HA-LAPID 3 ======================================= mam mais ocultar a minha morte ao meu filho-E a unica solução que encontrou foi legar a sua fortuna a um escravo, su- pondo já que êste se encarregaria dos seus negócios com todo o interêsse e correria a avisar-te do sucedido. Abençoado pai! Tudo quanto êle supoz aconteceu direitinho. -Está bem! Está bem! Mas o que ainda não houve meio de compreender é como posso apoderar-me da herança, desde que ela me não foi legada. -Ah! Deixa-me dizer-te que a tua inte- ligencia é muito inferior à de teu pai. Ora nao te autoriza esse testamento a recolher o que quizeres entre o que haja pertencido ao teu pai? Por outro lado sabes que tudo quando um escravo tem, pertence ao seu dono. Logo, escolhendo tu o escravo, fica- rás de posse da herança. É nada mais, nada menos, o que tens a fazer. O jovem seguiu o conselho do mestre e libertou depois o escravo. Daí em diante nunca se esqueceu de repetir: "Os verdadeiros sábios são os anciãos" Norberto A. Morêno --------------- Um libertador judeu Foi celebrado o centenário da morte de Nattan Rotteschild, um dos campeões da libertação dos escravos nas colonias inglêsas. Queria-se na Inglaterra libertar os es- cravos, mas não havia fundos para indemni- sar os seus senhores. O projecto ia ser abandonado. Foi então que Nattan Roths- child fez saber ao govêrno que estava pronto a pôr à sua disposição a quantia de 15 milhões de libras esterlinas. E os escravos foram libertos graças à generosidade um judeu. --------------------------------------- Visado pela Comissão de Censura Historia Sagrada Infantil Por DAVID MORENO (Continuação da n.° 70) ------ CAPITULO XXXI Primeira tentativa para entrar na terra prometida Após o desânimo veio a coragem e os Hebreus quizeram, a-pesar-da contrária ope- nião de Moisés, empreender breve a con- quista da Terra do Canaan; mas foram pouco felizes; vencidos pelos Amalecitas e perseguidos até Horma, voltaram ao deserto Ai ficaram mais trinta e oito anos. Du- rante este tempo, Moisés teve de lutar ener- gicamente, não só contra a indocilidade do seu povo mas mesmo com a sua própria falta de coragem. "Senhor, dizia êle, só tu és o nosso re- fugio; tu és mais antigo que as montanhas, mais antigo que a terra, mais antigo que o mundo; tu és sempre-eterno". "O homem é como a erva dos campos; pela manhã floresce e à noite murcha e cai". "Ó Senhor! ensina aos nossos corações a sabedoria; vem a nós! Ah! Como é grande a tua cólera! Não serás misericordioso para os teus servidores?" CAPITULO XXXII Murmurações do povo Vários desgosto: esperavam ainda o mestre e guia do povo israelita. Durante longos anos teve de castigar com a maior severidade numerosas infracções à lei. Assim condenou dois homens, um dos quais havia esquecido estas palavras: "Não proferirás em vão o nome do Senhor teu Deus"; e o outro havia profanado por uma obra servil o dia de sábado. Além disto, Moisés, foi ainda obrigado a implorar o castigo divino para Coré, Da- than e Abiron que se revoltaram contra êle e seu irmão Arão disputando-lhes o poder; a terra, abrindo-se-lhe debaixo dos pés, en- guliu os rebeldes e o fogo do céu devorou
N.º 075, Tamuz 5696 (Jun 1936)
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