HA-LAPID 7 ======================================== voltou a Londres para continuar as nego- ciações. Depois dele foi lá o Snr Salvador Abra- vanel tambem conferencíar com os leaders da referida grande e secular comunidade sefardita de Londres. Alem disto houve entre Paris e Londres uma troca de corres- pondencia bastante volumosa para o fim desejado. No princípio de Dezembro a Comunidade de Londres enviou a Paris o seu ilustre se- cretario o Snr Paul Goodman, o qual teve na capital francêsa um cordial acolhimento, onde recolheu a documentação necessaria para elaborar o seu relatorio, que será estu- dado pelo Mahamad (Junta Directora) da spanish & Portuguese Congregation. o o o Historia Sagrada Infantil por David Moreno (Continuação do n.° 60) Nascimento e aducação de Moisés Depois da morte de Joseph, os Hebreus multiplicaram-se de tal maneira que enche- ram todo o pais do Egipto. Um outro faraó, que não conhecia os valiosos serviços que outrora Joseph pres- tára ocupava agora o trono. Receando o grande numero daqueles es- trangeiros que não tinham nem o culto nem os costumes dos Egipcios e temendo que preve fossem os verdadeiros senhores do pais, ordenou que os oprimissem, a fim de os impedir de se apoderar da vantagem de que já dispunham. As ordens do injusto faraó toram cum- pridas e os Hebreus passaram a ser o alvo do chicote dos crueis intendentes egípcios. Era sob êle que tinham de executar toda a espécie de penosos trabalhos. Como o faraó visse que tal tratamento ainda os não impedia de se multiplicarem intensamente, ordenou que fossom lançados ao Rio Nilo todos os recem-nascidos do sexo masculino. já muitas crianças haviam sido devoradas por aquele rio, quando a Hamram, descen- dente de Levy, nasceu um menino. A mai, Jokabed, procura esconde-lo a todas as pes- quízas, conseguindo-o durante três meses. Desesperada por o não poder conservar mais tempo, mete-o num cesto de junco, ta- pado convenientementd a fim de não deixar entrar a água, e expõe-no á margem do Nilo. Indo a filha do faraó banhar-se vê-o e tomada de piedade salva-o. Entretanto a ir- mã do menino, escondida, vigiava a sua sorte. É pois com a maior alegria que o vê salvar e sabendo que, uma vez salvo, era necessário uma ama para o criar, corre a oferecer-se para a procurar. Vai e volta com a propria mai. É ela, a verdadeira mai, que lhe serve de ama. Depois de criado entrega-o á filha do faraó que lhe dá o nome de Moisés, isto é, Salvo das águas! No palácio foi instruído em todas as ciencias dos sacerdotes egípcios, tornando-se um homem verdadeiramente sábio. Mas a sua origem foi-lhe revelada e, no meio das honras não esquece o seu povo. Um dia. no campo, como visse um egi- pcio bater num Israelita, matou-o escondendo o cadaver. No dia seguinte encontrou dois Hebreus questionando e quer intervir a favor do mais fraco; porém, logo o outro lhe per- gunta: -Quem vos nomeou sobre nós principe e juiz? Acaso quereis vós matar-me como ontem fizesse a um egípcio? imagine-se a surpresa de Moisés sabendo que a sua aventura era conhecida e, ainda mais, que o faraó queria puni-lo. Foi para fugir a esta punição que aban- donou o Egipto e se encaminhou para Ma- dlan onde pastoreou as ovelhas de Jetro. cuja filha desposou. CAPITULO XXI A missão da Moisés Conduzindo os rebanhos de seu sogro Moisés vai um dia ao Monte Horeb, no de serto de Sinai e ouve sair duma sarsa ar- dente que a chama não cousúmia a voz do Senhor dizendo: "Os gritos dos filhos de Israel chegaram até mim e eu vi como são oprimidos pelos
N.º 061, Shebath 5694 (Jan 1934)
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