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N.º 144, Nissan-Sivan 5709 (Mar-Mai 1949)







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             HA-LAPID               7
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           A Educacão

Na sua acepção mais racional a pala-
vra educação significa formação moral do
homem.

A educação tem por fim evitar os vícios,
reformar os hábitos, quer dizer, polir o
homem, no ambiente com a sociedade.
Ela puxa o homem para as boas inclina-
ções, aproximando-se da perfeição.

É na moral judaica que ela tem de se
basear, seguindo os seus usos, costumes,
leis, pois todos estes preceitos têm a sua
influência na boa educação moral.

É com a crença que aparecem os pri-
meiros sintomas da boa educação.

Geralmente. muita gente, julga que um
homem por possuir uma boa instrução
possui também uma esplêndida educação,
mas não é tanto assim. A Educação é a
cultura do coração, a instrução do espírito.
Quantos homens recebem uma brilhante
instrução, possuindo uma educação mal
orientada.

O homem que possui uma boa educa-
ção e também uma limpida instrução pode-se
chamar a esse, o homem por excelência.

Da educação depende o futuro do homem,
e (o culpado) da má educação de um homem
é geralmente a má administração moral
de seus pais, devendo estes fazerem todos
os esforços possíveis para administrar uma
boa educação tendo por raiz, o dever, a
honra, a lei, a moral, a justiça, a religião, o
amor do trabalho. etc..

                *

           TRANSWCRIÇÃO

O semanário Sol no seu número de
21-5-49, transcreve, o nosso artigo "Um Por-
tuguês que tentou a colonização da Pales-
tina e a criação dum Estado Judaico" do
nosso colaborador Amilcar Paulo.

   Os nossos agradecimentos.

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faltas pelas angústias terríveis que tiveram
de sofrer. Quanto a Joseph, seu irmão, o
aviltamento imerecido, suportado com re-
signação e confiança em Deus, tornou-se
para ele uma fonte de elevação e de bênção.

                       ARTHUR WEIL.



Casamento em Lisboa

No dia 21 de Fevereiro, na residência
do Sr. Dr. Augusto Toledano Esaguy, rea-
lizou-se o consórcio da sua gentil irmã
D. Lygia Messody Toledano Esaguy com o
Sr. Isac Carlos Lopes Martins, ambos nossos
colaboradores. Depois de terminada a ceri-
mónia do Registo Civil, começou o oficio
religioso, sendo celebrante o Rev. Abraham
Assor.

Houve em seguida um copo de água
muito distinto onde usaram da palavra
vários amigos dos nubentes e foram rece-
bidos muitos telegramas de parabéns.

Os noivos vieram fixar residência no 
Porto.

                *

           LITURGIA

    (Em Hebreu e Abodáh)

No judaismo o individuo não constitui
o centro e o eixo da nossa economia moral.

O judaismo, pelo contrário, só o consi-
dera como uma parcela ínfima de Comuni-
dade à qual devem ser subordinadas as aspi-
rações, os interesses particulares.

O individuo, fosse ele Moisés, pesa sem-
pre menos aos olhos de Adonai que a
colectividade.

A prece individual existe em Israel e o
ritual contém mais duma fórmula delas.
Mas é excepção. De facto é sempre a
Comunidade que ora.

                *

        JUDEUS BERBERESCOS

Em 1912 o Dr. Nahum Slousch, encar-
regado duma missão cientifica em Marro-
cos, descobriu na região mal conhecida do
Grande Atlas ao sul de Marrakech, nume-
rosas aglomerações judaicas, cujo número
total pode ir até 15.000 almas, e não per-
correu senão uma ínfima pequena parte de
Marrocos Meridional. Os judeus do campo
são agricultores, mercadores, e operários.
Vivem uma vida miserável, à mercê dos
seus senhores bérberes.

São judeus guerreiros e aproveitam o
descanso que lhes deixam as tribos para se
bater entre si, aldeia contra aldeia.


 
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