Ha-Lapid הלפיד

 8             HA-LAPID
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Dos 4 cantos da terra

Egipto-O Rabbi-mór de Alexandria,
Rev. David Prato, foi promovido pelo
rei de Italia a Comendador da Ordem da
Corôa.

Estados Unidos -A Comunidade Israe-
lita Liberal de Washington celebrou o
seu 75. aniversario da sua fundação com
um oficio solene na Sinagoga. Entre os
assistentes. notaram-se os altos dignita-
rios das Igrejas catolicas e protestantes.
0 Presidente Hoover enviou tambem uma
mensagem de felicitações.

Cuba-Em 1930 insigraram para Cuba
1374 hebreus, sendo 560 homens, 328
mulheres e 172 creanças vindas da Polo-
nia; os outros imigrantes eram da Roma-
nia e Zituania.

Estados Unidos-A população judaica
dos Estados Unidos da America aumen-
tou de um quarto de milhão a quatro
milhões e meio nestes ultimos cincoenta
anos. Na cidade de New York ha cerca
de 1.250.000 judeus, e que é cerca de 8
vezes a quantidade que ha na Palestina.

Inglaterra-O filho de Lord Melchett
prestou juramento na Camara dos Lords,
onde sucedeu a seu pai.

Egipto-O Rabbi-mor de Alexandria,
Rev. David Prato, foi promovido pelo
rei de Italia Comendador da Ordem da
Corôa.

              o o o

          Terra de Israel

O departamento d' agricultura do Go-
verno publicou uma brochura consagrada
á cultura de morangos na Palestina, onde
informa que 45 dumans (45.000 metros
quadrados) foram semeadas de morangos
dos quais 90 % pertencem a judeus.

-Tendo havido uma proposta judaica
para que se establecesse uma colonisação
nas terras da Transjórdia para os arabes
palestinia-nos, vista favoravelmente pelo
rei daquele paiz Um jornal arabe da Pa-
lestina protesta contra essa ideia que diz
vir ajudar as interesses judaicos.



Elementos para a historia dos
Judeus Potrugueses de Hamburgo

             por ALFONSO CASSUTO

               (Continuação)

Este reconhecimento oficial, porem, não
veio a dar-se senão entre 1698-12, até então
não sabiam os Burgueses claramente a que
religião pertenciam aqueles estrangeiros.
Quando, porém, se reconheceu que não se
tratava de um numero de estrangeiros não
ligados entre si, mas sim de uma verdadeira
comunidade, surgiu a questão de como se
havia de agir para com eles; se se havia de
firmar com eles um contrato anual, como
se procedia com os habitantes holandeses
e com os comerciantes ingleses ou se se
deveria expulsa-los completamente da ci-
dade. Os Burgueses intolerantes teriam pre-
ferido adoptar esta última medida, mas o
Senado, mais perspicaz, reconheceu a utili-
dade que estes poucos portugueses trariam
para a cidade, utilidade que iria aumentan-
do pois que de 1604-07 já eles tinham con-
tribuido para o erario publico com 10.000
marcos de impostos extraordinários além
dos impostos ordinários, que todo o habi-
tante da cidade tinha de pagar.

Os primeiros contratos propostos ao
Senado, pelos judeus, indicam-nos que já
não se tratava dos primeiros foragidos de
Portugal, visto que aqueles já eram, em
parte, filhos dos emigrados de 1577, mas
sim que se tratava de uma comunidade per-
feitamente organisada; poderiamos melhor
dizer de uma grande familia, porque todos
os seus membros eram mais ou menos pa-
rentes consanguinios ou por afinidade. Nes-
ses controtos pediam os judeus ao Senado
a licença oficial para o estabelecimento das
suas instituições comunais as quais segundo
todas es probabilidades já existiriam secre-
tamente desde muito, mas de que os Bur-
gueses não se tinha apercebido. Depois de
prolongada luta obtiveram os portugueses,
por fim, 1612 a realização de um contrato,
e pelo "rol dos judeus" realisado neste ano
vê-se que eles apenas contavam 125 pessoas.

                               Continua.