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N.º 145, Tishri-Tevet 5710 (Set-Dez 1949)







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que no século 19 a figura luminosa do
máximo do Chovevi Zion, Sir Moses Mon-
tefiore, cativou a imaginação, e ganhou o
poder, dos mais altos nesta terra, desde a
Rainha Vitória.

Nunca houve a menor dúvida sobre a
lealdade devida de Sir Moses para com a
grande Rainha e quanto à sua parte no
esforço para a emancipação Judaica, nada
a atrasou ou prejudicou, tudo devido à sua
lealdade Judaica, e pelos seus infatigáveis e
tenazes esforços pelo bem dos Judeus na
Terra Santa.

Nas suas missões em beneficio dos Ju-
deus oprimidos exteriormente, Sir Moses
teve a ajuda inqualificável da Inglaterra
Vitoriana.

Lord Palmerston e outros secretários
dos negócios externos. aparentemente nada
viram de estranho que o Sr. Moses, poderia
impor a sua diplomática assistência como
Presidente da Assembleia da Comunidade
Judaica Britânica, quando advogou-mu-
tatis mutandis, como Presidente da Comu-
nidade nesta ocasião-o repovoamento dos
Judeus na sua ancestral Terra-Mãe.

Foi, pois, sob a sua sã intuição que
Theodor Herz veio especialmente à Ingla-
terra com a sua ideia dum Estado ju-
daico.

Ele encontrou compreensão no constru-
tor do Império Joseph Chamberlain bem
como, mais tarde. Dr. Weismam que teve a
habilidade de influir Lord Balfour a favor
do Sionismo. Mas os homens de Estado
Britânicos não estavam sob a ilusão de que
os Judeus entrassem na Comunidade, e não
receavam que as aspirações nacionais Judai-
cas reflectissem adversamente na patriótica
lealdade dos Judeus Briiânicos perante o
Estado.

Nós Sionistas estamos, entretanto, bem
dentro da linha das tradições britânicas
quanto aos Judeus durante os últimos tre-
zentos anos.

Se os Sionistas tivessem organizado uma
oposição ao que anteriormente estava esta-
belecido, era inevitável nestas circunstâncias
que posteriormente as autoridades aceita-
riam um anti-sionismo, baseado no receio
que suportar o Sionismo nas suas aspira-
ções, seria perigoso para a igualdade em
que os Judeus eram considerados neste 
pais.

Esta é uma experiência com a qual os



Sionistas têm que contar neste pais; mas os
Judeus Britânicos farão bem em pensar que
o mal que eles pensam, não será removido
por vãos protestos de lealdade patriótica
com as quais exteriormente foram familiares
nos tempos idos. Isto seria sómente estra-
nho para as tradições dos Anglo-Judeus. os
quais ganharam o seu primacial lugar na
Comunidade Britânica por uma prova ine-
quivoca da sua histórica individualidade e
solidariedade com o todo da casa de Israel.
Agora que o objectivo da politica Sionista
foi adoptado, nós retornamos para os pro-
pagandistas da Anglo-Judaica Comunidade
que possam ainda duvidar em futuras atitu-
des que o Estado de Israel, não é meramente
de "Jure" mas de "facto".

Não recriminem Bevin. Bevin deu o seu
reconhecimento de alma e coração e a sua
ajuda a Israel!

Nós Sionistas Britânicas somos uma parte
da Anglo-Judaica Comunidade e tomamos
um interesse activo na sua vida agora que
o Estado de Israel foi estabelecido, a sua
orientação politica está fora das nossas
mãos, excepto até onde possamos ser aju-
dados no restabelecimento daquelas cordiais
relações que o Povo Judeu deve a este
grande pais e às nobres tradições da decla-
ração Balfour e que originou o estabeleci-
mento do Estado de Israel. Nós, também
queremos outro Abad-Ha'am para nos guiar
na situação que nos colocamos: nós preci-
samos, deixem-nos falar, um "Moreh Ne-
buche ha-Zeman", uma síntese dos desen-
volvimentos em Erez Israel e as aspirações
Judaicas no Golah. É certo que nós esta-
mos agora na abertura de uma nova era
dentro da história milenária do povo Ju-
daico.

Mas para aqueles Judeus que pensam na
sua responsabilidade colectiva para os Judeus
no futuro de novas eventualidades, nós cha-
maremos a atenção para as proféticas pala-
vras de Max Nordau aos Judeus da Alemanha
50 anos atrás, quando ele concluiu num
memorável discurso em Berlim, em Abril
de 1898, com as palavras:

"Os Judeus ou serão Sionistas ou não
serão Judeus."

(Traduzido da revista. The Gates of Zion of
The Central Synagogue Council ot the Zionist
Federation of Great Britain & Ireland), n.° 4,
vol. 8, Julho de 1949.


 
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