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Ha-Lapid הלפיד


N.º 060, Kislev 5694 (Dez 1933)







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                HA-LAPID              5
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           Terra de Israel

-O Conselho dos Directores do Fun-
do Nacional Judaico resolveu introduzir
nos contratos com os colonos uma clausu-
la tornando obrigatorio nas terras adqui-
ridas pelo referido fundo, a observancia
do Sábado.

-No mês de julho e agosto do corren-
te ano emigraram para a Palestina 5145
judeus.

--No mes de setembro entraram na
Palestina 4000 judeus para ali se estabele-
cerem.

                o o o

Os dez mandamentos to Jornalismo

Um periodico americano enviou aos
seus colaboradores e correspondentes uma
série de recomendações, na qual lhes lem-
bra os deveres profissionais e morais do jor-
nalista.

É um autentico catecismo profissional
que encerra um interessante "Vade Mecum"
por muitas razões recomendavel a quem,
não sendo jornalista, vê na imprensa apenas
um armazem de prosa ou um "écran" de
vaidades pessoais.

Transcrevemos a circular que é, repeti-
mos, bastante interessante:

1.° -Sempre que tenha qualquer assunto
a enviar para o jornal deve escrevel-o e
envíal-o com urgencia.

2.° -Seja breve. para poupar o tempo do
leitor e muitas vezes o seu.

3.° -Escrever claramente e tenha cuida-
do, sobretudo, com os nomes proprios e os
numeros.

4.° -Escreva frases curtas, para deliciar
o leitor. Mais pontos que vírgulas mas não
se esqueça nem de uns nem de outros.

5.° -Não emende palavras nem nomes.
É preferível rasural-os escrevendo por cima
a palavra que oferece duvidas.

6.° -Escreva sómente de um lado do
linguado, porque muitas linhas escritas no
recto no verso da folha só podem ser con-
fiadas a um só típógrafo.

7.° -O original que exige mais de uma


 
hora de trabalho de composição corre o
risco de só ser publicado mais tarde.

8.° -Ao que deixamos para ámanhã pó-
de suceder nunca mais ser impresso. A cada
dia corresponde um assunto.

9.° -Sempre que escreva assine e nao se
esqueça do endereço. Nada receíe, porque
um jornal é um confessor. Seria faltar ao
dever profissional se ao confiardes n'ele o
vosso nome fôsse citado sem o haverdes
consentido, Todavia nenhum jornal póde
perfilhar uma afirmação cujo autor se
oculta.

10.° -Sobretudo tenha o culto da verdade.
Seja impessoal. Não ceda ás suas afecções
nem ao vosso odio. Diga o que faz como
se tratasse de outra pessoa, sem falsa mo-
destia, mas tambem sem vaidade. Em nada
deve ser modificada a verdade.

               o o o

A Vida e a Obra de Don
Isac Abarbanel, estadista,
pensador, exegeta

"Dom Isac Abarbanel viu a luz em Lis-
boa no ano de 1437 da Era vulgar".

"Narra o proprio Don Isac na introdu-
ção ao seu comentario do livro de Josué,
que a sua familia descendia do Rei David
e tinha emigrado para a Hispanha depois
da destruição do 2.° templo, directamente
da Palestina".

"Dos ascendentes seus recordaremos o
bisavô Judah, vivendo no inicio de 1300
em Sevilha, onde era rendeiro de impostos;
o avô Samuel estabeleceu-se primeiramente
em Castela, onde foi obrigado ao batismo
durante a perseguição sofrida no decurso
do século XIV, e depois no visinho Portu-
gal, onde pôde regressar abertamente à fé
de seus antepassados. E recordaremos fi-
nalmente seu pai Judah, um dos comercian-
tes mais ricos e mais influentes de Lisboa
na primeira metade do século XV, o qual,
dada a reputação de habil financeiro de
que gosava, foi chamado à côrte na quali-
dade de administrador dos bens do In-
fante. D. Afonso".

"Don Isac passou a sua primeira juven-
tude em Lisboa. onde teve uma educação
esmeradissima. Não sómente cultívou o


 
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