2 HA-LAPID ========================================= que no século 19 a figura luminosa do máximo do Chovevi Zion, Sir Moses Mon- tefiore, cativou a imaginação, e ganhou o poder, dos mais altos nesta terra, desde a Rainha Vitória. Nunca houve a menor dúvida sobre a lealdade devida de Sir Moses para com a grande Rainha e quanto à sua parte no esforço para a emancipação Judaica, nada a atrasou ou prejudicou, tudo devido à sua lealdade Judaica, e pelos seus infatigáveis e tenazes esforços pelo bem dos Judeus na Terra Santa. Nas suas missões em beneficio dos Ju- deus oprimidos exteriormente, Sir Moses teve a ajuda inqualificável da Inglaterra Vitoriana. Lord Palmerston e outros secretários dos negócios externos. aparentemente nada viram de estranho que o Sr. Moses, poderia impor a sua diplomática assistência como Presidente da Assembleia da Comunidade Judaica Britânica, quando advogou-mu- tatis mutandis, como Presidente da Comu- nidade nesta ocasião-o repovoamento dos Judeus na sua ancestral Terra-Mãe. Foi, pois, sob a sua sã intuição que Theodor Herz veio especialmente à Ingla- terra com a sua ideia dum Estado ju- daico. Ele encontrou compreensão no constru- tor do Império Joseph Chamberlain bem como, mais tarde. Dr. Weismam que teve a habilidade de influir Lord Balfour a favor do Sionismo. Mas os homens de Estado Britânicos não estavam sob a ilusão de que os Judeus entrassem na Comunidade, e não receavam que as aspirações nacionais Judai- cas reflectissem adversamente na patriótica lealdade dos Judeus Briiânicos perante o Estado. Nós Sionistas estamos, entretanto, bem dentro da linha das tradições britânicas quanto aos Judeus durante os últimos tre- zentos anos. Se os Sionistas tivessem organizado uma oposição ao que anteriormente estava esta- belecido, era inevitável nestas circunstâncias que posteriormente as autoridades aceita- riam um anti-sionismo, baseado no receio que suportar o Sionismo nas suas aspira- ções, seria perigoso para a igualdade em que os Judeus eram considerados neste pais. Esta é uma experiência com a qual os Sionistas têm que contar neste pais; mas os Judeus Britânicos farão bem em pensar que o mal que eles pensam, não será removido por vãos protestos de lealdade patriótica com as quais exteriormente foram familiares nos tempos idos. Isto seria sómente estra- nho para as tradições dos Anglo-Judeus. os quais ganharam o seu primacial lugar na Comunidade Britânica por uma prova ine- quivoca da sua histórica individualidade e solidariedade com o todo da casa de Israel. Agora que o objectivo da politica Sionista foi adoptado, nós retornamos para os pro- pagandistas da Anglo-Judaica Comunidade que possam ainda duvidar em futuras atitu- des que o Estado de Israel, não é meramente de "Jure" mas de "facto". Não recriminem Bevin. Bevin deu o seu reconhecimento de alma e coração e a sua ajuda a Israel! Nós Sionistas Britânicas somos uma parte da Anglo-Judaica Comunidade e tomamos um interesse activo na sua vida agora que o Estado de Israel foi estabelecido, a sua orientação politica está fora das nossas mãos, excepto até onde possamos ser aju- dados no restabelecimento daquelas cordiais relações que o Povo Judeu deve a este grande pais e às nobres tradições da decla- ração Balfour e que originou o estabeleci- mento do Estado de Israel. Nós, também queremos outro Abad-Ha'am para nos guiar na situação que nos colocamos: nós preci- samos, deixem-nos falar, um "Moreh Ne- buche ha-Zeman", uma síntese dos desen- volvimentos em Erez Israel e as aspirações Judaicas no Golah. É certo que nós esta- mos agora na abertura de uma nova era dentro da história milenária do povo Ju- daico. Mas para aqueles Judeus que pensam na sua responsabilidade colectiva para os Judeus no futuro de novas eventualidades, nós cha- maremos a atenção para as proféticas pala- vras de Max Nordau aos Judeus da Alemanha 50 anos atrás, quando ele concluiu num memorável discurso em Berlim, em Abril de 1898, com as palavras: "Os Judeus ou serão Sionistas ou não serão Judeus." (Traduzido da revista. The Gates of Zion of The Central Synagogue Council ot the Zionist Federation of Great Britain & Ireland), n.° 4, vol. 8, Julho de 1949.
N.º 145, Tishri-Tevet 5710 (Set-Dez 1949)
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