8 HA-LAPID ========================================= História Sagrada Infantil por DAVID MORENO CAPITULO XXVII O TABERNÁCULO DURANTE os quarenta dias que Moisés permaneceu no Monte Sinai recebeu além dos Dez Mandamentos várias leis orais para o povo. Descendo depois, fez tudo que o Senhor lhe ordenara, a começar pela construçao do Tabernáculo; era este um templo portátil, ao mesmo tempo simbolo da unidade nacional. O seu comprimento era de 30 covados e a sua altura 10; tinha pilares de pau setim podendo desarmar-se, tudo guarnecido de ouro e coberto de pe- dras preciosas. A tenda era dividida, por uma cortina, em duas partes: Santo dos Santos, a menor e Santuário, a maior. Era neste último que estava colocada a Arca de Aliança, espécie de cofre moldado a ouro e ou com dois querubins na tampa; continha as tábuas da aliança. Eram sete os princi- pais objectos sagrados. 1.° o tabernáculo; 2.° a Arca da Aliança; 3.° o candelabro das sete velas; 4.° a mesa dos pais da proposi- ção (feitos de farinha flôr e sem fermento); 5.° o altar dos perfumes; 6.° o altar dos ho- locaustos; 7.° a bacia de bronze (onde o sacerdote lavava as mãos depois dos sacri- fícios). Terminado tudo isto foi aprovado por Moisés e, no primeiro dia do segundo ano, depois da saída do Egipto, o tabernáculo foi levantado. Os sacrifícios celebravam-se numa mesa colocada num vasto adro que rodeava o tabernáculo. Consistiam uns na imolação de novi- lhos, cabras ou pombas - Cruentos - e outros na oferta de perfumes, pastas e paes asmos - Incruentos. CAPITULO XXVIII AS FESTAS As principais festas que os Israelitas ce- lebravam eram. 1.a a Páscoa, na qual comiam um carneiro assado, e paes asmos durante sete dias. Comemorava a saída do Egipto, "li- bertação da casa da escravidão" graças a Moisés; 2.a Pentecostes. Comemorava a au- torga da lei no Monte Sinai e era celebrada sete semanas depois da Páscoa. Visto que era esta a época das colheitas ofereciam a Deus as primaciais dos frutos. 3.a Taber- náculos. Nestas festas os israelitas residiam em tendas, cobertas de ramos de árvores à imitação das que haviam feito no deserto por ordem de Deus, 4.a Expiação (Dia de Grande Perdão -Iom Kipur). Neste dia o sumo-sacerdote imolava nm novilho pelos seus pecados e um outro pelos do povo. Depois entrava no Santo dos Santos, (só naquele dia do ano é que podia fazê-lo) e, de turibulo na mão, incensava a arca e com o sangue da vitima aspergia o pavimento. E' notavel como os Israelistas de hoje continuam ainda cumprindo rigorosamente estas ritos depois de tantos seculos passa- rem sôbre êles. Os ministros do culto eram: 1.° O Sumo Sacerdose, cargo para que Moisés escolheu a Arão seu irmão; 2.° Os Sacerdotes, filhos de Arão encarregados de oferecer os sacrifícios ordinários; 3.° os Levistas ou seja toda a tribu de Levi. Eram os encarregados de todos os demais servi- ços de templo. (Continúa) o o o O Cemíterío dos "Portu gueses em Bordeus Em Bordeus, situado na direcção de Mare, encontra-se o velho semitério dos Portugueses. Este campo do repouso, que exit-te há mais de três séculos, está tão retirado que é dificilímo descobri-lo. Eucaixada numa espécie de beco sem saída, a sua porta de entrada em forma de ares de abobada está oculta por espes- so arvoredo. Apesar de muitas dificuldades o digno secretário do Consistoire, Edmond Lau- rent acompanhado pelo Dr. Sandler e Albert d'Henry Errara, conseguiram pene- trar nêle tirando algumas fotografias que foram publicadas junto dum artigo deste (Continua no proxima numero)
N.º 068, Kislev 5695 (Nov 1934)
> P08