Ha-Lapid הלפיד

 5                  HA-LAPID
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que deve seguir-se tudo o que nos é ordenado por
Moisés. A sexta enfim é para tirar tôda a espécie de
pretexto a outras redenções inventadas por outras re-
ligiões ou quaisquer rebeldes de entre o povo.

O Profeta da-nos uma nota evidente e infalível,
um sinal que se não deve desprezar, e é que, autes
que os filhos de Israel gostem, destas rendenções, o
Senhor enviará o Profeta Elias afim de que pelo seu
exemplo, e pelas suas salutares exortações e pela sua
volta miraculosa, se retirem do pecado, se firmem na
virtude e possam mostrar-se ao seu criador sem man-
cha, sem inimisades entre os pais e os filhos e numa
perfeita união para gosar com tranquilidade de toda
a felicidade que a lei lhes promete e que é anunciada
pelos Profetas. Se este precursor os não adverte de
suas felicidade, nada os deve convencer da sua reden-
ção, é uma armadilha para os precipitar no abismo do
pecado e para os desviar do caminho que devem se-
guir com uma confiança e uma firmesa inquebrantá-
vel. Eu não sei de Doutor cristão que possa provar
que se tenham apercebido de alguns destas brilhantes
sinais para a vinda de jesus Cristo; que alguma des-
tas Profecias se tenha cumprido; que os filhos de Is-
rael sejam livres da dura escravidão que a justa cólera
de Deus lhe tem feito sofrer para a expiação dos seus
pecados, numa palavra que este feliz dia em que po-
derão gosar tranquilamente de tôdos os bens que lhes
são prometido sôbre a terra e da beatitude que é o se
lo desta divina aliança, tenha ainda chegado.

                                           (Continua)

                    o o o

                VIDA COMUNAL

                   LISBOA

Faleceu no dia 19 de Setembro, o snr.
Elias Seruya, antigo e respeitado comer-
ciante da praça de Lisboa, pai do snr. Salo-
mão Seruya e sogro do snr Fortunato Se-
ruya.

O funeral muito concorrido realisou-se
no dia 20, pelas 11 horas, da residencia pa-
ra o cemiterio Israelita, na Calçada das La-
ges (proximo ao Alto de S. João).

                   PORTO

Com uma numerosa assistencia, na sua'
maior parte constituida por judeus maranos
realísou-se a solenidade de Rosh Ha-shnah
(Ano Novo) na Sinagoga Mekor Haia¡ des-
cidade.

Tambem o dia de Kipur e a festa de
Sukoth decorreram com brilho. No dia de
Simhat Thorah houve no terreiro da Sina-
goga e na Sukah (construida pelos Talmi-
dim da Yeshibah) uma graciosa festa de
confraternisação entre judeus Sephardim e
e Askenazim, a qual decorreu numa atmos-
fera da mais franca cordealidade.

 

          Obra do Resgate

Aliança de Abraham - Por iniciativa e
esforço da Yeshibah Rosh-Pinah (Instituto
Teologico Israelita) do Porto, nesta cidade
foram recebidos na Aliança de Abraham os
seguintes maranos:

No dia 15 de Setembro de 1931 (4 de
Tishri de 5692) Gilberto Cepêda Teles, na.
tural de Argozêlo (Bragança) de 17 anos de
idade; recebeu o nome de Daniel.

No dia 16 de Setembro (5 de Tishri): -
Armando Augusto Lopes Mendes, natural
do Porto, de pais transmontanos, estudante,
de 15 anos de idade; recebeu o nome de
Benjamim.

-Adriano Augusto do Nascimento, na-
tural da Meda, de 14 anos de idade; rece-
beu o nome de Aarão.

-José Augusto Gabriel, de Freixo de
Espada à Cinta de 15 anos de idade; rece-
beu o nome de Joseph Israel.

-José Marques Gaspar, da Covilhã, de
17 anos; recebeu o nome de Jacob.

No dia 25 de Setembro (14 de Tishri):
-Edmundo da Silva Pereira, natural de
Argosêlo (Bragança), de 12 anos; recebeu o
nome de Emanuel.

-Francisco António Rodrigues, de Car-
ção (Vimioso), de 17 anos; recebeu o nome
de Isac.

No dia 8 de Outubro (27 de Tishri) Fer-
nando Cepêda Teles, natural de Argozélo
(Bragança), de 19 de idade, estudante uni-
versitário; recebeu o nome de David.

Belmonte - Os Talmidim da Yeshibah
do Porto, teem dado lições de Biblia, Rudi-
mentos de judaismo e de hebraico a vários
judeus maranos desta vila.

Alguns cantos do rito português teem
sido entoados nas reuniões cultuais israeli-
tas nesta localidade, cantos estes ensinados
pelos já citados Talmidlm, que teem ido
propositadamente à Covilhã tambem na sua
devotada missão de ensinar o judaismo ofi-
cial.

Nesta vila foi praticado o jejum do Dia
de Kipur por numerosas familias.

Covilhã -Na comunidade israelita decor-
reu com devoção e piedade a solenidade do
Dia do Grande Perdão (Dia de Kipur).

Pinhel-Pela 1.a vez desde o estableci-
mento da Inquisição em Portugal foi cele-