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N.º 071, Tamuz-Ab 5695 (Jun-Jul 1935)







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 6             HA-LAPID
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a humanidade, atravessou o mundo, sem
distinção: O Senhor vos abençoe e vos
guarde, o Senhor faça resplandecer a Sua
Face sôbre ti e seja misericordioso conti-
go. Veiassem lehá Shalom. E vos con-
ceda a paz."

Como os nossos leitores podem cons-
tatar, é sempre possivel o entendimento
entre os homens de boa-vontade e de
boa-fé, a estreiteza de vistas do torvo fa-
natismo, só existe em desvairados e igno-
rantes.

              o o o

Principios que não devem
esquecer

Os membros duma Comunidade

1.o -Uma perfeita organização e' con-
dição indispensável de unidade, homoge-
neidade e fôrça.

2.o--Para que haja bõa organização e
incessante actividade é necessaria a exis-
tência de fé.

3.o-Os sócios devem contribuir para
os fundos da Comunidade.

4.o-A Comunidade terá a vida que
os seus sõcios lhe derem.

5.o-As intrigas e as criticas feitas
pelos sócios só aproveitam aos inimigos.

6.o-Os sócios devem proceder como
bons Israelitas.

7.o-Cada sócio deverá impõr-se à
consideração dos outros pela sua fé, espi-
rito de iniciativa e espirito de sacrifício.

8.o-Para saber mandar é necessário
saber obedecer.

9.o-Cumprir com zelo e rigor tudo
quanto se regulamenta é indispensável
para que tudo funcione bem.

10.o-Antes de criticar o trabalho dos
outros lembramo-nos do que nós temos
feito.

11.o-Cada sócio deve agir como se tô-
da a responsabilidade lhe pertencesse

12.o-A pouca fé, a ambição, o des-
peito e o orgulho são incompatíveis com
a nobreza dos nossos principios.

13.o-O interesse dos sócios pelos
progressos da Comunidade é prova do
valõr das suas convicções.


 
14.o-E' dever de todos os sócios
auxilíarem-se uns aos outros.

15.o-Os que ignoram as razões das
decisões que se tomam não podem criti-
cà-las.

16.o-Os sócios da Comunidade devem
proceder com sinceridade, franquêsa e
lealdade.

17.o--E' dever de todos os sócios
comparecer às reuniões e fazer propa-
ganda da sua fé.

17.o-Nada há mais condenável do
que, por comodismo egoísta, deixar aos
outros todo o trabalho

19.o-E' inadmissível a inscrição de
sócio da Comunidade so com a ideia de
satisfazer qualquer ambição pessoal ou
auxiliado pelos outros sócios.

20.o-A fé, a disciplina e a ordem ga-
rantem a convergencia de esforços que é
condição índispensavel para haver Pro-
gresso.

            o o o

Congresso dos Comunidades
Sefarditas em Londres

Os delegados das principais comunida-
des sefarditas do mundo reuniram-se em
Congresso nos dias 26 e 28 de Maio findo,
na sinagoga portuguesa de Bevis Mark',
em Londres.

Foi Sua Excelência sir Francis Montefia-
re que presidiu a esta importante Assem-
bleia e que fez o discurso inaugural.

Entre vários assuntos importantes ali
tratados destacamos o seguinte:

Resolvido a creação duma "Uniao Uni-
versal das Comunidades Selarditas" e apro-
vados os seus estatutos. Sendo creados
quatro comitês: um comité central, um co-
mité executivo, uma comissão rabinica e
uma comissão financeira. Um comité de
honra foi tambem eleito, sendo composto
por sir Francis Montefiore, presidente
d'honra; S. E. Catui Pachã, do Cairo, e M.
E. Salem, de Paris, vice-presidente de hon-
ra. Secções da União foram creadas para
inglaterra e outros paizes.

Como representante das Comunidades
de Portugal tomou parte nêste congresso o
snr. Dr. Mosés Benssbat Amzalak, digno
presidente da Comunidade Israelita de Lis-
boa.


 
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