2 HA-LAPÍD ========================================== a poeira da terra, a tua extensão será do Ocidente ao Oriente, do Norte ao Sul, e todas as familias da terra serão abençoa- das por ti e pela tua posterídade. (Gen. 28, 13, 14). -Adonai vos preferiu e vos escolheu não porque sejaes mais numerosos que qualquer outro povo, porque vós sois os menos numerosos de todos os povos; mas é porque Adonai vos ama e porque observa a promessa que fez a vossos paes, e vos tirou do Egipto com uma mão poderosa, e vos livrou da escravatura e da mão de Pharaoh, rei do Egipto. (Dent. 7, 7, 8). -E Abraham disse ao rei de Sodoma: Levante as mãos a Adonai, o Deus su- premo, senhor do ceu e da terra. (Gen. 14, 22. -E agora, Israel, o que é que Adonai teu Deus te pede? E' de o temer, de tri- lhar por todos os seus caminhos, de o amar e de o servir com todo o teu cora- ção e com toda a tua alma. (Deut. 10, 12). -Amarás Adonai, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. (Deut. 6, 5). -Deus é bom para todos e a sua mí- sericordia estende-se sobre todas as suas obras (S. 145, 5). -Vêde como Adonai é bom; feliz o homem que tem confiança nele. (S. 34, 9). - Adonai está com aqueles que o cha- mam e com os que o invocam com since- ridade. (S. 145, 18). o o o A Obra do Resgate Em Novembro proximo passado o sr. Paul Goodman, secretario honorario do Portuguese Marranos Committee dirigiu a varias entidades judaicas um relatorio em lingua inglesa, de que damos aqui a sua tradução: Portuguese Marranos Committee Os Marranos Portugueses Progresso da sua Reclamação 1926-927 O Portuguese Marranos Committee, fundado em Londres no ano de 1926, tomou a iniciativa de prestar auxilio aos Marranos em Portugal que desejarem voltar publica mente ás doutrinas e ritos dos seus anta- passados Judeus. Este desejo é manifesto implicitamente no reviver do numero cosi- deravel de crypto-Judeus que se agarrarão tão tenazmente ás formas da religião dos seus antepassados como se estivessem ainda rodeados pelo inquerito religioso intensa- mente hostil que os cercassem. Mas os índi- cios do renovado interesse no Judaísmo historico manifestado por alguns dos Mar ranos, e a actividade do Cap. Artur Carlos de Barros Basto, que se tornou o guia ins- pirador deste movimento, deu-lhes larga inspiração e expressão articulada á sua fé Seguindo a recomendação do Sr. Lucien Wolf no seu Relatorio da sua missão a Portugal em 1925, o Comité dos Marranos portugueses ajudou em primeiro logar finan- ceiramente a fundação da Comunidade lu- daica no Porto, que estando o mais proximo das povoações dos Marranos no norte de Portugal, tem todas as probabilidades de exercer a influencia desejada com mais eficacia. A Synagoga do Porto, «Mekor Haím" com séde na rua do Poco das Patas, 37, foi consagrada no dia 1 de Julho de 1927, entre os quais estava presente o Sr. Moses Ben- sabat Amzalak, Presidente da Comunidade de Lisboa. Pouco depois, a Sinagoga foi visitada por Haham Nissim Danon, anterior- mente Rabí-mór de Jerusalem que falou à Congregação. A Synagoga não serve unica- mente de casa de oração para os Judeus residentes no Porto, mas tambem é frequen- tada por Marranos de outras partes do pais que desejam relacionar-se pessoalmente com os varios aspectos do Judaísmo. A Congregação do Porto, da qual 0 Cap. Artur Carlos de Barros Basto é pre- sidente, tem um executivo (Mahamad) que formou comitês não só para o fim religioso. educativo e caritativo, mas tambem 00m Hebra Kadishah. A fundação de uma escola elementar Judaica e de uma Medrash está em projecto. No decorrer dos ultimos meses um numero consideravel de Marranos foram iormalmente admitidos no Judaísmo, e entre eles dois medicos qus foram qualificados como Mohelim. Este movimento para o regresso voluntario ao Judaísmo espalhou-se do Porto aos varios centros Marranos
N.º 008, Tebet 5688 (Jan 1928)
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