HA-LAPÍD 3 =========================================== este monarca de egloga que fazia justiça sob um carvalho, experimentava um tal horror pelos judeus que não podia sequer vê-los. Filipe. o belo, despoja-os e depois exila-os. Carlos IV expulsa-os definitivamente. * * * Percorro um autor amado. Deixo-me arrebatar pela sua arte, pela sua sensibili- dade, pela sua poesia quando, bruscamente. esta pequena frase:... um aldeão exxertado de judeu ou esta... todos os usurarios judeus mortos em massacres... ou ainda... por pouco chorar-se-ia com eles, se não fossem judeus, e se não se sentisse o coração estra- nhamente gelado por todas as suas alyectas figuras... E' aqui o terno Loti que fala. Isto faz mal, estes duches brutais sobre o coração. * * * Não, meus amigos, meus caros amigos não judeus, eu não trago um coração aze- dado, mas ferido, e se os melhores dentre vós me querem curar, quem tratará dos meus irmãos? * * * A minha filhita diz-me: - Eu invejo os camponeses de França, que nascem e morrem na mesma casa. Isto acontece raramente aos judeus, não é ver- dade?-- Sem duvida, ha muito tempo que os judeus ja' não conhecem esta felicidade. Os meus amigos falam-me tambem às vezes da potencia judaica. São os humoris- tas, evidentemente. Eles acrescentam fina- mente: - Vós tendes todos, vós outros judeus, a mania da perseguição. * * * Ha uma grandêsa feroz em se sentir uni- versalmente e injustamente odiado ou des- prezado. Os vencidas, os proscritos, todas as vitimas dum mundo ingrato e mau são marcados por esta dilacerante nobresa, por esta horrivel e altiva amargura. * * * A Tragedís de ser judeu? Vá, não é tão terrivel como isso, diz-me, sorrindo ironicamente, um dos meus bons amigos (não-judeus). Suzana Bukomouski de "l'Univers Israelite" o o o Confederação Universal dos judeus sephardim O Conselho dos Anciãos da Comuni- dade Sefardite de Londres na sua sessão de 4 de Fevereiro de 1934 tomou a se- guinte deliberação. "O Presidente Parnas (M. Jogn Sebag -Montefiore) apresentou uma moção para que o Conselho dos Anciãos ex- presso o seu desejo de dar a confedera- ção um apoio geral; de nomear os Snrs. D. Beriro e D. V. N. da Costa na quali- dade de delegados a toda a conferencia que a confederação puder convocar no decorrer deste ano, e de receber destes delegados um relatório sobre as delibera- ções nas quais tiverem participado. A moção pede tambem que a fim de desen- volver a solidariedade e a cooperação desta congregação com as congregações sepharditas irmãs doutros paizes, uma subvenção de 5.000 francos franceses soja concedida pela congregação para contribuir para o funcionamento da Bu- reau Central, de la confederation a Paris. o o o O Lar Nacional judaico Em 2 de Novembro de 1917 o Gover- no Britanico pelo Lord Balfour experi- miu a sua simpatia pelas aspirações na- cionalistas judaicas e prometeu auxiliar tanto quanto possivel a creação na Pales- tina dum Lar Nacional para o povo judeu. Em 1922. a Sociedade das Nações definitivamente ratificou a atribuição à Grã-Bretanha do Mandato para a adminis- tração da Palestina; a introdução do
N.º 063, Nisan 5694 (Mar 1934)
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