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N.º 113, Tishri-Heshvan 5703 (Set-Out 1942)







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N.° 113                        PORTO - Luas de Setembro e Outubro - 5703 (1942 e. v.)                ANO XVII
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Tudo se ilumina                     _______  ___  _______ |=|____  _______                      ...alumia-vos
para aquele que                    |____   ||_  ||  ___  ||____  ||_____  |                   e aponta-vos  o 
busca a luz.                            | |   |_| \_\  | |    / /   _   | |                   caminho.
                                        | |       _____| |   / /   | |  | |
       BEN-ROSH                         |_|      |_______|  /_/    |_|  |_|                          BEN-ROSH

                                                  (HA-LAPID)
                                                   O  FACHO

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DIRECT. E EDITOR: -A. C. DE BARROS BASTO (BEN-ROSH)   ||   COMPOSTO E IMPRESSO NA IMPRENSA MODERNA, L.DA
      Redacção na Sinagoga Kadoorie Mekor Haim        ||                 Rua da Fábrica, 80
           Rua Guerra Junqueiro, 340 - Porto          || ------------------- P O R T O -------------------
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        CRISTÓVÃO COLOMBO

        Era êle um judeu?

        POR PAUL GOODMAN

Há 450 anos a 12 de Outubro de 1492, o
maior de todos os navegadores, conhecido
em Portugal por Cristóvão Colombo (e em
Espanha como Cristobal Colon) avistou no
hemisfério Ocidental da coberta do seu navio-
-almirante uma pequena ilha, chamada por
ele S. Salvador, a qual provou ser o desco-
brimento das Américas, As lutas deste ma-
rinheiro aventureiro são conhecidas por a
realização dos seus grandes sonhos, mas a
sua linhagem ocultou-se na obscuridade.
Êle nasceu em Génova, mas a sua família
não era certamente de origem italiano.

Rabi Dr. M. Kayserling no seu livro
Christopher Columbus and the participation
of the Jews in the Spanish and Portuguese
discoveries, apresenta um interessante caso
de investigação de que Cristóvão Colombo
era de origem judaica. Mas enquanto isto
até agora tinha encontrado pouco apoio,
recentemente tem sido continuado com saber
e penetração crítica por um eminentíssimo
literato e estadista espanhol, Senhor D. Sal-
vador de Madariaga. Com uma grande abun-
dância de detalhes históricos, ele tinha pro-
vado no seu livro intitulado Christopher
Columbus, que Colombo ou Colon era um
converso, isto é, um Marano e que muito do
que era extraordinário na sua profissão pode
somente ser explicado por esta asserção.

Está assinalado que embora Colombo
pudesse ter nascido em Génova, ele guardou



muito silencio acerca disso e nunca falou
italiano, nem nunca o escreveu quando diri-
gindo-se aos seus compatriotas, e que, de
facto, ele falou espanhol com a acentuação
portuguesa.

Cristóvão Colombo foi um genovês de
origem judaica-espanhola é o juízo consi-
derado do Senhor D. Salvador de Madariaga,
(o qual incidentemente, cita o Professor
Dr. Moisés Bensabat Amzalak entre as suas
autoridades citadas). Em verdade, Colombo
foi vivo mostrou-se por as suas devoções que
foi um bom cristão mas como ele mesmo
admitiu foi amigo, da companhia de Mouros
Judeus.

Êle baseou a origem da sua grande
empresa não sobre razões, nem matemáticas,
nem mapas mas sôbre as palavras do profeta
Isaías e de Esdras, de Apocrifos Judeus.
Completamente ele inconscientemente traiu o
estímulo judeu que o impeliu, como o autor
justificou por instâncias muito numerosas
para publicar aqui. O nosso autor fez um
estudo fascinador do memorial referido a
Colombo, especialmente por o historiador
portugues João de Barros, e chegou à se-
guinte conclusão: - "Adiante com o fogo da
sua imaginação, outro fogo, duma horrenda
natureza, foi então também torturando a sua
alma com o pior tormento sem repouso.
No tempo em que ele apresentou as suas
extraordinárias propostas perante o Rei


 
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