6 HA-LAPID ========================================== Talmudistas Tanaím, plural de Tanah (do aramaico teni, ensinar), nome dado aos doutores da Thorah (Lei) entre o ano 10 e 220 da Era vulgar. Como mais tarde os Amoraim, muitos dêles exerciam profissões manuais. - Distin- guem-se seis gerações de Tanaim: 1.a de 10 a 80; 2.a de 80 a 120; 3.a de 120 a 140; 4.a de 140 a 165; 5.a de 165 a 200; 6.a de 200 a 220. Os comentários, interpretações e decisões dos Tanaim foram consignadas por escrito na Míshnah de Judah-o Santo, acabada cêrca do ano 220. Os sucessores dos Tanaim foram os Amoraim. Amoraim, plural de Amorah (de Amar, dizer), nome dado aos comentadores da Mishnah, sucessores dos Tanaim e predeces- sores dos Saboraim. Eles exerciam muitas vezes profissões manuais. Contam-se na Palestina três gerações de AmoraÍm desde o ano 219 a 500 da Era vul ar; os seus comentários foram reünidos no a mad de jerusalém, terminado no sé- culo IV e no Talmud da Babilônia, termi- nado no ano 500. Saboraim, plural de Saborah (pensado- res), nome dado aos Doutores da Lei (Tho- rah), que sucederam aos Amoraim e que precederam os Gaons, desde o ano 500 a 589 da Era vulgar. Êles nada acrescentaram ao Talmud, cuja redacção tinha sido terminada no ano 500; a sua obra consistiu sobretudo em completar o seu arranjo por tratados e capitulos. Gaons (Gheonim, plural de Gaon), titulo dado aos chefes das Academias teológicas (Yeshiboth) de Surah e Pumbadita, em Ba- bilónia. Eles eram ao mesmo tempo juizes supre- mos independentes dos príncipes do Des- têrro, aos quais êles se contentavam de ir prestar homenagem uma vez por ano. Os Gaons tinham por missão interpretar o Tal- mud e tomar decisões jurídicas e religiosas de acordo com os seus ensinamentos. O Gaonato começa com Hanan de His- kiah, em 589, em Pumbaditah, e, em 658, com Mar Ben Mar Hunah, em Surah. O último Caon de Surah foi Samuel Ben-Hophni, que morreu em 1034; o penúl- timo Gaon de Pumbaditah foi Hai, que morreu em 1038; depois Hesekiah foi em 1040, ao mesmo tempo o último Gaon e o último Príncipe do Destêrro. --------------------------------------- A missão de Israel e o Messianismo Sejas antes o amaldiçoado, que aquele que dá a maldição. -E melhor estar entre os perseguidos do que entre os perseguidores. - Deus não dispersou os israelitas, senão para espalhar a sua crença no meio das nações. -Como o mundo não pode passar sem o ar, da mesma maneira não poderá existir sem Israel. -O Messias não virá sem que a série das almas destinadas a vir ao mundo esteja esgotada. -Os profetas, previram as maravilhas do futuro, não viram a época messiânica; porque, para tudo que diz respeito ao futuro do mundo, é um mistério em que nenhum ser humano pode penetrar. -O que distinguirá a época messiânica dos tempos actuais, é a libertação das nações. (Do TALMUD). * Obra do Resgate Promovida pelo instituto Teológico israe- lita (Yeshíbah Rosh-Pinah ), no dia 13 de Setembro foi feita a Berith milah (circunci- são) do jovem maramo João Carlos Cer- queira Lopes da Silva Martins, primo do antigo Talmid da Yeshibah Johanan Vaz Quina, falecido na Cuerra Civil de Espanha, fazendo parte do Tércio Estranjero. No dia 19 do mesmo mês, depois de curado, foi feita a solene entrada na Aliança de Abraham desta alma resgatada, sendo oficiante o Reitor do Instituto Prof. Barros Basto e testemunhas o Moreh Joseph Ga- briel e o antigo talmid Aarão Horta. BESIMAN TOB.
N.º 107, Tishri-Heshvan 5702 (Set-Out 1941)
> P06