HA-LAPID 3 ========================================== DECLARAÇÃO BALFOUR Enquanto a colonização judaica na Pales- tina (conhecida por a sua designação hebraica como Yishub) foi gradualmente germinando mesmo sob as mais desvantajosas condições do dominio turco, a erupção da Grande Guerra em 1914 causou à Organização Sionista, com a sua sede central em Berlim, fosse disper- sada e posta fora da acção. A Organização tinha sido seriamente enfraquecida por a desesperação aparente da expectação Sionista na Palestina sob os turcos. Uma oferta para os Sionistas em 1903 por José Chamberlain, como Ministro do Governo Colonial Britânico, de um território na África Oriental Britânica (no Planalto de Guas Ngishu, como vulgar- mente é designado por Uganda) para uma colónia autónoma judaica- indirectamente uma notável façanha Sionista - e sua rejeição por um Congresso Sionista guiou para a formação da Organização Territorial Judaica sob a direcção do literato e protagonista Sionista Israel Zangwill Anglo-Judaico (1864- -1926). Seu objectivo foi "alcançar um ter- ritório com umas bases autônomas para aqueles judeus que não podiam ou não que- riam permanecer nas terras nas quais eles já viveram". A Organização Territorial Judaica, pensou baseada no ideal Sionista da autonomia ju- daica, ser capaz de captar influentes elementos não-Sionistas mas não foi apesar disso bem sucedida nas suas pesquisas para um conve- niente território para a colonização judaica, e em 1918 desistiu da função. Mas enquanto, num lado, a separação de muitos proeminentes Sionistas para aquela rival corporação tinha materialmente enfraquecido a Organização, no outro lado, em conseqüência disso desen- volveu o bíblico, simpatias pro-judaicas as quais já há séculos se tinha manifestado na Inglaterra puritana. Foi nos trágicos anos da Grande Guerra que, no meio do trabalho e labuta para o qual os judeus foram sujeitados, não só como vítimas da descriminação mas também como combatentes, um raio de luz de inesperado esplendor luziu sobre eles. Depois de ter consultado todas as variantes da opinião judaica e sustentado por os principais Poderes Associados e Aliados, o Governo Britânico declarou-se em favor do estabelecimento na Palestina dum lar nacional para o povo judeu na seguinte carta que foi dirigida para (o segundo) Lord Rothschild por Arthur James Balfour, o Ministro do Estado dos Negócios Estrangeiros : MINISTÉRIO DO ESTRANGEIRO 2 de Novembro de 1942 Caro Lord Rothschild: Tenho muito prazer em transmitir para V. Ex.a em nome do Governo de Sua Majes- tade, a seguinte declaração de simpatia com as aspirações dos Sionistas, a qual tem sido submetida e aprovada por o Conselho de Ministros. O Governo de Sua Majestade encara fa- voravelmente o estabelecimento na Palestina dum lar nacional para o povo judaico e usará os seus maiores esforços para facilitar a realização deste objectivo, sendo claramente entendido que nada seria feito que pudesse prejudicar os direitos civis e religiosos das actuais comunidades não-judaicas na Pales- tina, ou os direitos e estatuto político pos- suidos por judeus em alguns outros países. Eu ser-lhe-ia muito grato se levasse esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista. Seu sinceramente ARTHUR JAMES BALFOUR. A Declaração Balfour (como esta comu- nicação chegou a um acordo) foi saudada por os judeus de todo o mundo como um acto de libertação nacional comparável ao decreto de Ciro da Pérsia que precedeu para o estabe- lecimento da Comunidade Judaica na Judeia depois do Cativeiro da Babilônia. O instinto para a própria conservação evocou entre os judeus de tódas as terras um sentimento colectivo e coesão que inutilizou-se nas bar- reiras nacionais e divisões ideológicas, e deu para o ideal Messiânico da Restauração para Sion uma actualidade que cativou as menta- lidades judaicas. Da History of the jews, por PAUL GOODMAM Trad. de MIRYAM BARROS BASTO.
N.º 114, Kislev-Tevet 5703 (Nov-Dez 1942)
> P03