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Ha-Lapid הלפיד


N.º 026, Tebet 5690 (Dez 1929)







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 6           HA-LAPÍD
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da Republica, o sr. Masarik declarou
ser hostil a qualquer movimento antí-
judaico na Techeco-Slovaquia.

No novo ministerio deste paiz fazem
parte dois israelitas ministros da Justi-
ça e das Obras Sociais.

             o o o

Terra de Israel

Em Londres, na Camara dos Co-
muns o sr. James de Rothchíld fez uma
interpelação para saber se o governo
inglês fez à população arabe da Pales-
tina ou dos paizes vísinhos qualquer
promessa que invalíde a declaração
Balfour ou as clausulas do mandato.

Drummonde Shiels, sub-secretario
das Colonias respondeu que num Livro
Branco publicado recentemente pelo
ministerio das Colonias declara-se for-
malmente que na política do governo
inglês não ha nada que possa invalidar
a declaração Balfour.

Tendo o sr. coronel Howard Bury
interpelado o sub-secretario este res-
pondeu-lhe dizendo que o governo
sempre considerou a Palestina excluída
dos territorios que durante a guerra fo-
ram prometidos aos varios chefes ara-
bes.

-Vai ser plantada, na Palestina,
uma floresta em honra do celebre pro-
fessor Albert Einstein.

             o o o

O que dizem de nós

Do "Comercio do Porto" (edição
da tarde):

          OS JUDEUS

Tomás Ribeiro, um poeta quási esque-
cido, cantou a desdita da raça errante a que

Balfour pretendeu constituir um lar, na terra
dos seus antepassados.

Aqui, no ocidente, estamos longe do pro-
groms, massacres em massa da gente de Is-
rael, e quási indiferentes ficamos á sorte dos
milhões que uma fé tornou ao mesmo tempo
desgraçados e felizes. O martírio para os
crentes deve ser felicidade.

Agora, com o apêlo de Primo de Rivera
aos judeus, o ocidente parece interessar-se
novamente pelo seu destino, sem que tenha
vindo um caso Dreyfus a apaixonar a opinião.

O seu vigor religioso, a sua tenacidade é
bem comparável ás dos primeiros cristãos de
Roma em luta com o paganismo.

Ainda recentemente, dois judeus polacos
que se vieram refugiar em Portugal, pare-
ciam surpreendidos quando um advogado
lhes garantia que, entre nós, a sua qualidade
de judeus em nada os poderia prejudicar. A
lei era igual para todos-judeus ou não ju-
deus.

Não era de certo lisongeiro para nós, o
que pensavam uns pobres polacos do nosso
país, mas em breve reconheceram que sa-
bemos respeitar todas as creanças, principal-
mente quando se trata de estrangeiros.

A que obedece o convite do Primo de
Rivera? Os jornais, a propósito, citam o mi-
lionário norte americano israelista Rubinstein
que pela sorte dos seus correligionários es-
panhois muito parece interessar-se.

E, na Espanha de hoje, aos projectos es-
boçados, a maioria da imprensa, com o
"A B C" á frente, tem respondico:

-Mas recebe-los hemos de braços abertos.

                              S. F.


           Boa Replica.

O barão de Rotscild, famoso banqueiro
judeu falecido há anos, era pessoa de fino
espirito e grande repentista, encontrando sem-
pre as mais oportunas replicas.

Em certa ocasião, num grémio que êle
frequentava, um viajante, ainda bastante novo.
contava com alguns indícios de bravata, algu-
mas das suas mais aventurosas e arrojadas
viagens; e referindo-se a uma ilha oceanica
onde permanecera algum tempo, exaltou lar-
gamente as sua belezas naturais e a formo-
sura das suas mulheres.

Rotschild perguntou-lhe-E só lá existem


 
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