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N.º 050, Tishri-Heshvan 5693 (Out-Nov 1932)







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 2             HA-LAPID
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mente potassa, entesouradas nesse lago, fi-
cou plenamente demonstrado que em vez
de chamar-se "Mar mortos" o seu nome
deve ser "Lago da Vida", não sómente pe-
las suas riquezas minerais, mas sobretudo
pelos germens de vida e saude contidas na
sua atmosfera e no seu clima.

Entre as centenas de operarios judeus
que trabalham na exploração, originários de
paises frios, sem terem tido tempo suficien-
te para se aclimatarem á sua nova pátria.
não se registou até hoie um unico caso
das varias enfermidades que são endémicas
no resto do país, principalmente a malaria.

Produziu grande assombro no mundo
scientifico o facto de que o "Mar morto" e
os seus contornos constituem uma região
de vida e de saude, tendo a famosa "Fun-
dação Rockefelle" encarregado já a profes-
sores especialisados, da Universidade he-
braica de Jerusalem de investigarem as cau-
sas da extraordinaria salubridade daquela
região, esperando-se com o maior interesse
o resultado do diotamen scientifico dos refe-
ridos sabios. Procura-se saber se, em ver-
dade, o "Mar morto" contem elementos de
vida que torne possivel o estabelecimento
as suas margens de balnearios e sanató-
rios.

E' característico e até simbolico:-A Pa-
lestina foi, durante muitos séculos, um pais
deserto e desolado e o mar de Sodoma, o
mar de sal, foi um mar morto; mas, com a
chegada dos nossos esforçados e beneme-
ritos pioneiros ou HALUZIM, tudo renasce,
revive e floresce; o deserto converte-se em
jardim florescente e o solo ario, abandona-
do e desolado converte-se em terra fertil,
produtiva e prometedora.

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Visado pela Comissão
de Censura



          Israel Vingado

          CAPITULO VII

Explicação do quinquagéssimo terceiro
capitulo do Profeta Isaias

Para ter uma maior e mais perfeita compreensão
deste capitulo, é necessário saber que tudo que os
Profetas teem escrito, está sem qualquer separação e
seguidamente; e que não é senão para o imprimir
mais facilmente na memoria que Sam Jeronimo e ou-
tros tradutores dividiram os seus escritos em capitu-
los e em versículos. Não se poderia dizer por conse-
quencia que desde que um capitulo terminou o as-
sunto de que se trata tenha terminado tambem, ve-
mos muitas vezes o contrário no Evangelho e nos es-
critos proféticos. E para melhor o compreender é-se
obrigado a ler o capitulo que precede ou o que se se-
gue, para vér se eles tratam do mesmo assunto, e se
é o priámbulo ou a sequencia daquele que se quer
ler.

O Profeta Isaías fala evidentemente da redenção
de Israel no capitulo quinquagéssimo primeiro, e o
quinquagéssimo segundo é uma continuação do pre-
cedente: dirigese aos Israelitas e a Jerusalem a cida-
de santa que ele chama para a despertar do seu sono,
para lhe fazer retomar o seu antigo brilho. Ordena-
-lhe despejar-se dos seus vestidos lúgubres, e de os
tornar magníficos, de tirar o pó das suas ruínas, por-
que ela entrará no seu explendor e será santa para
todo o sempre; que ela não será profanada jamais pe-
los gentios e incircuncisos e que Israel gosará do sua
primitiva liberdade. Fala em seguida aos Israelitas:
anuncia ao povo que Deus o fez sair do Eipto e que
o espalhou entre as nações para o punir dos seus pe-
cados o que deve suceder-lhe e estas palavras nos de-
vem convencer- disso: "Assim o diz o Senhor, sereis
vendidos por nada e não sereis resgatados por di-
nheiro, porqueo Senhor disse, o meu povo desceu do
Egipto outrora para habitar neste povo estrangeiro e
Assur pouco depois a oprimiu sem causa alguma: que
tenho eu pois a fazer presentemente vendo o meu po-
vo preso sem qualquer razão? Aqueles que o domi-
nam tratam-no injustamente e o meu nome é blasfe-
mado continuamente cada hora para que chegue um
dia em que o meu povo reconheça a grandeza do
meu nome.

0 Senhor consolou o seu povo e resgatou Jerusa-
lém, descobriu o braço da sua santidade deante dos
olhos de todas as nações, e todas as nações da terra
verão a salvação do nosso Deus."

Ele anuncia em seguida os admiraveis efeitos da
redenção; diz que não mais haverá impureza nem em
Israel nem nos vasos sagrados do templo, e que os
Israelitas não sairão em tumulto nem com uma fuga
precipitada pois que o Senhor marebará deante deles
e que o Deus de Israel os reunirá.

Estas alavras do Profeta não teem necessidade
de comentário e querem dizer o que elas dizem. E'
pois sem razão que se querem explicar diferentemen-
te e contra o sentido literal para persuadir o que não
é e o que não pode ser. Com efeito apesar da falsa
nterpretação que os cristãos lhes dão, não podem ne-


 
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