2 HA-LAPÍD ======================================= academias, a de Susa, de Nehardea, de Pumbadita e de Mahusa, de onde saiu a obra imortal do Talmude, e cujo areópa- go foi reconhecido pelos persas vencedo- res como seu tribunal de Estado. A' desgraça da Inquisição, Israel deve a gloria de ter fundado a primeira colo- nia europeia, pacificamente estabelecida o cultivando a terra na America. Depois a gloria de ter fundado o co- mercio marítimo aos holandezes, inglezes e aos alemães. em consequencia do con- vite de Cromwell e do Senado de Ham- burg. A desgraça dos Progromos (massa- cres) russos elevou Israel á honra de ter despertado e Terra Santa uma vida nova, secando-lhe os pantanos e fertili- sando-lhe os desertos. A historia prova que as vitorias da força bruta são sempre efemeras. Deus faz cair os gigantes pelos anões; os go- liaths couraçados e armados por David o pastorsinho que apenas tinha uma pedra na mão. O mais poderoso reino da anti- guidade, a Babilonia foi derrubado por Ciro, co-regente da pequena Média; o qual fez reconstruir o Templo de Salo- mão, admirando o cnlto dos seus subdi- tos judeus. Deus o recompensou esten- dendo o seu reino sobre 3 continentes. Quando os seus sucessores deram em perseguir os judeus, o enorme imperio persa derrocou, vencido por Alexandre, rei da pequenina Macedonia. Vemos tam- bem neste facto historico a repetição da benção de Abraham: Eu abençoarei quem te abençoar porque tambem Alexandre (chamado em seguida o Grande) foi admi- rador da cultura judaica deixando-se ins- truir pelos sabios judeus, a quem agra- ciou com purpuras e cadeias de ouro. A benção divina não lhe faltou: o seu reino saido pa pequena Macedonia, espalhou-se finalmente por 3 continentes. Mas a roda da historia gira sempre para a mesma repetição: os seus sucessores abusando da sua força material oprimi- ram os judeus, e foi de novo uma peque- nina fracção: os macabeus que deu o si- nal para a derrocada do Imperio mun- dial, deixado em herança aos seus suces- sores por Alexandre o Grande. Com uma consequencia historica e e eterna que deveria fazer reflectir os politicos, foi de novo um paiz anão a pequena Holanda, que fez o começo ao esfacelamento do imperio gigantesco de Espanha, entre os limites do qual o sol não chegava a desaparecer, a qual abusa- va do seu poder para perseguir pelo bra- ço da Inquisição os fieis da Thorah. A verdade; Eu amaldiçoarei quem te amaldi- çoar. ficará eterna. No mesmo ano em que o Tsar da Russia se vangloriava da grandeza do seu imperio igual á superficie da lua, o co- losso russo, manchado pelos progromos, foi vencido pelo pequeno Japão, cuja força militar não conhecida até então. Este breve resumo historico basta pa- ra reconhecer a verdade propagada pelos nossos profetas, estes incomparaveis po- lítícos de Deus, que souberam, por entre imperios derrocando-os e povos morren- do, conduzir o seu pequeno povo para uma duração eterna, conciliando-o har- monissamente com a humanidade inteira, segundo as leis da Sagrada Escritura. Eis porque um governo moderno, cuidadoso da durabilidade do seu Estado, não deve só confiar no desenvolvimento fisico dos seus subditos, porque são as qualidades da alma que é preciso desen- volver, afim de poder enfileirar cultural- mente o seu povo, entre os nutros. O ensino das sciencias não basta para este efeito. O ensino da religião não deve limi- tar-se a formulas de orações e artigos de fé. Deve profundar nas classes infantis a voz da consciencia, nas classes superio- res afirmar cem exemplos historicos o sentimento, que ha Alguem que dirige a sorte humana. Porque, sobre este senti- mento repousa a tranquilidade da vida. Se os jovens se perdem nos conflitos do coração, e se os adultos perdem a sua fortuna, e se os nervos se vão, e se os corações quebrados querem fugir da vi- da,-é então que o veneno embríagante da Religião lhes lembra, que as pessoas pie- dosas atravessam as desgraças-para che- gar a felicidades novas e mais elevadas. O ensino da Religião tem por fim. nas classes infantis, desraizar o cinismo dos adolescentes criminais, dos quais os
N.º 026, Tebet 5690 (Dez 1929)
> P02