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Ha-Lapid הלפיד


N.º 065, Sivan 5694 (Mai 1934)







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6            HA-LAPID
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frequencia de cada série, o conselho do
curso reunirá para a apreciação do aprovei-
tamento dos alunos, depois do que serão
publicadas as notas de mérito dos mesmos
exames.

Perde o ano o aluno que na média de
três exames de frequencia e demais provas
em cada disciplina não obtiver a cota de
mérito de 10 valores

O exame final de cada disciplina versará
sobre as materias professadas durante o
ano e exaradas nos programas.

Os exames finais serão feitos perante o
juri, composto pelo professor da disciplina
e mais dois nomeados pelo conselho escolar.

              Liturgia

No ensino e nas praticas liturgicas, é
observado neste instituto, o ritual usado
pela congregação israelita portuguesa de
Londres, formada por maranos portugueses,
no tempo de Lord Crommwell, sob a direc-
ção do sapiente Rabbi de boa memoria
Rev.° Menasseh Ben-Israel (Manuel Dias
Soeiro).

      A Lingua Sagrada no curso
            preparatorio

E' observado o seguinte programa no
ensino da lingua hebraica no curso prepa-
ratorio deste Instituto.

             1.a Classe

Leitura e escrita da lingua hebraica em
caracteres quadrados e rabínicos.

Noções gerais da gramatica hebraica
(constituição das silabas e das palavras,
estudo do substantivo, do artigo e da pre-
posição, do adjectivo, dos pronomes; conju-
gação dos verbos regulares na forma Kal.
Aquisição de vocabulário; tradução de tre-
chos simples da Biblia.

             2.a Classe

Repetição da materia da classe anterior.
Declinação de todos os nomes, incluindo o
nome construido; conjugação dos verbos
regulares em todas as conjuções; uso dos
numerais, adverbios, conjuções e interjei-
ções.

Aquisição de Vocabulario. Traduções e
composições simples. Elementos de sintaxe.

  

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            Piquenique

Ao despertar daquele dia, 10 de junho,
o céu estava mais nublado do que nos
dias antecipados.

Branda aragem soprava do vasto e
calmo mar e vinha deliciar os nossos pul-
mões.

Os alunos do Instituto Teológico Israe-
lita, encaminhavam-se para a Praça da
Liberdade ponto de reunião para um pi-
quenique, a realizar nesse dia. De cada
rua surgiam familias.

Bateram dez horas no relógio de uma
tôrre paóxima, e nós tornamos o eléctrico
para Gondomar.

Partimos.

O nosso número era aumentado por
familias, que entravam em cada paragem.
Não havia nem assentos. nem lugar para
ir em pé.

Conversava-se alegremente.

Sua Ex.a, o Snr. capitão Barros Basto,
começa a entoar as primeiras palavras do
hino de redenção. Seguem-no os seus
discípulos, e logo, todos os outros compa-
nheiros.

O eléctrico atravessa várias ruas e
acaba por deixar o Porto.

As casas, que agora vemos, muito bai-
xas, de aspecto humilde, e com um só
andar, lembram outras das aldeias; de
Traz-os-Montes e Beiras, em que habitam
irmãoe nossos, maranos.

Os campos, sensivelmente planos, es-
tão cobertos de cereais que o sol começa
a doirar, de milho e de videiras, que se
elevam em altas latadas. das quais pen-
dem cachos, hoje verdes, mas maduros
ãmanhã. Aqui um lavrador cava. Acolà,
um outro, precede uma junta de bois, que
com passo lento, produzindo um ruido re-
gular e, por isso, monótono, vão extraindo
água da nóra. Alguns passos mais adiante,
uma mulher, erguendo e baixando um
sacho, brilhante pelo uso, vai abrindo e
fechando os sulcos, pelos quais a água
corre, saudando e alegrando as plantasi-
nhas, de folhas emurchecidas pelo intenso
calor do dia anterior.

Ao longe, ao lado de Gondomar, pleno


 
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