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Ha-Lapid הלפיד


N.º 075, Tamuz 5696 (Jun 1936)







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              HA-LAPID               3
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mam mais ocultar a minha morte ao meu
filho-E a unica solução que encontrou
foi legar a sua fortuna a um escravo, su-
pondo já que êste se encarregaria dos seus
negócios com todo o interêsse e correria a
avisar-te do sucedido.

Abençoado pai! Tudo quanto êle supoz
aconteceu direitinho.

-Está bem! Está bem! Mas o que ainda
não houve meio de compreender é como
posso apoderar-me da herança, desde que
ela me não foi legada.

-Ah! Deixa-me dizer-te que a tua inte-
ligencia é muito inferior à de teu pai. Ora
nao te autoriza esse testamento a recolher
o que quizeres entre o que haja pertencido
ao teu pai? Por outro lado sabes que tudo
quando um escravo tem, pertence ao seu
dono. Logo, escolhendo tu o escravo, fica-
rás de posse da herança. É nada mais, nada
menos, o que tens a fazer.

O jovem seguiu o conselho do mestre e
libertou depois o escravo.

Daí em diante nunca se esqueceu de
repetir:

"Os verdadeiros sábios são os anciãos"

                    Norberto A. Morêno

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Um libertador judeu

Foi celebrado o centenário da morte de
Nattan Rotteschild, um dos campeões da
libertação dos escravos nas colonias inglêsas.

Queria-se na Inglaterra libertar os es-
cravos, mas não havia fundos para indemni-
sar os seus senhores. O projecto ia ser
abandonado. Foi então que Nattan Roths-
child fez saber ao govêrno que estava
pronto a pôr à sua disposição a quantia
de 15 milhões de libras esterlinas.

E os escravos foram libertos graças à
generosidade um judeu.

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Visado pela Comissão
de Censura

 

Historia Sagrada Infantil

               Por DAVID MORENO

    (Continuação da n.° 70)

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          CAPITULO XXXI

 Primeira tentativa para entrar na
         terra prometida

Após o desânimo veio a coragem e os
Hebreus quizeram, a-pesar-da contrária ope-
nião de Moisés, empreender breve a con-
quista da Terra do Canaan; mas foram
pouco felizes; vencidos pelos Amalecitas e
perseguidos até Horma, voltaram ao deserto

Ai ficaram mais trinta e oito anos. Du-
rante este tempo, Moisés teve de lutar ener-
gicamente, não só contra a indocilidade do
seu povo mas mesmo com a sua própria
falta de coragem.

"Senhor, dizia êle, só tu és o nosso re-
fugio; tu és mais antigo que as montanhas,
mais antigo que a terra, mais antigo que o
mundo; tu és sempre-eterno".

"O homem é como a erva dos campos;
pela manhã floresce e à noite murcha e cai".

"Ó Senhor! ensina aos nossos corações
a sabedoria; vem a nós! Ah! Como é grande
a tua cólera! Não serás misericordioso para
os teus servidores?"

            CAPITULO XXXII

         Murmurações do povo

Vários desgosto: esperavam ainda o
mestre e guia do povo israelita. Durante
longos anos teve de castigar com a maior
severidade numerosas infracções à lei. Assim
condenou dois homens, um dos quais havia
esquecido estas palavras: "Não proferirás
em vão o nome do Senhor teu Deus"; e o
outro havia profanado por uma obra servil
o dia de sábado.

Além disto, Moisés, foi ainda obrigado
a implorar o castigo divino para Coré, Da-
than e Abiron que se revoltaram contra êle
e seu irmão Arão disputando-lhes o poder;
a terra, abrindo-se-lhe debaixo dos pés, en-
guliu os rebeldes e o fogo do céu devorou


 
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