N.º 088, Heshvan 5699 (Out 1938) > P05
Primeira Página Página Anterior Diminuir imagem Imagem a 100% Aumentar imagem Próxima Página Última Página

Ha-Lapid הלפיד


N.º 088, Heshvan 5699 (Out 1938)







fechar




            HA-LAPID                    5
==========================================

       PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

"Renacimiento de Israel".- Buenos-
-Aires (Argentina). -Nesta época que passa
em que as nações, que não esqueceram
uns séculos de civilização, procuram rear-
mar-se para defender os princípios de ver-
dade e de justiça social obtidos pelo esforço
e sacrifício de seus antepassados, o povo
de Israel precisa também de rearmar-se
com as armas espirituais e culturais, conhe-
cendo e continuando a obra dos seus ante-
passados a-fim-de poder vencer não pela
fórça, mas pelo espírito.

Fiel a esta necessidade de rearmamento
espiritual a Editorial Israel - Sarmiento
2396 Buenos-Aires-encetou a publicação
de várias obras para o almejado fim.

A primeira obra que nos chegou à mão
escrita num fácil e castiço espanhol, fàcil-
mente compreensível para qualquer portu-
gues é Renacimiento de Israel, seleccionada
e compilada por Ludwig Levisohn. E' uma ex-
celente colectânea de escritos de Moses Hess,
Leon Pinsker, Theodoro Herzl, Max Nordau,
Bernard Lazare, Ajad Haam, Albert Einstein,
Stephen Wise, Arnold Zweig, etc., etc.

"Rodas do tempo", por Coronel A. R.
Brancal. -Livraria Sá da Costa-Largo do
Poço Novo, 24-Lisboa - 1938.

Obra útil em tódas as bibliotecas e livra-
rias particulares, ela nos facilita o conheci-



mento dos calendários civis e religiosos,
usados pela humanidade desde os mais re-
motos tempos históricos até ao dia de hoje,
e facilita-nos também a passagem dum para
outro calendário, por regras simples e claras,

Historia a origem e evolução dos diferen-
tes calendários, as ideas religiosas dos povos
que os empregavam, a explicação e significa-
ção das festividades das principais religiões
actuais e sua determinação no calendário.

O autor, o sr. Coronel António Rodrigues
Brancal, cripto-judeu beirão, sincero e con-
victo, numa forma atraente apresenta-nos um
resumo das crenças judaicas, suas festivi-
dades e usos dos cripto-judeus portugueses.
Indica-nos também em cada dia do ano al-
guns factos notáveis da história portuguesa.
livro, de bom aspecto gráfico, que contém
cerca de 250 páginas de texto, encanta-nos,
pela forma correcta, simples e atraente como
são tratados todos os assuntos.

"Pequena História da Filosofia", por Da-
vid J. Perez-Edifício Mesbla-Rua do Pas-
seio, 56-Caixa Postal 3.722 -Rio de Janeiro.

Livrinho interessante da Colecção Por-
tátil, dirigida pelo Prof. Robert James Botkin,
onde o autor, em linguagem clara, modesta,
mas elegante, fornece a qualquer autodidata
os elementos indispensáveis para conhecer e
falar sobre o tema filosófico das diversas
escolas antigas e modernas, orientais e oci-
dentais. Le-se com agrado e satisfação.


----------------------------------------------
que julgarem convenientes, que se gravem
na memória das crianças.

O interrogatório deve ser, em regra, ani-
mado e sem interrupções, feito de modo que
haja sempre alguém a falar-ou o precep-
tor interrogando ou a criança respondendo.
Mas, é claro, devem evitar-se os exageros
nesta rapidez de interrogatório: é preciso dar
à crianca tempo bastante para compreender
a pregunta e ver a resposta que tem de dar.

As preguntas deverão ser: a) breves;
b) formuladas em termos tais que as crian-
ças as compreendam; c) claras; d) precisas;
e) coordenadas, isto é, segundo a ordem das
matérias; f) úteis, evitando-se as desneces-
sárias, aquelas a que se responda com um
simples sim ou não evidentes, assim como
também as muito abstractas, as subtis, e
as indiscretas, que podem levar as crianças
a pensar mal ou a ter dúvidas sobre as ver-
dades da fé.



As crianças não sejam interrogadas se-
gundo a ordem dos seus lugares; e até con-
virá fazer primeiro as preguntas e designar
só depois disto a criança que há de responder.

Será escusado dizer que o interrogatório
deverá ser feito dignamente e com familiari-
dade, embora paternal.

O preceptor deve exigir respostas directas,
exactas, concebidas em termos claros, e,
além disso, pessoais, e não assopradas pelos
vizinhos; mas, tratando-se duma criança
tímida, pode e deve ajudá-la com alguma
palavra esclarecedora.

Quando a criança responder bem, deverá
o preceptor dirigir-lhe alguma palavra de apro-
vação ou, pelo menos, repetir a resposta, mos-
trando assim que é acertada; respondendo
mal, convirá que faça a mesma pregunta a
outra criança que lhe inspire mais confiança.

        (Continua no próximo número).


 
Ha-Lapid_ano13-n088_05-Heshvan_5699_Out_1938.png [160 KB]
Primeira Página Página Anterior Diminuir imagem Imagem a 100% Aumentar imagem Próxima Página Última Página