4 HA-LAPID ============================================ (Continuada da página número 2). VOGAIS! -Dr. Barnett; A. Benroy; Jos. E. El- maleh; Neville Laski, Presidente do Jewish Board of Defanties; Navarro (Londres). -Moisés Florentino e Afonso Nahum (Manchester). -Menahem Coriat e Gruenbaum (Bar- celona). -Vaz Dias e H. Pimentel (Amsterdam). -J. R. Lobato (Haia). -Isac Molho (Jerusalém ; Dr. Bandelac de Pariente (Paris); Dr. Braco Poliocan (Sarajevo); J. Toledano (Oran); Henrique de Toledo (Genebra). COMISSÃO EXECUTIVA -Dr. N. J. Ovadiah, Presidente: A. H. Navon e Paúl Goodman, Vice-Presidentes; O. Camby, Secretário Geral; Roberto Mi- trani, Tesoureiro. -Vogais: David Beriro (Londres); D. J. Cardoso (Amsterdam); Wiliam Valid, Pro- fessor na Faculdade de Direito de Paris; Marcel Mirtil, Advogado no foro de Paris; Saúl Amar, Vítor Ades, Roberto Bahsi, Zária Levy, Salomão Shahmoon. COMISSÃO RABÍNICA -Jacob Meir, Rabi-mor da Palestina, Presidente Honorário. -Bensian Uziel, Rabi-mor de Tel-Aviv, Vice-Presidente Honorário. Joseph Levy, Presidente do Tribunal Ra- bínico de Jerusalém, Presidente. -David Askenasi, Rabi-mor de Oran; David Jessurun Cardoso, Rabi de Nova Iorca; Elian Frances e Dr. Israel Ricardo, Rabis de Amsterdam; Semtob Gaguin, Presidente do Tribunal Rabínico de Ramsgate (Lon- dres); Dr. N. J. Ovadiah, Rabi-mor da Cultual Sephardita de Paris. COMISSÃO FINANCEIRA -Davíd Beriro, Presidente; D. N. V. da Costa; Charles Sebag Montefiore (Londres); Barrow Sicree (Manchester); André Amar; Salvator Roditti (Paris); D. I. Cardoso e Vaz Nunes (Amsterdam). COMISSÃO DE EMIGRAÇÃO Paúl Goodman, Presidente; Dr. Beli- fante, A. H. Navou, André Amar, H. Pi- mentel. -------------------------------------------- rogatório declarou que por mais querida que a vida lhe fosse pô-la-ia sempre com prazer ao serviço da Lei de Moisés. Recorreu-se à tortura, mas as ideas ficaram as mesmas. O Arcebispo de Placencia, não desesperando de o converter a bem ou a mal, ie-lo trans- portar a Santiago. Reconheceu, porém, a inutilidade de todos os esforços, pelo que, em Março de 1655, com 22 anos de idade e após cinco de tortura, Isaac de Almeida Bernal foi condenado às chamas. Quando caminhava para a fogueira pre- guntaram-lhe os inquisidores se estava arre- ndido do seu obstinado procedimento. Ele fez um sinal com a cabeça. Julgando que este movimento traduzia a afirmativa, tiraram-lhe a mordaça-que lhe haviam posto "receando que a sua sinceridade im- pressionasse ou corrompesse os espectado- res". Mas logo que Isaac de Almeida Ber- nal pode usar a palavra, declarou com todas as suas forças que jamais abandonaria o seu Deus e que os que o rodeavam não passa- vam de ídólatras. Em seguida continuou com aspecto de satisfação para o Quemadero. As hostilidades à sua volta aumentaram, che- gando a ser ferido a golpes de navalha. Tinham acabado de o amarrar à fogueira quando a chuva começou a cair. Os exe- cutores quiseram adiar o auto, mas Isaac opôs-se insistindo que terminasse o seu mar- tírio. Rodearam-no então de fuligem e pés para facilitar a sua combustão e chegaram- -lhe o fogo. Emquanto as chamas subiam no ar ouvia- -se uma voz alegre que entoava Salmos. Foi assim que aos 22 anos terminou a existencia de Isaac de Almeida Bernal. Em sua memória compuseram os escri- tores da Comunidade de Amsterdam elegias que foram publicadas num volume com o título Récit du bienheureux martyre de 1'in- vincible Isaac de Almeida Bernal qui mourut brulé vif en sanctifant le nom du Seigneur. Caros correligionários maranos: Aqui ficam mais duas das nossas figuras. Fixemos os seus nomes e honremos também a sua memória.
N.º 086, Tamuz-Ab 5698 (Jun-Jul 1938)
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