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Ha-Lapid הלפיד


N.º 057, Tamuz 5693 (Jun-Jul 1933)







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               HA-LAPID                7
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membro do partido nacional-socialista de
Budapest que dirigiu à algum tempo uma
dolorosa campanha anti-judaica, foi conde-
nado a um mês de prisão pelo tribunal
desta cidade.

Tel-Aviv-A municipalidade de Tel-Aviv
votou um crédito de 5 O00 libras destinadas
á construção de habitaçoes para bom ca-
minho de Judeus alemães que vêm estabe-
lecer-se na Palestina.

New-York-M.me Feliz M. Warburg deu
1 000 O00 dolars á Universidade hebraica de
Jerusalém, em memória de seu pai Jacob
H. Schiff, que foi um grande filantropo e de
sua mãe, Thérése Schiff, falecida em Feve-
reiro ultimo.

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Interessante exposição
em Londres

Nas dependências da Sinagoga Shahar
Ha-Shamaim da Spanish & Portuguese
Congregation, realizou-se em Abril próxi-
mo passado uma interessante exposição de
recordações e objectos de interesse con-
gregacional judaico. Através o seu catá-
logo nós vimos passar deante dos olhos a
magnífica vida intelectual e sentimental
de velha comunidade judaica portuguesa
na capital inglesa.

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Historia Sagrada Infantil

                  por David Moreno

    (Continuação ao n.° 34)

          CAPITULO XI

Joseph vendido por seus irmãos

Isav foi habitar para o pais de Edon,
sendo ai pai dos Idomeus.

Jacob habitou no pais do Canaan, onde
cultivava as suas terras e epascentava os
seus rebanhos.

Sua mulher Rachel, teve apenas dois

 

filhos: Joseph e Benjamim. Eram estes os
preferidos de Jacob, mas em especial o pri-
meiro.

Um dia disse Joseph a seus irmãos:
"Escutai o meu sonho: parecia-me que es-
tava convosco num campo a atar feixes e
eis que o meu se elevava a cima dos
vossos, que diante dele se curvavam e o
adoravam".

"Uma outra vez parecia-me ver o Sol, a
lua e onze estrelas que se curvavam perante
mim".

Os seus irmãos, não compreendendo
que os seus sonhos vinham de Deus, irrita-
ram-se e disseram-lhe: "Serás tu por ven-
tura nosso rei e nós seremos o teu povo ?"

Desde então começaram a ódiar o pe-
queno Joseph, que não ouviu mais da sua
parte uma palavra carinhosa.

Um dia em que ele foi, da parte do pai,
visitar os irmãos e seus gados, mal eles o
viram exclamaram: "Eis o nosso sonhador;
matemo-lo e diremos que uma fera o devo-
rou". Sómente Ruben protestou dizendo:
"Não derramareis o seu sangue; lançai-o
antes nesta cisterna". O seu fim era apenas
salva-lo dos seus irmão.

Naquele momento passava uma cara-
vana de mercadores Ismaelitas, que se diri-
giam para o Egipto.

Juda, um dos irmãos, disse: "Vendámos
Joseph, para não derramar o seu sangue,
visto que é nosso irmão".

Concordaram todos e tirando-o da cis-
terna o tracaram por vinte dinheiros.

Depois, tomando a sua tunica, molha-
ram-na no sangue dum cordeiro e apresen-
tando-a ao pai, disseram-lhe: - "Encon-
tramos esta tunica; ve se é a do teu filho".

Jacob reconheceu-a, e, crente de que
alguma fera tinha devorado Joseph, rasgou
os seus vestidos e chorou, sem admitir con-
solação. "Chorarei, dizia ele, até que me
vá reunir aquele que perdi".

             CAPITULO XII

           Joseph na prisão

Entretanto os mercadores Ismaelitas le-
varam Joseph para o Egipto e aí o vende-
ram a um general das tropas egípcias do
rei de nome Putiphar. Porém Deus não
abandonou o jovem filho de Jacob e dentro
em pouco era ele que dirigia a casa do
general.


 
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