Ha-Lapid הלפיד

              HA-LAPID                  3
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De todos os pontos da terra. onde vi-
vem israelistas, algumas mensagens de pê-
sames foram enviadas à família real de In-
glaterra.

Nós inclinamo-nos com respeito peran-
te o seu túmulo e desejamos ao rei Eduardo
VIII um reinado longo, glorioso e prós-
pero.

              o o o

    A ajuda aos Israelitas da
              Alemanha

O rabino Abba Hillel Silver, leader sio-
nista da América é um dos dirigentes do
movimento de boycottage anti-alemã nêste
país publicou uma declaração, a 15 de Ja-
neiro passado, no dia da partida de Lon-
dres da missão anglo-judaica, à testa da
qual se encontra, como se sabe Sir Herbert
Samuel, contra o êxodo dos Judeus alemães
sôbre a base de uma nova transferência.

A única solução possível, para o rabino
Abba Hillel Silver, é o fim do regimem
nazista. O método que consiste em se
desembaraçar dos Judeus forçando-os a le-
var consigo mercadorias é um muito mau
método.

Nós lêmos a êste propósito no Matin
de 27 de Janeiro.

Saint-Louis (Missouri), 26 de Janeiro. -
dép. Havas,-Sir Herbert Samuel anunciou
que um fundo de quinze milhões de dolars
será constituido pelos Judeus dos Estados
Unidos e da Grã-Bretanha com fim de fi-
nanciar o êxodo de cem mil israelistas para
fora da Alemanha.

Sir Herbert declarou: "as leis editadas
na Alemanha contra os Judeus tiraram os
meios de existência a metade da população
Judia da Alemanha. E' em particularmente
a juventude judaica que sofre com isso".

Sir Herbert desmentiu que a execução
dêste projecto deve ser financiada por com-
pras de mercadorias fabricadas na Alema-
nha e dadas pelos nazis aos Judeus emi-
grantes em lugar do que lhes pertence.

"Nós não temos, acrescentou êle,jámais
projectado pôr termo á boycottage das
mercadorias alemãs".

Sir Herbert Samuel e o banqueiro Felix
Warburg declararam que eles esperam re-
colher dez milhões de dolars na América e
o sexto da sôma necessária na Inglaterra.


 
         Deus e o santuario

Quando os filhos de Israel receberam
as leis começaram a organizar a sua nova
existência, Deus disse a Moisés: "Que êles
me façam um santuário e eu morarei no
meio deles".

Não é surpreendente que o Deus puro
espírito, creador do céu e da terra, o Todo-
-poderoso, tão hóstil a tôda a representação
material da divindade e cuja glória enche
o mundo inteiro, tenha pedido um taber-
náculo para habitar entre nós ?

Este santuário era bem mais destinado
aos homens que a Deus, porque nós pobres
criaturas humanas, de carne e sangue, que
experimentamos a necessidade de localisar
a presença divina num logar preciso con-
sagrado ao seu culto. Mas na realidade
não é o recinto material do templo que
abriga a maioridade divina, são os fieis
que ai se reunem para orar em comum
que tornam sensível ao coração a divina
presença, poque Deus está por tôda a parte
onde os homens se reunem para o invocar
com sinceridade.

Rabbi Halaphata ben Dessa (Ab.III, 17)
diz, que quando dez pessoas se reunem para
estudar a Torah a Chehina (magestade divi-
na) repousa entre êles assim como está es-
crito (Ps. 72 1): "Deus se encontra na as-
sembleia divina".

O número, demais pouco importa, se
êles podem ser cinco, três ou dois; mesmo
um se só homem medita a Lei Divina, diz
êste mesmo doutor, a Chehina repousa sô-
bre êle, porque está escrito: "Sempre por
tôda a parte onde o meu nome fôr invoca-
do eu virei para te abençoar. (Exodo 20,21)"

O Midrash bem compreendeu que Deus
não pode estar nos templos vasios porque
logo que os filhos de israel foram depor-
tados os nossos Haggadistas dizem que a
Chehina os seguiu no exlio, acompanhou-
-os no Galuth.

                          Bernard Schonberg

              Trad. de Nün Azancot Ben-Rosh

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