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N.º 068, Kislev 5695 (Nov 1934)







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       História Sagrada Infantil

            por DAVID MORENO

             CAPITULO XXVII

              O TABERNÁCULO

DURANTE os quarenta dias que Moisés
permaneceu no Monte Sinai recebeu
além dos Dez Mandamentos várias leis orais
para o povo. Descendo depois, fez tudo
que o Senhor lhe ordenara, a começar pela
construçao do Tabernáculo; era este um
templo portátil, ao mesmo tempo simbolo
da unidade nacional. O seu comprimento
era de 30 covados e a sua altura 10; tinha
pilares de pau setim podendo desarmar-se,
tudo guarnecido de ouro e coberto de pe-
dras preciosas. A tenda era dividida, por
uma cortina, em duas partes: Santo dos
Santos, a menor e Santuário, a maior. Era
neste último que estava colocada a Arca de
Aliança, espécie de cofre moldado a ouro e
ou com dois querubins na tampa; continha
as tábuas da aliança. Eram sete os princi-
pais objectos sagrados. 1.° o tabernáculo;
2.° a Arca da Aliança; 3.° o candelabro das
sete velas; 4.° a mesa dos pais da proposi-
ção (feitos de farinha flôr e sem fermento);
5.° o altar dos perfumes; 6.° o altar dos ho-
locaustos; 7.° a bacia de bronze (onde o
sacerdote lavava as mãos depois dos sacri-
fícios).

Terminado tudo isto foi aprovado por
Moisés e, no primeiro dia do segundo ano,
depois da saída do Egipto, o tabernáculo
foi levantado. Os sacrifícios celebravam-se
numa mesa colocada num vasto adro que
rodeava o tabernáculo.

Consistiam uns na imolação de novi-
lhos, cabras ou pombas - Cruentos - e
outros na oferta de perfumes, pastas e paes
asmos - Incruentos.

             CAPITULO XXVIII

                AS FESTAS

As principais festas que os Israelitas ce-
lebravam eram. 1.a a Páscoa, na qual comiam
um carneiro assado, e paes asmos durante sete
dias. Comemorava a saída do Egipto, "li-

 

bertação da casa da escravidão" graças a
Moisés; 2.a Pentecostes. Comemorava a au-
torga da lei no Monte Sinai e era celebrada
sete semanas depois da Páscoa. Visto que
era esta a época das colheitas ofereciam a
Deus as primaciais dos frutos. 3.a Taber-
náculos. Nestas festas os israelitas residiam
em tendas, cobertas de ramos de árvores à
imitação das que haviam feito no deserto
por ordem de Deus, 4.a Expiação (Dia de
Grande Perdão -Iom Kipur). Neste dia o
sumo-sacerdote imolava nm novilho pelos
seus pecados e um outro pelos do povo.
Depois entrava no Santo dos Santos, (só
naquele dia do ano é que podia fazê-lo) e,
de turibulo na mão, incensava a arca e com
o sangue da vitima aspergia o pavimento.

E' notavel como os Israelistas de hoje
continuam ainda cumprindo rigorosamente
estas ritos depois de tantos seculos passa-
rem sôbre êles.

Os ministros do culto eram:

1.° O Sumo Sacerdose, cargo para que
Moisés escolheu a Arão seu irmão; 2.° Os
Sacerdotes, filhos de Arão encarregados de
oferecer os sacrifícios ordinários; 3.° os
Levistas ou seja toda a tribu de Levi. Eram
os encarregados de todos os demais servi-
ços de templo.
                              (Continúa)

                 o o o

O Cemíterío dos "Portu
gueses em Bordeus

Em Bordeus, situado na direcção de
Mare, encontra-se o velho semitério dos
Portugueses. Este campo do repouso,
que exit-te há mais de três séculos, está
tão retirado que é dificilímo descobri-lo.

Eucaixada numa espécie de beco sem
saída, a sua porta de entrada em forma
de ares de abobada está oculta por espes-
so arvoredo.

Apesar de muitas dificuldades o digno
secretário do Consistoire, Edmond Lau-
rent acompanhado pelo Dr. Sandler e
Albert d'Henry Errara, conseguiram pene-
trar nêle tirando algumas fotografias que
foram publicadas junto dum artigo deste

          (Continua no proxima numero)


 
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