6 HA-LAPID ========================================= JUDAH MACABEU (MAKABI) 1-Judah alcança grandes vitórias sôbre os siríacos-Após a morte de seu pai. Judah colocou-se à testa dos judeus. Êle não confiava somente na sua espada, mas também e sobretudo na assistência di- vina, que êle implorava antes de cada com- bate. Com os seus 6.000 soldados valentes e dedicados, Judah conseguiu grandes vitó- rias sôbre os poderosos exércitos siríacos. Êle próprio se batia como um leão. Chamaram-lhe então "Macabeu" que si- gnifica, diz-se. “O Malho" (da palavra he- braica Magabh. malho), porque êle esma- gava os inimigos como o malho bate o ferro (outra etmologia faz derivar Macabi, das iniciais das palavras: "Mi Camokh, Boe- lim lah" Êxodo XV, 113. (Em poder é comparável à tua, senhor!), divisa que era inscrita, diz-se, sôbre o estandarte macabeu. -Antíoco enviou contra êle Lysias, o melhor dos seus generais, com um exército de 20.000 homens. Êste contava de tal modo se apoderar, dêste punhado de revol- tosos que tinha convidado mercadores de escravos para virem comprar prisioneiros. A vista dêste grande número de inimigos, o desencorajamento invadiu num momento o coração dos companheiros de Judah. Mas êste os encorajou:- "Não tenhais mêdo; Deus pode dar a vitória ao pequeno número como à multidão. Os nossos inimigos ba- tem-se por coisas vãs; mas nós, nós nos batemos pela nossa vida e pela nossa reli- gião". Depois êle marchou ao encontro duma fracção inimiga, surpreendeu-a du- rante a noite e conseguiu uma tal vitória que o resto do exército siriaco foi obrigado a retirar-se da Palestina. 2-Judah entra em Jerusalém e res- tabelece o serviço do Templo - Agora o caminho era livre e Judah pôde avançar até Jerusalém. mas chegado ao monte Sion, que triste espectáculo se apresentou aos seus olhos! O altar fôra profanado, o santuário fôra devastado, e a erva crescia no átrio. Muito comovido Judah e os seus valentes rasgaram os seus vestidos e se lamentaram. Mas pouco depois Judah lançou-se à obra. Êle purificou o lugar Santo profanado e mandou fazer de novo utensílios sagrados. Demoliu o altar, que tinha sido manchado pelos ímpios, e fêz construir um novo, que foi inaugurado no dia 25 de Kislev do ano 155 no mesmo dia em que, três anos antes a estátua de Júpiter Olímpico tinha sido colocada no templo. A festa de inaugura. ção do altar (Hanukah Hamizbeáh) foi ce- lebrada no meio dum grande entusiasmo, e ofereceram sacrifícios de reconhecimento cantando hinos em louvor do Deus Unico. -Durante a purificação do Templo, en- contraram um frasco de óleo sagrado, tra- zendo ainda o sêlo do antigo grande sacer- dote. Serviram-se dêste óleo para acender pela primeira vez o candelabro de sete ra- mos. A quantidade de óleo encontrado bastava para alimentar as lâmpadas durante um dia; mas, por um milagre, elas arderam durante oito dias até que podessem prepa- rar outro óleo sagrado. É porque os dou- tores desta época prescreveram que todo o Israel comemore a recordação dêste glo- rioso acontecimento por uma festa anual de oito dias de duração, que se chama Hanu- kah (Inauguração). 3-Morte de Antíoco» Antíoco à no- ticia da derrota dos seus exércitos, prome- teu a si vingar-se e, no seu orgulho excla- mou:-"Eu farei de Jerusalém o túmulo dos judeus!" Mas Deus não permitiu que êle execu- tasse os seus projectos. Ao voltar ao seu pais, êle caiu do seu carro e feriu-se grave- mente. Uma horrível doença se declarou em seguida a êstes ferimentos. Em face da morte, éle arrependeu-se e disse:- "É justo de se submeter a Deus." Mas o Senhor deixou êste blasfemador morrer no meio de atroz sofrimento. 4-Batalha dos elefantes. Proeza de Eleazar-Antíaco Eupator, sucessor de Epifânio, invadiu por sua vez a Judeia com um imenso exército de mercenários e com elefantes treinados para a guerra. Antes da batalha, deram a êstes animais sumo de uvas para os excitar ao combate. Cada elefante trazia uma tôrre de madeira. que continha 32 guerreiros. Judah apro- xima-se ara travar combate, mas o mêdo invadiu o coração dos seus guerreiros à vista dêstes animais monstruosos. Então
N.º 125, Kislev-Tevet 5705 (Nov-Dez 1944)
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