HA-LAPID 7 ====================================== A Educacão Na sua acepção mais racional a pala- vra educação significa formação moral do homem. A educação tem por fim evitar os vícios, reformar os hábitos, quer dizer, polir o homem, no ambiente com a sociedade. Ela puxa o homem para as boas inclina- ções, aproximando-se da perfeição. É na moral judaica que ela tem de se basear, seguindo os seus usos, costumes, leis, pois todos estes preceitos têm a sua influência na boa educação moral. É com a crença que aparecem os pri- meiros sintomas da boa educação. Geralmente. muita gente, julga que um homem por possuir uma boa instrução possui também uma esplêndida educação, mas não é tanto assim. A Educação é a cultura do coração, a instrução do espírito. Quantos homens recebem uma brilhante instrução, possuindo uma educação mal orientada. O homem que possui uma boa educa- ção e também uma limpida instrução pode-se chamar a esse, o homem por excelência. Da educação depende o futuro do homem, e (o culpado) da má educação de um homem é geralmente a má administração moral de seus pais, devendo estes fazerem todos os esforços possíveis para administrar uma boa educação tendo por raiz, o dever, a honra, a lei, a moral, a justiça, a religião, o amor do trabalho. etc.. * TRANSWCRIÇÃO O semanário Sol no seu número de 21-5-49, transcreve, o nosso artigo "Um Por- tuguês que tentou a colonização da Pales- tina e a criação dum Estado Judaico" do nosso colaborador Amilcar Paulo. Os nossos agradecimentos. ------------------------------------------- faltas pelas angústias terríveis que tiveram de sofrer. Quanto a Joseph, seu irmão, o aviltamento imerecido, suportado com re- signação e confiança em Deus, tornou-se para ele uma fonte de elevação e de bênção. ARTHUR WEIL. Casamento em Lisboa No dia 21 de Fevereiro, na residência do Sr. Dr. Augusto Toledano Esaguy, rea- lizou-se o consórcio da sua gentil irmã D. Lygia Messody Toledano Esaguy com o Sr. Isac Carlos Lopes Martins, ambos nossos colaboradores. Depois de terminada a ceri- mónia do Registo Civil, começou o oficio religioso, sendo celebrante o Rev. Abraham Assor. Houve em seguida um copo de água muito distinto onde usaram da palavra vários amigos dos nubentes e foram rece- bidos muitos telegramas de parabéns. Os noivos vieram fixar residência no Porto. * LITURGIA (Em Hebreu e Abodáh) No judaismo o individuo não constitui o centro e o eixo da nossa economia moral. O judaismo, pelo contrário, só o consi- dera como uma parcela ínfima de Comuni- dade à qual devem ser subordinadas as aspi- rações, os interesses particulares. O individuo, fosse ele Moisés, pesa sem- pre menos aos olhos de Adonai que a colectividade. A prece individual existe em Israel e o ritual contém mais duma fórmula delas. Mas é excepção. De facto é sempre a Comunidade que ora. * JUDEUS BERBERESCOS Em 1912 o Dr. Nahum Slousch, encar- regado duma missão cientifica em Marro- cos, descobriu na região mal conhecida do Grande Atlas ao sul de Marrakech, nume- rosas aglomerações judaicas, cujo número total pode ir até 15.000 almas, e não per- correu senão uma ínfima pequena parte de Marrocos Meridional. Os judeus do campo são agricultores, mercadores, e operários. Vivem uma vida miserável, à mercê dos seus senhores bérberes. São judeus guerreiros e aproveitam o descanso que lhes deixam as tribos para se bater entre si, aldeia contra aldeia.
N.º 144, Nissan-Sivan 5709 (Mar-Mai 1949)
> P07