N.° 73 PORTO -luas de Novembro de 5696 (1935 e. v.) ANO X ============================================================================================================= Tudo se ilumina _______ ___ _______ |=|____ _______ ...alumia-vos e para aquele que |____ ||_ || ___ ||____ ||_____ | aponta-vos o ca- busca a luz. | | |_| \_\ | | / / _ | | minho. | | _____| | / / | | | | BEN-ROSH |_| |_______| /_/ |_| |_| BEN-ROSH (HA-LAPID) O FACHO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- DIRECTOR E EDITOR: -A. C. os BARROS BASTO (BEN-ROSH) || COMPOSTO E IMPRESSO NA Empresa DIARIO DO PORTO,L.da REDACÇÃO-Rua Guerra Junqueiro, 340-Porto || Rua de S. Bento da Victoria, 10 (Toda a correspondencia deve ser dirigida ao director) || ---------------- P O R T O ---------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Tempo perdido nunca mais se recupera "O' nosso Deus, ensina-nos a contar os nossos dias, e então estaremos de posse da verdadeira sabedoria." Estas palavras do Psalmista não podem deixar de ser comentadas pelo nosso jornal, ) sto que, entre outras funçoes, possue tam- bem a de instruir e dirigir pelos caminhos da bondade, da sabedoria e do progresso os jovens israelitas, sobretudo os descen- dentes dos mártires da Inquisição, por nós tão venerados. Evidentemente que elas se referem ao emprêgo do tempo, fornecendo assim um têma que permitiria escrever não um simples artigo como êste, mas sim um livro. Porém nós não deixaremos de nos lem- brar que as colunas deste jornal são peque- nas e os assuntos a tratar nelas são muitos. Diremos apenas algumas palavras, diri- gidas sobretudo a vós, jovens israelitas que procurais elevar-vos na sociedade de que fazeis parte. A verdadeira sabedoria. nã mas também na vida prática, cons????? nos compenetrarmos de que o tempo passa depressa, vôa mesmo, e é preciso aprovei- tá-lo o melhor possivel. Se seguirdes éste conselho, poderemos prometer-vos, a vós estudantes, progressos rápidos e constantes nos vossos estudos, e a vós outros que es- tais já na vida prática, bons sucessos em tudo o que empreenderdes. Tendes conhecimento de muitas pessoas que têm fraquejado, tornando-se inuteis para elas e para a sociedade: êstes casos são na maior parte das vezes motivados pela pre- guiça e desperdício do precioso tempo. Porém, graças a Deus, o caso contrário não é mais raro. Quantos homens, partindo duma origem humilde e obscura, se elevaram às camadas superiores pelo trabalho, pelo comércio. pela industria e... e pela ciência? Podemos, pois, afirmar convictamente que êstes homens souberam o preço do tempo e se habituaram desde a infância a aproveitâ~lo o melhor possivel. Há um homem que não pode deixar de ser citado como exemplo, um homem que, melhor do que nenhum outro, confirmou as palavras do Psalmista. Durante o espaço de 24 horas por muitos desperdiçadas, êle encontrava meio de se ocupar ao mesmo tempo dos interesses dos pobres, escutar as palavras daquêles que se lhe dírígiam sempre com confiança na sua bondade, prestar aqui um socorro, além um conselho, de levar palavras consoladoras ans doentes, de ir as suas escolas encorajar mestres e alunos, fazer aproveitar a mocidade
N.º 073, Kislev 5696 (Nov 1935)
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