4 HA-LAPÍD ============================================ Espanha-Existe em Barcelona uma Co- munidade judaica oficialmente reconhecida depois da guerra. Esta Comunidade conta duas mil almas, sendo constituida por israe- litas emigrados de varios paizes, sendo o maior numero de russos e turcos. Barcelona possue duas sinagogas e uma pequena biblioteca. Ha pouco tempo a Ca- mara Municipal da grande cidade catalã concedeu um terreno para um cemiterio. As creanças judaicas frequentam as escolas francesas, italianas e alemãs, porque nelas não é obrigatorio o ensino religioso. Como a Comunidade não tem mohel (circumcisador), os judeus de Barcelona mandam circumci- dar os seus filhos por grupos de 6 a 8 ao mesmo tempo e convidam para esta ocasião um mohel francês. Alemanhu-Em Berlim, no bairro oeste da cidade, está sendo construida uma enor- me sinagoga. A fachada tem cerca de 45 metros e a profundidade do editicio será sensivelmente a mesma. Terá 2:30O logares sentados. O zímborio desta sinagoga ultra- passa, em altura o da grande catedral de Berlim. Checo-Slovaquia-O sr. Masaryk, presi- dente desta republica, agracíou com a Or- dem de leão branco os nossos correligiona- rios srs. dr, David Yollin e Block maire de Tell-Aviv. Italia-O sr. Mussolini concedeu ás co- munidades israelitas de Italia a quantia de 50.000 liras para obras de assistencia. Quan- do, recentemente, o sr. Mussolini visitou Turim os dirigentes do judaismo local ofe- receram áquele senhor um album contendo os nomes dos judeus italianos caídos no campo da batalha durante a grande guerra. Yugo-Slavla-Numa entrevista concedida ao director da Agencia Telegrafica Judaica, o sr. Marinkovitch, ministro dos negocios estrangeiros deste paiz, declarou que não ha questão judaica na Yugo-Slavia. «O povo yugo-slavio, que sofreu muito no decorrer da sua historia, nunca pensou em oprimir os judeus. Nós apreciamos a fidelidade dos judeus para com a sua religião e nada e' mais afastado do nosso espirito do que des- prezar ou desestimar os judeus por essa lealdade. Nós apreciamos muito o patriotis. mo da população judaica. Os judeus parti~ lharam os nossos sofrimentos durante a guerra; os soldados judeus fizeram o seu dever tão valorosamente como os outros. A comunidade religiosa judaica é autonoma e gosa dos mesmos direitos que as outras co- munidades religiosas. O Rabbi-mór é conví- dado para todas as cerimonias oficiais como os representantes das comunidades catolica e protestante. O Rabbi-mór, Dr. Alcalay go- sa da estima geral; prestou eminentes servi- ços á Yugo-Slavia em varias circunstancias; e é titular das mais elevadas condecorações O governo subsidia as comunidades ju- daicas da mesma forma que ás outras comu- nidades. A população judaica de Yugo-Slavia con- ta 60 000 almes, a maior, parte dos judeus ocupam-se do comercio ou exercem profis- sões liberais; constituem um elemento extre- mamente precioso. A maioria dos judeus são originarios da península iberica e ha em Belgrado numerosas familias judaicas, como os Alcalay, que habitam no paiz desde o se- culo XVI.» o o o Vida Comunal COVILHÃ No dia 17 de Julho passado reuniu a assembleia geral desta Comunidade, tomando as seguintes resoluções: Aprovação dos Es- tatutos e a eleição dos corpos gerentes, que ficaram assim constituídos: Assembleia Geral Presidente-Samuel Swarz. Secretarias-José de Sousa Brandão e Francisco Antonio da Cunha. Mahamad (Direcção) Presidente - Francisco Henriques Gabi- nete. Secretario-Manuel de Sousa Chicha. Tesoureiro-José de Sousa Marão. Nesta assembleia foi aprovado um voto
N.º 022, Ab 5689 (Ago-Set 1929)
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