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N.º 152, Shevat-Yiar 5714 (Jan-Abr 1954)







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 4            HA-LAPID
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    ESBOÇO DUMA DOUTRINA JUDAICA

por DAVID HERMAN, RABI DA COMUNIDADE DE BRUXELAS

     (Continuação do número (151)

            CAPÍTULO XII

               Sukoth

       I- Símbolos Campestres

Destas três correntes de santidade que
atravessam a vida judaica durante o período
anual só a festa de Sukoth conservou o seu
carácter agrícola. Durante sete dias pro-
cissões se fazem na Sinagoga com ramos
de palmeira (lulab) e cidrões (ethrog).
Além disto os fiéis fazem acto de per-
manência em caramanchões de verdura
(Sukoth) que, tendo um carácter campestre,
tem um sentido simbólico, e testemunham
da vontade de se meter sobre a protecção
divina (hapores sukoth shalom...). Esta
festa é encerrada no oitavo dia (shemini
atsereth) pela invocação das chuvas fecun-
das que prepararão a terra para uma nova
primavera. Um novo dia vem coroar a
própria festa e a série das festas do ano
por uma festa da Lei (Simhath Torah).

       II - Carácter espiritual

A Thorah sendo a origem das alegrias
mais profundas (ver a segunda bênção da
noite), é uma grande festa que o dia em
que um capitulo ou um tratado pode ser
acabado. O dia de Simhath Thorah é
aquele em que a Sinagoga acaba regular-
mente a leitura dos Cinco Livros de Moisés



e se retorna o principio. Mas os fiéis pie-
dosos não esperam o fim do ciclo regula-
mentar: cada vez que eles terminam um
capitulo da Biblia, da Mishnah ou do Tal-
mud, eles celebram uma festa de fim de
estudos, chamada Silume. O último dia
de Sukoth e o grande silume do ano, onde
o fiel que teve a honra de encerrar a leitura,
tem também a de a retomar pelo começo,
são eleitos (hathan Thorah e hathan be-
reshith).

É por estas consagrações periódicas que
o sentimento de santidade e o seu auxiliar,
o amor da Thorah, relevam a vida judaica,  
e a mantêm a um nivel constante de ele-
vação espiritual.

            CAPÍTULO XIII

 Os Dez Dias de Exame de Consciência

       II - Grandes solenidades

Nós vimos, para o periodo Semanal,
que a santidade. como tudo o que é senti-
mento, não podia manter-se constantemente
a uma altura igual, e que era preciso rege-
nerar-se de tempos a tempos. O Sábado
é encarregado deste oficio para um curto
periodo, e, para o ano, há igualmente um
grande sábado que é o dia do Perdão
(Yom Kipur). Este dia é preparado por
um periodo de Dez Dias de Penitência ou
de Exame de consciência, que se abre pela

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de 1944. Era ainda bastante novo e estava
em pleno triunfo da sua carreira diplomá-
tica e literária.

Foi pena, porque havia muito a esperar
do seu talento. Portugal perdeu, nesse dia,
um dos seus melhores filhos; um grande
historiador e alguém que tinha nascido
realmente poeta.



Sentimos, ao ler este pequeno livro, que
a sua obra não ficou completa. José de
Esaguy devia ter vivido mais alguns anos,
para nos poder entregar toda a sua mensa-
gem de beleza.

Sinceros cumprimentos.

                       HANID ESTELA.

 
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