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N.º 125, Kislev-Tevet 5705 (Nov-Dez 1944)







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 2              HA-LAPID
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dos em tôda Literatura Bíblica, Talmúdica,
e Rabínica.

Três, foram as escolas em que aprenderam:

      I-Escolas dos Talmudistas

A primeira foi a dos mesmos Talmudis-
tas chamados Amarelos, ou Gemaricos
autores dos comentários do Misená (Os
Autores dos Comentários ao Misená foram
chamados Moraim Amorain Emoraim ou
Amoréos de Amar-dizer: porque a sua dou-
trina é dizer o que se fêz, a fim que cada
Capitulo comeca Itmar he dito: e a êste seu
dito, ou doutrinas e chama Memerá, isto é,
Sermão ou palavra. Dêste número foi
R. Jochanam autor do Talmud Jerasalymi-
tano e R. Ase autor da Gemará ou Talmud
Babylonico, e o último dos Amoraim ou
Gemaricos), que ensinaram nas Academias
Orientais de Nahardéa, e de Sorá sobre o
Eufrates, e em outras mais erigidas no Sé-
culo III. A elas recorriam muitos dos
judeus espanhóis, indo por longas pere-
grinações e trabalhos aprender nelas a inte-
ligência da Lei Escrita, e as doutrinas do
Talmud, ou Lei Oral.

       II- Escola dos Rabanan

A segunda foi a dos Rabanan, ou juízes
Supremos dos judeus sucessores dos Emo-
raim no Reino da Pérsia, a que chamaram
Saboréos. (Saboréos quer dizer apinadores,
por constar sua doutrina de diversas opiniões,
ou disputas, por uma e outra parte; os
quais vieram depois da compilação do Tal-
mud). Muitos dos nossos foram ouvir
suas lições em Babilônia nas famosas Aca-
demias de Pombedita, e Moehafiah, onde
ensinaram por quási dois séculos sucessivos.

        III -- Escola dos Gueonim

A terceira foi a dos Gueonim, ou Guéo-
nim, ou Mestres universais das judeus in-
signes propagadores da Literatura Rabinica,
que haviam sucedido aos Raban Sabaréos
nos fins do Século XI, e ensinaram até ao
principio do Século XI na cidade e reino
da Pérsia. Chamaram-se Séonim, isto é,
excelentes: por se haverem pelos mais emi-
nentes de todos os homens: os quais subsis-
tiram até a destruição da escola de Babilónia
em 4797 da criação do mundo sendo o



último dêles Rab. Haye). Desta escola saí-
ram grandes homens que muito floresceram
depois em nossa Espanha; tal foi entre outros
R. Judas mui assinalado por seu grande sa-
ber, o qual escreveu um tratado das causas,
que contém o mar para que não chegue a
inundar a terra; e um Dicionário da Lingua
Arábiga, e passou muitos outros livros desta
lingua para o hebreu: o que bem mostra,
quanto êle era versado no estudo de Filo-
sofia, e das linguas; e quanto as ciências
floresciam então nas sinagogas de nossa
Espanha.

Concurso dos espanhóis a estas esco-
las-E estas foram as três escolas, a que
concorriam os judeus espanhóis em tempos
antigos: os pais costumavam mandar seus
filhos para se instruírem nelas, como no
centro de toda a literatura, e sabedoria sa-
grada: porque era um princípio assentado
da educação liberal entre êles, ir tomar na
fonte as instruções daqueles sábios mestres
da Nação. Se havia alguma dúvida nos
pontos, mais árduos da lei, as sinagogas de
Espanha a elas enviavam seus deputados
para consultar os rabis; dêles recebiam a
declaração e decisão de suas dúvidas e se
regiam por suas respostas e decretos; pra-
ticando os mesmos ritos, cerimónias e cos-
tumes legais, que éles tinham. Assim vemos,
por exemplo, que as preces, que as sinago-
gas de Espanha costumavam recitar nos dias
de Aflição e particularmente nos dias das
Expiações, eram compostas pelo Rabi Minim,
cabeça de uma das academias de Babilônia.
donde os nossos as haviam recebido.

            CAPÍTULO II

   Da quarta escola, que é a dos
        Rabanim de Espanha

Quando e porque ocasião começou a
escola dos Rabanim de Espanha-De-
pois que os judeus no reino da Pérsia come-
çaram de ser perseguidos e desbaratados
pelos sucessores de Aly e foram lançados
fora de Babilónia, e de suas vizinhanças e
lhes faltou R. Haye, supremo Gaon, ou
juiz universal de todos eles naquelas partes,
acabaram as academias orientais chamadas
Marbid Thorat e se extinguiu o magisté-


 
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