N.° 145 PORTO - Luas de Setembro a Dezembro - 5710 (1949 e. v.) ANO XXIV ============================================================================================================= Tudo se ilumina _______ ___ _______ |=|____ _______ ...alumia-vos para aquele que |____ ||_ || ___ ||____ ||_____ | e aponta-vos o busca a luz. | | |_| \_\ | | / / _ | | caminho. | | _____| | / / | | | | BEN-ROSH |_| |_______| /_/ |_| |_| BEN-ROSH (HA-LAPID) O FACHO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- DIRECT. E EDITOR: -A. C. DE BARROS BASTO (BEN-ROSH) || COMPOSTO E IMPRESSO NA IMPRENSA MODERNA, L.DA Redacção na Sinagoga Kadoorie Mekor Haim || Rua da Fábrica, 80 Rua Guerra Junqueiro, 340 - Porto || ------------------- P O R T O ------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O SIONISMO E A COMUNIDADE ANGLO-JUDAICA POR PAUL GOODMAN (Discurso pronunciado na Comemoração do Jubileu da Federação Sionista da Grã-Bretanha e Irlanda-Março de 5709 - 1949). Nós estamos agora comemorando o 50.° aniversário da fundação da Federação Sio- nista inglesa, e nós recordamos a memória de alguns daqueles que, durante a passada meia centúria, serviram a causa Sionista mas não estavam destinados a viver para verem os frutos das suas aspirações. Mas é necessário lembrar-se que as origens desta organização recuam não somente para 50 anos, mas para os principios da Comuni- dade Anglo-Judaica. Para a ideia Sionista não é uma intrusão estrangeira na vida e no pensamento da Anglo-Judiaria, mas era o elemento essen- cial no Repovoamento Judaico nesta região no século XVII. Isto não é uma opinião sómente extraída dos estudos documentados da História do Sionismo de Nahum Sokolow mas tem a inatacável opinião de historiadores Anglo- -Judaicos tais como Lucien Wolf. Albert Hyamson e Cecil Roth. Se havia uma ideia dominante que inspirasse esperança nos Ma- ranos Sephardim os quais foram os primei- ros a instalar-se nesta região sob Oliver Cromwell era o ideal Messiânico da restau- ração dos Judeus na Terra Santa que tinha comovido Dom Isaac Abrabanel e, mais tarde, Rabbi Menasseh Ben-Israel, e tinha infundido uma simpática resposta na atmos- fera religiosa da Inglatera Puritana, foi, de facto, este particularmente notável feito que dali em diante marcou a atitude Britânica para com a população Judaica neste reino. A luta para a emancipação civil e poli- tica dos Judeus nesta região, tomou, entre- tanto, uma direcção diferente do que aquela que antes tinha sido estabelecida. Aqui não havia o Grande Sanhedrin, como foi combinado por Napoleão, para definir a posição dos Judeus perante o Es- tado e para evocar a Judaica declaração de lealdade por ele. Não havia aqui quebra dos direitos dos Judeus na base de assimilação, como na Alemanha e Austria, nem na próxima revo- lução da Rússia Czarista. A Inglaterra cristã tomou como garantia os Judeus como o antigo povo de Deus, o povo da Biblia e a sua associação sempre eterna com a Terra Santa. O problema Judaico dual lealdade, do qual nós ouvimos recentemente em certos círculos Judaicos, não incomodou a cristan- dade inglesa, e seria um mau serviço para a Anglo-Judiaria se estes patetas, que livre- mente entraram nos Círculos Judaicos, fos- sem por nós consentidos em controvérsia. Não foi só o impulso Sionista que foi notá- vel na admissão dos Judeus neste pais, por-
N.º 145, Tishri-Tevet 5710 (Set-Dez 1949)
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