martins, Te-
resa da Costa Martins,
Braha'h Kniszynsky,
Ribkah Schumann,
Ermelinda Beigel.

O Capitão Barros
Basto pegou num tubo
de ferro onde introduziu 18 moedas da
República Portuguesa, do ano de 1929,
porque 18 é o valor numérico da palavra
hebraica H'ai (vida), metendo em seguida
o pergaminho enrolado, depois do que
fechou o tubo, roscando a tampa, e entre-
gou-o ao Sr. Amzalak: Este senhor
colocou o tubo na cavidade aberta na pedra
de granito, fechando a cavidade com uma



placa de ardósia cimentada. Em seguida
os pedreiros colocaram em cima nova
pedra de granito.

Findou a cerimonia com o hino Ha-
-Tikvah cantado pela assistencia.

Foi uma festa cheia de emoção a que
o ceu se associou com a amenidade do
tempo durante a ceri-
mónia.

         A Inaugura-
         ção do Tem-
         plo Kadoorie
         no Porto

            Porto, 16/I/1938

A inauguração do
templo edificado para
os Maranos que re-
gressam à fé judaica,
é um acontecimento
sem precedente. Só
aqueles que assisti-
ram à cerimónia da
dedicação podem
apreciar o seu alto
significado. É dificil
imaginar-se que um só
tenha tido a ideia de
fundar uma casa de
orações numa cidade
e num tempo em que
não havia ali judeus;
é dificil de acreditar
que este mesmo ho-
mem tenha, ele só,
contribuido a levar
a cabo um tal em-
preendimento.

E como ele reali-
zou maravilhosa-
mente a sua idéia!

A Sinagoga do Porto, a catedral judia
do Norte de Portugal, construida para dar
ao marano uma alta concepção da religião
de seus pais, está a medida de realizar as
esperanças que nela se fundaram. Quão
magnifica aparece esta nova Sinagoga na
sua beleza virginal! Cada detalhe reflete
a santa inspiração, o amor do judaismo.
E preciso ser do país para bem com-



O Capitão Barros Basto em 1937,
Ano em que foram concluidas as
obras da sinagoga.


 
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