6 HA-LAPID ========================================= a humanidade, atravessou o mundo, sem distinção: O Senhor vos abençoe e vos guarde, o Senhor faça resplandecer a Sua Face sôbre ti e seja misericordioso conti- go. Veiassem lehá Shalom. E vos con- ceda a paz." Como os nossos leitores podem cons- tatar, é sempre possivel o entendimento entre os homens de boa-vontade e de boa-fé, a estreiteza de vistas do torvo fa- natismo, só existe em desvairados e igno- rantes. o o o Principios que não devem esquecer Os membros duma Comunidade 1.o -Uma perfeita organização e' con- dição indispensável de unidade, homoge- neidade e fôrça. 2.o--Para que haja bõa organização e incessante actividade é necessaria a exis- tência de fé. 3.o-Os sócios devem contribuir para os fundos da Comunidade. 4.o-A Comunidade terá a vida que os seus sõcios lhe derem. 5.o-As intrigas e as criticas feitas pelos sócios só aproveitam aos inimigos. 6.o-Os sócios devem proceder como bons Israelitas. 7.o-Cada sócio deverá impõr-se à consideração dos outros pela sua fé, espi- rito de iniciativa e espirito de sacrifício. 8.o-Para saber mandar é necessário saber obedecer. 9.o-Cumprir com zelo e rigor tudo quanto se regulamenta é indispensável para que tudo funcione bem. 10.o-Antes de criticar o trabalho dos outros lembramo-nos do que nós temos feito. 11.o-Cada sócio deve agir como se tô- da a responsabilidade lhe pertencesse 12.o-A pouca fé, a ambição, o des- peito e o orgulho são incompatíveis com a nobreza dos nossos principios. 13.o-O interesse dos sócios pelos progressos da Comunidade é prova do valõr das suas convicções. 14.o-E' dever de todos os sócios auxilíarem-se uns aos outros. 15.o-Os que ignoram as razões das decisões que se tomam não podem criti- cà-las. 16.o-Os sócios da Comunidade devem proceder com sinceridade, franquêsa e lealdade. 17.o--E' dever de todos os sócios comparecer às reuniões e fazer propa- ganda da sua fé. 17.o-Nada há mais condenável do que, por comodismo egoísta, deixar aos outros todo o trabalho 19.o-E' inadmissível a inscrição de sócio da Comunidade so com a ideia de satisfazer qualquer ambição pessoal ou auxiliado pelos outros sócios. 20.o-A fé, a disciplina e a ordem ga- rantem a convergencia de esforços que é condição índispensavel para haver Pro- gresso. o o o Congresso dos Comunidades Sefarditas em Londres Os delegados das principais comunida- des sefarditas do mundo reuniram-se em Congresso nos dias 26 e 28 de Maio findo, na sinagoga portuguesa de Bevis Mark', em Londres. Foi Sua Excelência sir Francis Montefia- re que presidiu a esta importante Assem- bleia e que fez o discurso inaugural. Entre vários assuntos importantes ali tratados destacamos o seguinte: Resolvido a creação duma "Uniao Uni- versal das Comunidades Selarditas" e apro- vados os seus estatutos. Sendo creados quatro comitês: um comité central, um co- mité executivo, uma comissão rabinica e uma comissão financeira. Um comité de honra foi tambem eleito, sendo composto por sir Francis Montefiore, presidente d'honra; S. E. Catui Pachã, do Cairo, e M. E. Salem, de Paris, vice-presidente de hon- ra. Secções da União foram creadas para inglaterra e outros paizes. Como representante das Comunidades de Portugal tomou parte nêste congresso o snr. Dr. Mosés Benssbat Amzalak, digno presidente da Comunidade Israelita de Lis- boa.
N.º 071, Tamuz-Ab 5695 (Jun-Jul 1935)
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