HA-LAPÍD 7 ======================================= se propagea jusqu'á Paris. Sa foi n'a pas soulevé seulement les montagnes, elle les a franchies. Elle a touché quelques gené- reax donateus pour qui les Juifs retrou- vés du Portugal sont des frères d'âme. Et, grâce à un important envoi de subsi- des, les maranes ont pu célébrer Kippour, non plus dans une humble chambre blan- chic à la chaux, mais dans cette synagogue, "Source de Vie", dont la façade et une par- tie sont terminées. Et, malgré l'indifférence, le septicisme, de certains de nos coreligionnaires, qui se terrent dans l'ombre et l'oubil, la résurrection d'israel au Portugal s'affirme en jour. Le temple de Porto est un témoignange de la liberté de conscience, une revanche de la pensée opprimée. C'est, une fois de plus, pour ceux qui connaissent un peu l'histoire du peuple élu, lourde d'aberrations, de con- tamination paienne etsde reniements, le triomphe de son dogme pareil à ces murs d'une pureté immatérielle reflétant la lumlère. LILY JEAN-LAVAL ------------ Nova viagem de instru- ção por terras de cripto- Judeus No dia de Novembro deste ano de 1930, vindos do Porto, chegaram a Bra- gança o Snr. Barros Basto, director do Instituto Teologico Israelita do Porto, acompanhado dum dos seus discipulos o Talmid Yomtob Rodrigues. Na estação aguardavam a sua chegada o Snr. Capitão Jaime Borges, dignissimo Presidente do Comunidade Israelita de Bragança e nu- merosos judeus maranos daquela cidade. Trocados vários cumprimentos os viajan- tes dirigiram-se para o Hotel, sendo saú- dados durante o trajecto por vários judeus bragançanos. No dia seguinte, enquanto o Talmid Rodrigues ficava em Bragança ensinando, na séde da Comunidade, rudimentos de judaismo e leitura hebraica, o Snr. Bar- ros Basto acompanhado pelo Snr. Capitão Jaime Borges seguiram de automovel pa- ra Miranda do Douro. Nesta cidade foram recebidos pelos judeus maranos os Snrs. Manuel Furriel, digno administrador do Concelho e pro- fessor José Antonio Ruano, com os quaes conferenciaram. De Miranda seguiram para Vimioso, onde foram amavelmente recebidos pelo Snr Arnaldo Lopes, digno administrador do Concelho que ficou encarregado de promover a ligação entre todos os judeus maranos de Vimioso, Carcão e Argozelo, povoações estas onde existem numerosos cripto-judeus. A' noite regressaram os dois capitães a Bragança. A's 9 horas da noite a sede da Comu- nidade bragançana estava repleto de ho- mens, mulheres e creanças. A' entrada do Mensageiro do Resgate algumas meninas lançaram sobre ele petalas de flores. Mo- mentos depois o Talmid Yomtob Rodri- gues, do Instituto Teologico do Porto, vestindo a alva, subiu para a Tebah, onde começou a oficiar na velha lingua santa. Finda a oração subiu á Tebah o Mensa- geiro do Resgate que tomando como ba- se os 13 artigos da fé fez uma calorosa apologia do Judaísmo e encorajou os cri- pto-judeus presentes a que deixassem de praticar a duplicidade religiosa por des- necessária e injustificada na época presen- te. Durante a sua prática foi o orador es- lutado com emoção pelos assistentes. No fim várias pessoas cumprimenta- ram o orador e o jovem Talmid (o padre- sinho judeu, como lhe chamavam) No dia seguinte o Mensageiro do Res- gate seguiu para Mirandela, Valpaços e Chaves. Em Valpassos foram gentilmente recebidos pela familia Pimentel que ficou de agregar a si os demais elementos da vila, constituindo um nucleo judeo-ma- rano. De Chaves os viajantes visitaram Re- bordelo onde foram galhardamente rece- bidos pela familia Gaspar e conferenciaram com vários elementos. Em Chaves depois de várias demar- ches ficou constituido um nuclo judeo- marano sobre a presidência do Sur. Te- nente J. A. Nunes. No regresso ao Porto os viajantes con- ferenciaram na Estação de Vila Real com o presidente e secretário do nucleo judeo- marano daquela cidade.
N.º 035, Kieslev 5691 (Nov-Dez 1930)
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