2 HA-LAPID ========================================== mente potassa, entesouradas nesse lago, fi- cou plenamente demonstrado que em vez de chamar-se "Mar mortos" o seu nome deve ser "Lago da Vida", não sómente pe- las suas riquezas minerais, mas sobretudo pelos germens de vida e saude contidas na sua atmosfera e no seu clima. Entre as centenas de operarios judeus que trabalham na exploração, originários de paises frios, sem terem tido tempo suficien- te para se aclimatarem á sua nova pátria. não se registou até hoie um unico caso das varias enfermidades que são endémicas no resto do país, principalmente a malaria. Produziu grande assombro no mundo scientifico o facto de que o "Mar morto" e os seus contornos constituem uma região de vida e de saude, tendo a famosa "Fun- dação Rockefelle" encarregado já a profes- sores especialisados, da Universidade he- braica de Jerusalem de investigarem as cau- sas da extraordinaria salubridade daquela região, esperando-se com o maior interesse o resultado do diotamen scientifico dos refe- ridos sabios. Procura-se saber se, em ver- dade, o "Mar morto" contem elementos de vida que torne possivel o estabelecimento as suas margens de balnearios e sanató- rios. E' característico e até simbolico:-A Pa- lestina foi, durante muitos séculos, um pais deserto e desolado e o mar de Sodoma, o mar de sal, foi um mar morto; mas, com a chegada dos nossos esforçados e beneme- ritos pioneiros ou HALUZIM, tudo renasce, revive e floresce; o deserto converte-se em jardim florescente e o solo ario, abandona- do e desolado converte-se em terra fertil, produtiva e prometedora. ------------------------------------- Visado pela Comissão de Censura Israel Vingado CAPITULO VII Explicação do quinquagéssimo terceiro capitulo do Profeta Isaias Para ter uma maior e mais perfeita compreensão deste capitulo, é necessário saber que tudo que os Profetas teem escrito, está sem qualquer separação e seguidamente; e que não é senão para o imprimir mais facilmente na memoria que Sam Jeronimo e ou- tros tradutores dividiram os seus escritos em capitu- los e em versículos. Não se poderia dizer por conse- quencia que desde que um capitulo terminou o as- sunto de que se trata tenha terminado tambem, ve- mos muitas vezes o contrário no Evangelho e nos es- critos proféticos. E para melhor o compreender é-se obrigado a ler o capitulo que precede ou o que se se- gue, para vér se eles tratam do mesmo assunto, e se é o priámbulo ou a sequencia daquele que se quer ler. O Profeta Isaías fala evidentemente da redenção de Israel no capitulo quinquagéssimo primeiro, e o quinquagéssimo segundo é uma continuação do pre- cedente: dirigese aos Israelitas e a Jerusalem a cida- de santa que ele chama para a despertar do seu sono, para lhe fazer retomar o seu antigo brilho. Ordena- -lhe despejar-se dos seus vestidos lúgubres, e de os tornar magníficos, de tirar o pó das suas ruínas, por- que ela entrará no seu explendor e será santa para todo o sempre; que ela não será profanada jamais pe- los gentios e incircuncisos e que Israel gosará do sua primitiva liberdade. Fala em seguida aos Israelitas: anuncia ao povo que Deus o fez sair do Eipto e que o espalhou entre as nações para o punir dos seus pe- cados o que deve suceder-lhe e estas palavras nos de- vem convencer- disso: "Assim o diz o Senhor, sereis vendidos por nada e não sereis resgatados por di- nheiro, porqueo Senhor disse, o meu povo desceu do Egipto outrora para habitar neste povo estrangeiro e Assur pouco depois a oprimiu sem causa alguma: que tenho eu pois a fazer presentemente vendo o meu po- vo preso sem qualquer razão? Aqueles que o domi- nam tratam-no injustamente e o meu nome é blasfe- mado continuamente cada hora para que chegue um dia em que o meu povo reconheça a grandeza do meu nome. 0 Senhor consolou o seu povo e resgatou Jerusa- lém, descobriu o braço da sua santidade deante dos olhos de todas as nações, e todas as nações da terra verão a salvação do nosso Deus." Ele anuncia em seguida os admiraveis efeitos da redenção; diz que não mais haverá impureza nem em Israel nem nos vasos sagrados do templo, e que os Israelitas não sairão em tumulto nem com uma fuga precipitada pois que o Senhor marebará deante deles e que o Deus de Israel os reunirá. Estas alavras do Profeta não teem necessidade de comentário e querem dizer o que elas dizem. E' pois sem razão que se querem explicar diferentemen- te e contra o sentido literal para persuadir o que não é e o que não pode ser. Com efeito apesar da falsa nterpretação que os cristãos lhes dão, não podem ne-
N.º 050, Tishri-Heshvan 5693 (Out-Nov 1932)
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