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N.º 061, Shebath 5694 (Jan 1934)







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N.° 61                             PORTO - Shebath 5694 (lua de Jan.° 1934)                          ANO VIII
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Tudo se ilumina                     _______  ___  _______ |=|____  _______                    ...alumia-vos e
para aquele que                    |____   ||_  ||  ___  ||____  ||_____  |                   aponta-vos o ca-
busca a luz.                            | |   |_| \_\  | |    / /   _   | |                   minho.
                                        | |       _____| |   / /   | |  | |
       BEN-ROSH                         |_|      |_______|  /_/    |_|  |_|                          BEN-ROSH

                                                  (HA-LAPID)
                                                   O  FACHO

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DIRECTOR E EDITOR: -A. C. os BARROS BASTO (BEN-ROSH)   || COMPOSTO E IMPRESSO NA Empresa DIARIO DO PORTO, Lda
REDACÇÃO-Rua Guerra Junqueiro, 340-Porto               ||           Rua de S. Bento da Victoria, 10
(Toda a correspondencia deve ser dirigida ao director) ||   ---------------- P O R T O ----------------
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    A sorte dos maranos de Castela
     que se refugiaram em Portugal

"Deixou El-Rei (D. João II) estar nestes
reinos muitos confessss e maranos, que a
eles se recolheram de Castela com medo da
inquisição que se contra eles tirava, e isso
com tal declaração que eles vivessem bem
como bons e verdadeiros cristãos.

E porque a EI-Rei foi dito que entre eles
havia muitos hereges e maus cristãos, neste
ano de quatro centos e oitenta e sete, por
autoridade e licença do Papa, começou a en-
tender neles, e ordenou certos comissarios,
doutores em canones, e outros mestres em
teologia, que pelas comarcas do reino en-
tenderam em suas vidas, tirando sobre isso
verdadeiras inquirições, em que acharam
muitos culpados, e se fez neles muitas justi-
ças, que deles foram queimados, outros em
carceres perpétuos, e a outros pendenças
segundo suas culpas o mereciam.



E porque alguns se lançaram por mar
em terra de mouros, e lá publicamente se
tornaram logo judeus, El-Rei defendeu que
em seus reinos e senhorias, sob pêna de
morte e perdimento de fazendas, pessoa al-
guma não passasse algum deles por mar. E
depois deu logar que se saissem os que
quizessem; e os capitais das naus ou navios
que os levavam, davam seguras fianças de
os não levarem a terra de mouros, salvo a
levante, e os porem em terra de cristãos,
e trazerem disso autentícas certidões.

            "Da cronica de El-Reí D. João
             II por Garcia de Resende"

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         Visado pela Comissão de
                Censura


 
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