2 HA-LAPÍD ============================================ o necessario para cumprir, de uma maneira mais energica e mais efectiva, as obrigações que emanam do seu mandato palestiniano referente á creação dum Lar Nacional judai- co na Palestina. Quanto a nós, sionistas, ajudados pelos nossos novos companheiros de luta, agrupa- dos á volta de Jewish Agency, continuaremos o nosso trabalho na Palestina ainda com mais vigor e mais confiança no futuro. Lord Balfour enviou ao Dr. Weizmann a seguinte carta: «Os acontecimentos da Palestina excitam a minha indignação, mas não abalam de mo- do algum a confiança que eu tenho na sabia politica que vós e os vossos companheiros empreendestes na Palestina sob a protecção do sistema mandatario que encontrou muitas dificuldades. O imperio britanico e todas as potencias interessadas na questão comprometeram-se solenemente a refazer na Palestina a patria do povo judeu. Esta politica está conforme com a opinião mais sã da civilisação em to- das as partes do mundo. O imperio britanico prometeu o seu apoio para a sua realisação; o seu compromisso foi tornado e vós podeis contar corn ele: a ele não se faltaram Cerimonias funebres Em todas as Comunidades israelitas se tém celebrado ofícios funebre: pelas vitimas dos sangrentos acontecimentos da Terra de Israel. Na Sinagoga Mekor H'aim do Porto, um serviço funebre teve logar no dia 6 de se- tembro. -------------------------------------- Visado pela Comissão de Censura A nossa Comunidade em festa Uma homenagem No passado dia 25 de agosto (19 de Ab) realisou-se na Comunidade israelita do Porto uma festa comemorando o sexto ani- versario da sua fundação. Uma festa interes- sante que encheu de jubilo todos aqueles que nela tornaram parte, principalmente os que tomaram a seu cargo a sua realisação. A's três horas da tarde encontravam-se reunidas um grande numero de pessoas, entre as quais algumas de tora que, emavel- mente, acederam ao nosso convite. Algum tempo depois começou a execução do pro- grama que abria por uma oração de Minh'ah, que foi oficiada pelo nosso correligionario Menasseh Bendob. Finda esta todos os convidados se diri- giram para a sala da Escola «Eben Mussad» onde ia ter logar uma sessão solene. Aberta esta, o sr. dr. L. de Almeida proferiu algu- mas palavras sobre o acto a solenisar e em seguida pediu ao Exmo sr. Presidente da Comunidade, Artur C. de Barros Basto, pa- ra fazer uma pequena historia da fundação. S Ex.° gostosamente acedeu ao pedido e, na sua palavra fluente e entusiasta, que lhe e' tão peculiar, expoz com toda a minuciosi- dade todos os trabalhos. Borda o inicio da obra do renascimento judaico em Portugal, qual tem feito incidir todo o seu esforço, fazendo um apelo para que todos o ajudem a levar ao fim tão sublime tarefa. De novo toma a palavra o sr. dr. L. de Almeida que depois de ter agradecido ao Ex.mo Sr. Presidente, lhe tece as mais jus- tas homenagens felicitando-o, pela sua gran- de obra. O orador dirige-se a S. Exa dizendo lhe que se deve sentir satisfeito por ver que to- dos os que ali se encontram reunidos, feste- jam o produto do seu grande esforço, do seu talento, pois que não basta só uma devotada Fé para um tal empreendimento; e que para tícar perpetuada a grande figura, para que seja sempre lembrado o nome de S Exa, ia fazer-se o descerramento da sua fotografia. O seu filhinho Nuno, a pedido do orador, descobre então o garboso quadro, e por toda
N.º 022, Ab 5689 (Ago-Set 1929)
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