Ha-Lapid הלפיד

            HA-LAPID                 7
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Resgat" o capitão Artur Carlos de Barros
Basto, que tem uma boa situaçao militar,
mantem com infatigavel energia as suas
actividades como apostolo do judaismo
historico entre os maranos. O períodíco
mensal "Ha-Lapid" (O Facho), editado pelo
capt. Barros Basto, fornece uma valiosa
ligação entre os maranos dispersos por
todo o Norte de Portugal, guiando-os e
pondo-os em contacto com o judaismo
universal do qual estavam completamente
separados. Alem disto publicações de cara-
cter historico e devocional judaico foram
publicadas durante o ano findo (Serviço de
Encerramento de Shabbath, Vespera de
de Kipur e Nehilah). Na ausencia do co-
nhecimento do hebraico, a tradução portu-
guesa dos serviços tradicionais da Sinago-
ga leva aos lares cripto-judeus as velhas
orações judaicas, das quais estavam em
grande parte esquecidos.

O problema mais urgente, além disto,
ainda continua sem solução; o mantimento
de um Rabbi, o qual extenderá e comple-
tará a obra conduzida pelo capitão Barros
Basto com tão exemplar -zêlo e sacrifício
próprio. Qualidades especiais serão neces-
sarias para um tal guia espiritual, mas até
agora nenhum candidato tem sido encon-
trado para esse posto, porque faltam os
meios necessarios para o seu contrato no
momento presente.

O capitão Barros Basto tomou a inicia-
tiva de preparar profãssores de religião
judaica entre os maranos pelo estabeleci-
mento dum Instituto Theologico no Porto,
onde 5 alunos (3 de Belmonte, um de Pena-
macôr e um de Vilarinho), foram formal-
mente admitidos no judaismo, são manti-
dos e instruídos gratuitamente tendo em
vista de serem instrutores entre os seus
companheiros maranos tao depressa quan-
to eles possam.

E' motivo de satisfação notar que va-
rios esforços teem sido recebidos mostran-
do reconhecimento em varios sitios. Deve
ser particularmente mencionado que o
Rev. Dr. de Sola Pool, da Spanish and
Portuguese Congregation "Shearith Israel"
de New-York que recentemente fez uma
visita aos maranos, aos quais levou alguns
dons, consistindo em alfaias de Sinagoga
de valor e interesse historico, e tambem
contribuições fiuanceiras substanciais das
simpatias americanas. Dr. Cecil Roth, um



membro do Portuguese Maranos Commit-
tée, visitou tambem os maranos, e atraiu a
atenção para as suas aspirações e necssci-
dades.

Como maior evidencia do aumento de
interesse pelos maranos pode ser mencio-
nado o facto de que um curso de lições
sobre a sua historia está agora sendo diri-
gido pelo Dr. Roth sob os auspícios da
Jewich Historical Society e a City Literary
Istitute.

O Portuguese Maranos Committee jul-
ga que a obra que empreendeu como ex-
periencia por um periodo de 5 anos teve
por si mesma, inteira justificação.

Três anos decorreram já desde que o
Committee empreendeu a ajuda financeira
do movimento para o renascimento do ju-
daismo entre os maranos portugueses, e
sente-se que não só estes que, pelos seus
donativos ou subscripções anuais, tem já
manifestado a sua fé nesta obra, mas a
Comunidade Judaica em geral deve agora
confidencialmente ser solicitada para man-
ter e desenvolver mais este esforco unico
de missionarismo judaico entre judeus.

O Comité tem contribuído com 400
libras anuais para a sustentação da Comu-
nidade judaica no Porto. Mas a construção
duma Sinagoga permanente nesta cidade
para gloria do Deus de Israel pede uma
mais larga resposta destes judeus que dese-
jam corresponder ás necessidades dos ma-
ranos portugueses que agora professam o
judaismo abertamente. O Committé con-
tribuiu com 500 libras para a construção
desta sinagoga, e uma outra quantia de
500 libras foram recebidas do Barao Ed-
mond de Rothschild, em virtude da inter-
venção do Rev. Israel Levy, Rabbi-mór de
França, membro desta Committe. O custo
da Sinagoga do Porto, repartições comu-
nais e biblioteca, a qual servirá de centro
de instrução religiosa e informação judaica
entre todos os maranos desta região, está
orçamentada em cerca de 4.500 libras.

A pedra fundamental foi colocada em
Julho passado, mas a sinagoga está ainda
atrazada por falta de fundos,

Sentimos justificado o pedido particu-
larmente á Comunidade anglo-judaica, fun-
dada por maranos que fugidos aos terrores
da Inquisição de Espanha-e Portugal para
corresponder sinceramente a este apêlo
para dar nma assistencia financeira nao só