HA-LAPÍD 3 ====================================== Sionismo Cincoenta anos de Reconstrução Agricultura... Educação... Mas a vida moderna na Palestina mostra outros aspectos ainda. Bancos e sociedades de crédito ajudam a indústria que progride sempre. O sabão do "Shemen" conquista mercados no Oriente. O cimento é abun- dantemente fornecido pela grande fábrica "Nesher" que emprega centenas de operá- rios trabalhando de dia e de noite. Em Tel Aviv e em Caiffa os autobus vindos das colónias fornecem-nos diaria- mente com os artigos de primeira necessi- dade fabricados nos ateliers locais. Grandes empresas preparam a Palestina para um futuro melhor. Rutemberg com uma vontade de ferro afasta o curso do jor- dão e obriga-o a electrificar a Palestina. A luz eléctrica alegra as belas habitações de Jerusalém, de Tel Aviv, da Caiffa, de Tibe- riad. O Mar Morto torna-se um Mar de Vida e fábricas gigantes preparam a sua potassa para fertilísar os campos de mundo inteiro. Os judeus da Palestina fabricam os seus móveis com a madeira cortada nos bosques de eucaliptos. Jovens pioneiros construem estradas. Surgem casas construídas por ju- deus, com material judaico, para judeus. Grandes tipografias editam jornais e livros como convem ao "povo das Escrituaas" A Palestina tornou-se o centro da pro- dução literária hebraica. Os maiores poetas e escritores da literatura hebraica moderna residem em Tel Aviv e em Jerusalém onde uma atmosfera lhe fornece uma fonte cons- tante de inspiração. As obras primas da literatura mundial são traduzidas em he- braico e a arte de imprimir nunca atingiu como agora uma tal perfeição Uma arte hebraica está em elaboração. 0 teatro eleva-se a um grau artistico consi- derável. Habima, troupe nascida na Rússia. eperfeiçoou a sua arte em Tel Aviv. O Ohel, teatro operário, inspira-se nas ideias e nos pensamentos da massa dos pioneiros, e o Matate (A Vassoura), teatro satírico, critica com espíriio a realidade do pais. Seguindo o exemplo dos mais velhos, as crianças a quem a escola deixa a livre a ima- ginação, improvisam pequenas cenas cheias de simplicidade evocanda o passado que para eles agora readquiriu vida. Por vezes as suas representações tratam de assuntos da actualidade compreendidos á sua moda. Presentemente, o judeu palestiniano está seguro do futuro. Nem mesmo de Agosto de 1929, nem a Comissão de Inquérito, nem o Livro Branco de triste memória poderão abalar sua confiança, porque vê com os seus próprios olhos milhares de dunams de arvores verdejantes cobertos de frutos dou- rados. Vê regiões inteiras voltando á vida ani- madas com energia judaica. Ve uma nova geração, robusta e alegre, chorando, discu- tindo e cantando na sua própria lingua, o hebreu. Vê surgir, sem cessar novos bairros e uma novo classe de operários judeus cons- truindo casas e estradas. Vê grandes ex- tensões de terreno perto pertencendo ao povo de Israel, Cincoenta anos depois da chegada á Pa- lestina de um punhado de jovensl-l3 ho- mens e uma rapariga. Trinta anos depois de lançada a ideia da comparada terra de Israel pelo povo judeu, para o povo judeu, uma transformação foi levada a cabo. Trans- formação evidente, grandiosa mas ainda in- suficiente. Esperamos ainda a vinda de mais judeus para a Palestina. jeresalem, Heshvan, 5992. Novembro de 1931 o o o VIDA COMUNAL Porto Mohel-Os Senhores do Mahamad na sua sessão de 27 de Junho nomearam Mohel oficial da Comunidade Israelita do Porto. o israelita Doutor em Medicina Dr. Rudolf Hirsch, antigo 1.o assistente dum Hospital-Maternidade de Hamburgo. Construção da Sinagoga-Na sessão do Nahamad atraz indicada foi nomeada a seguinte comissão da construção da Sina- goga Mekor Heim: Presidente-Barros Basto
N.º 057, Tamuz 5693 (Jun-Jul 1933)
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